Sim, vou-te contar a minha história.
Não há realmente nenhum motivo em especial
para o fazer, mas para te ser franco, apetece-me. Acho que alguém precisa de
saber o meu ponto de vista, e porque não tu?
Não é que te considere especial, ou diferente
dos outros. Não, és igual a eles todos. És só mais uma formiguinha atarefada a
cumprir com zelo a sua tarefa sem questionar nada, mais um zombie que anda de
um lado para o outro a pensar que toma decisões, quando na verdade apenas estás
a seguir os condicionalismos que o mundo te impõe. Por que cargas de agua havia
de ter por ti uma consideração diferente da que tenho pelos outros todos. Não
mereces mais nem menos. És igual.
Então porque contar-te a história?
Porque estás aí. E não sei, para te ser franco
se estarão aí muitos mais. Olho para a minha ampulheta e já não vejo muitos
grãos de areia na parte de cima, por isso, és um fruto do mero acaso. Calhaste
a estar aí…
Mas para perceberes a história, tens que saber
um pouco acerca de mim. Afinal é a minha história. E para me perceberes temos
de recuar no tempo.
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