segunda-feira, 20 de julho de 2015

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - IV

IV – dois “pormaiores”

-Hôllá, chámo-me Elita Svenson, mas meus amigas chamam-me Lita. Girro, não?Tenho 27 anos e sou da Svecia, mas já cá estou há alguns aánnus! Meus amigas diz que já nem notam sôtaque. Gostava de ficar neste casa porrque ficar perto do trabalho, sou empregada de mesa num restaurante de luxo aqui perrto! Amava ficar aqui! Vocês também me amarriam?
E foi assim que conheci, aliás, que conhecemos a Lita!
Mas se calhar é melhor voltar um bocadinho atrás, senão isto fica confuso…
…mas ou menos como eu fiquei naquela altura! Aliás, para ser franco nem ouvi isto, foi a Cris que me contou mais tarde, que eu na altura estava focado apenas num pormenor…
…ou por outra, em dois pormaiores!
Bem, mas continuemos lá com isto!
-Cris, eu disse em qualquer altura, mas o Abel ainda tem as coisas todas no quarto…
-Não faz mal. - respondeu ela pousando a guitarra e mais uns quantos sacos no chão da sala – Posso dormir no sofá enquanto o quarto não está disponível.
-Mas…
-Não te importas, pois não? – disse ela com a voz mais doce, pestanejando levemente com o ar mais inocente do mundo. Quem é que poderia dizer que não? Mas depois olhei para o sofá e voltou-me à ideia a cena de quando entrei.
-Claro que não, mas deixa-me dizer-te…
-Então está decidido.
Já não havia volta a dar à questão!
-Mas ainda estou à espera de mais pessoas…
-Eu escondo as coisas aqui atrás, dou um ar arrumadinho. Vais ver. Além disso, posso fazer-te companhia… - ainda não estava muito certo - Vá lá… - implorou novamente ela, e pronto!
-Ok, ok!
-Óptimo. Vou buscar o resto das minhas tralhas.
-Tens muita coisa? Precisas de ajuda?
-Não, deixa-te estar. – respondeu ela já com a mão na maçaneta da porta – É pouca coisa e trago tudo de uma vez, agora. – e saiu e estampou-se de frente contra a rapariga que estava já com o dedo quase na campainha, enterrando a cabeça no meio das mamas dela. Já a rapariga, apesar da violência do embate, nem se mexeu. A cris chegou um pouco atrás, balbuciando um “desculpe” envergonhado enquanto olhava para a verdadeira amazona que tinha à sua frente.
-Não faz mal! Acuntece combastante frequênzia… Já istou habituada!
-Ah!
-Voi daqui que puserem uma anuncio a alugar uma quarto?
-Sim, sim, foi! – Respondeu a Cris com um sorriso, sem conseguir descolar os olhos da desconhecida… Bem, a bem da verdade, não da desconhecida por inteiro, mas daquilo que ficava directamente à altura dos seus olhos, gritando depois para dentro de casa – Freddy,… - “Freddy? Mas ainda agora cá chegou e já me mudou o nome?!?” - …chegou a tua próxima entrevista! – e abriu-lhe a porta, franqueando-a e seguindo a amazona.
E eis que ela entra pela sala, um metro e noventa de mulher, e que mulher, um rosto da mais pura inocência, o olhar mais doce e o corpo mais pecaminoso que eu já tinha visto ao vivo e a cores, coberto apenas com um mini-vestido, se bem que nela seria difícil o que quer que fosse não lhe ficar mini, que desenhava todos os seus contornos, inclusive o peito, provavelmente o maior par de mamas que já tinha visto (e a bem da verdade, ainda não vi maior) aparentemente bem rijas e empinadas com o tecido a esforçar-se por conter os seus pontiagudos mamilos. Congelei!
-Hôllá, chámo-me Elita Svenson, mas meus amigas chamam-me Lita. Girro, não?Tenho 27 anos e sou da Svecia, mas já cá estou há alguns aánnus! Meus amigas diz que já nem notam sôtaque. Gostava de ficar neste casa porrque ficar perto do trabalho, sou empregada de mesa num restaurante de luxo aqui perrto! Amava ficar aqui! Vocês também me amarriam?
-Hã?! – respondi eu (só mais tarde a Cris me contou isto, que eu não tenho qualquer memória) – Eu amarria, sim…
A Cris empurrou-me para o lado, e assumiu o papel que me competia, quando verificou que eu não tinha as mínimas condições para continuar a entrevista.
-Então, Lita, não é? – Ela acenou afirmativamente – e os teus interesses?
-Bem, adoro comprras, sair para me divertir…
-Sim, era de esperar… E mais?
-De cozinhar…
-Tu cozinhas?
-Sim. Adoro!
-Hum! Dá-nos só um momento! – e arrasta-me para a cozinha, perguntando-me em seguida, num murmúrio – Freddy, tu sabes cozinhar?
-Não é Freddy, é Alfredo!
-Mas Freddy é mais cool!
Encolhi os ombros.
-Não pá, não sei. Afinal vivo com dois gays que tratavam disso tudo… E tu?
-Eu até as torradas queimo! – e dito isto, sem me dizer mais nada, volta-se para a Lita e – Lita, bem –vinda a casa! Agora aproveita e vai-nos fazer umas panquecas para celebrarmos.
-A sério? Fuui Aceite? Posso mudar-me para cá?
-Sim, claro! – respondeu a Cris.
Como é evidente, achei que aquilo não estava certo.
-Mas não devia ser eu… - Mas nem acabei a frase!
-És tão querida! – Exclamou a Lita com um enorme sorriso, agarrando a Cris e abraçando-a, enfiando-lhe, acidentalmente, a cara no meio do seu vastíssimo busto novamente.
A Cris, quando a Lita a largou e conseguiu respirar, ficou a olhar muito séria para aquele peito monstruoso mas absolutamente delicioso à vista, com um olhar estranho. Depois, por fim, pôs as mãos, uma em cada mama, sentindo-as, enquanto eu babava profusamente e a minha cabeça era povoada com imagens lésbicas do mais hardcore que se possa imaginar, e disse, com uma voz tremula e carregada de tristeza:
-Eu fui a última da minha turma a ter peitos…
-A sérrio? – perguntou Lita – Oh! Pobre pequena!
Percebendo finalmente que estava a acariciar o peito de Lita, a Cris ficou completamente encarnada, parou e disse simplesmente:
-Preciso de ir apanhar ar!
E saiu rapidamente porta fora, deixando-me sozinho com a Lita!
-Coitada! – disse a Lita com um ar triste – Eu por acaso fui a primeira a ter peitos…
-E deves ter sido bem popular nesse ano, não?

***

Cá fora, à entrada do prédio, Cris fumava nervosamente um cigarro, enquanto tentava tirar, não só a imagem daquelas mamas da sua mente, mas também a sensação de suavidade das mesmas, quando ouviu uma voz vinda de trás de si:
-A menina não devia fumar. Faz mal à saúde!
Virou-se e viu um olho que a espreitava por uma janela quase fechada!
-Não é que eu possa falar muito! – continuou a voz – Afinal ainda fumo dois ou três cigarros por ano…
-Dois ou três cigarros por ano? Bem, isso nem se pode dizer que seja fumar…
-Pois, mas eu ando a poupar tabaco. Não saio muito…
-Ah! Compreendo… Mas ainda assim… Isso quer dizer que já não sai há muito…
-Pois… Já agora, o Mário Soares ainda é presidente?
E com isto a imagem mental alterou-se, Cris apagou o cigarro e voltou a entrar…

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