terça-feira, 21 de julho de 2015

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - VIII

VIII – Eu sei qual é a tua Kriptonite!

Acordei, no dia seguinte, todo partido!
Tive de dormir no chão! A fofinha apropriou-se da minha cama. Tentei tirá-la de lá, mas só consegui umas arranhadelas e mordidelas. Ainda fui chamar a Cris para tirar de lá aquele bicho demoníaco, mas ela já dormia, e eu não a quis acordar…
Como resultado disto não estava lá muito bem-disposto!
Apesar disso, embora o cansaço não tenha desaparecido, a verdade é que entrar na cozinha para comer qualquer coisa e dar com uma mesa posta e sentir o cheiro de panquecas acabadas de fazer foi algo que me deu alguma alegria. Mas além disto, entrar na cozinha e ver a Lita com um mini-vestido justíssimo todo subido enquanto se esticava para chegar à prateleira de cima do armário é algo capaz de por um sorriso na alma de qualquer homem…
…heterossexual…
…como eu!
Ok, admito, provavelmente de todas as lésbicas do mundo também, mas não entremos agora por aí que isto, por enquanto, ainda está mais ou menos normal!
Eu que sempre embirrei com aqueles armários por ter de me empoleirar num banco, ou qualquer coisa do género, começava agora a adorá-los!
Ainda assim, o meu cansaço provocado pela péssima noite de sono era notório.
Já a Cris entrou na cozinha toda fresca e fofa, como o panrico!
Sentei-me e tinha já um prato com panquecas com doce de amora à minha frente. Até estava com alguma fome, mas com uma preguiça enorme para me mexer.
-Então? – Perguntou a Lita – Não gostas de doce de amora? Semprre achei que todo o mundo gosta de doce de amora…
-Gosto. Eu gosto de doce de amora!
-Oh! Mas pareces abatiduo! Prova lá um bocadinho…
E pegou num garfo e faca, cortou um pedaço e ia para mo dar à boca quando a cara da Cris chega de repente ao pé da minha e rouba o conteúdo do garfo, para nossa surpresa…
-Tá delicioso, Lita! – Apressou-se a Cris a dizer!
Não sei porquê, mas começou-me a parecer que havia ali qualquer coisa da parte da Cris em relação à Lita mais do que um simples estreitar de laços femininos…
-Bem, meus queridos, têm planos para hoje?
-Olha, eu tirei dois dias do trabalho por causa das mudanças, mas tu fizeste tudo ontem… Bem podemos aproveitar o dia…
-Já sei, vamos até ao parque Eduardo VII! – Sugeriu a Lita.
-Ao parque? – Perguntamos em coro eu e a Cris. ~
-Ao parque não, pá, preciso de praticar na guitarra e lá não dá jeito… – disse a Cris – Nem sequer há electricidade…
-E eu queria desenhar algumas coisas…- respondi eu!
E nisto cai um garfo da bancada, onde a Lita ainda fazia mais panquecas, para o chão.
-Oh! Deixei cair um garfo…
Disse ela, dobrando-se para a frente para o apanhar do chão, o que fez o vestido subir mais e mais e mais até que…
…de repente estávamos no a meio do parque, numa zona com algumas árvores!
-Mas como é que vim aqui parar? – Perguntei eu à Cris.
-Sei lá! A última coisa de que me lembro tinha qualquer coisa a ver com um garfo…
-Adoro passear no parque. – Disse a lita com um sorriso de orelha a orelha e, depois de esticar uma mantinha na relva, tirou o vestido, o que provocou uma serie de incidentes engraçados em toda a volta, uma vez que raro foi o homem que não tropeçou, foi contra ou foi atropelado por qualquer coisa, revelando um reduzidíssimo biquíni e deitou-se de barriga para baixo.
-Adorro sentir o sol na minha pele! Sabe tão bem… - dizia ela, enquanto desapertava a parte de cima do biquíni  - Oooh!
-Que foi? - Perguntou a Cris.
-Esqueci-me do brronzeadorr no carrro! Algum de vocês me faz o favor de ir buscar e de me o espalhar nas costas?
-Eu vou! – Gritamos eu e a Cris ao mesmo tempo e levantámo-nos num ápice, encetando uma corrida até ao carro.
Eu corria o mais rápido que podia, mas a Cris, embora pequena, conseguia acompanhar, vá-se lá saber como.
-Pá, para alguém com as pernas tão curtas corres cumó caraças! – disse eu com um ar meio trocista e eis que bato com a cabeça num ramo de uma árvore e me esbardalho todo no chão.
-Haha, já fostes! – Riu-se a Cris, abandonando-me ali, sabe Deus se com alguma contusão grave ou qualquer coisa do género.
Mas foi ali, naquele momento de sofrimento pela pancada e angustia por ver algo que parecia uma vitória certa a escapar-se-me que o verdadeiro homem em mim se deu a conhe-cer, pus a dor e a tontura de lado, levantei-me e segui no seu encalço a toda a velocidade.
Saltei-lhe para cima (salvo seja) de surpresa quando ela saia do carro com um sorriso vito-rioso e o bronzeador na mão! Algo se apoderou de mim, lutamos, ela quase fugiu mas eu agarrei-a pela t-shirt, ela deu um puxão para se libertar, a t-shirt rasgou-se deixando-a completamente exposta da cintura para cima, mas eu só via o bronzeador à frente e ela deixou-o cair conforme se tentava cobrir e eu agarrei-o, vitorioso, levantei-me para fazer a corrida de volta e ouço a Cris a gritar o meu nome – Freddy!!! – (ou quase) e voltei-me para a corrigir – Não é Freddy é Alf… - e ela enfiou a minha cara no meio das suas mamas, pequenas mas apetitosas e eu comecei de imediato a apagar, sendo que a ultima coisa que ouvi foi um:
-Esqueces-te que eu sei qual é a tua Kriptonite!

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