–Mãe, mãe, mãe, posso ir com o pai para a garagem, posso?
“Tal pai, tal filho!” pensou a
Céu.
- Já fizeste os trabalhos de
casa?
- Sim.
- Todos, todos? – Perguntou ela
com um ar sério de quem sabia mais do que lhe era dito.
- Bem, quase todos. Só falta a
matemática, mas o pai vai para lá agora…
César entrou na cozinha,
passou a mão pelo cabelo do miúdo deu um beijo a Céu.
- Prometo que o trago a horas
de fazer os trabalhos que faltam, antes do jantar.
- Promessas, promessas…
Entreténs-te para lá a desmanchar motores e esqueces que o resto do mundo
existe…
- Mãe, se o pai se esquecer eu
lembro-o… boa?
- Ok, pronto, venceram. Vão lá.
- Bora campeão, antes que a tua
mãe se arrependa… – e saíram porta fora, entrando no carro e arrancando pela
colina abaixo.
Céu ficou a vê-los ir da
porta, de onde podia ver a herdade, outrora abandonada e agora plena de vida,
com o verde das vinhas a perder de vista e com uma azáfama constante.
Em breve seria a altura das
vindimas…
...era feliz!
Sem comentários:
Enviar um comentário
O QUÊ?!?!? ESCREVE MAIS ALTO QUEU NÂO T'OUVI BEM!