terça-feira, 22 de novembro de 2016

Da liberdade e outras coisas igualmente ficcionais...

Foi rodeado de incertezas em relação ao rumo que havia de tomar que me deitei e tentei dormir. Sentia-me cansado, verdadeiramente cansado, tanto que nem me apetecia ler. Pus tudo de lado, apaguei as luzes e mergulhei no quase silêncio. Digo quase, porque era impossível não ouvir os barulhos que vinham das casas vizinhas e da rua com os carros e as pessoas a passar constantemente.
Odeio cidades. Devia viver num monte no Alentejo, ou assim. Nunca há paz, nunca há sossego e toda a gente corre para todo o lado. Mas francamente acho que já poucas pessoas sabem porque correm. Limitam-se a correr, percebes? Já não tem objectivos, mas continuam a correr. Chegam a qualquer lado e tem sempre pressa…
…mesmo que seja para não ir a lado nenhum.
É o hábito. Não faz o monge, mas faz com que o monge se pareça com aquilo que de facto é, e se não o for, pelo menos parece-o.
É curioso o quanto gostamos de nos pensar superiores e depois, quando vamos a ver bem, pouco evoluímos em relação a insectos como as formigas ou as abelhas. Estruturas sociais altamente complexas, em que cada um tem a sua função e deve saber o seu lugar. E é bom que assim seja. Elimina-se a necessidade de pensar.
Quando muito a nossa diferença é que temos uma falsa ilusão de controlo sobre o que nos rodeia, uma noção de livre arbítrio, quando na verdade o livre arbítrio é algo que não existe. Estamos tão dependentes de causas externas que, analisando bem no fundo, todas as nossas escolhas num determinado ponto do tempo podem ser estudadas e analisadas e chega-se com facilidade sempre à mesma conclusão.
Não achas? Achas que as tuas escolhas são livres?
Então segue este exemplo. Tu gostas mais de fiambre do que de salame. Logo, se tiveres fome, é provável que queiras a sandes de fiambre. Mas basta haver algo exterior a ti, como por exemplo, o facto de o fiambre ter acabado, para te levar a escolher o salame. Outro factor que te pode levar a escolher o salame é o facto de teres comido fiambre recentemente e teres a necessidade de variar.
Livre arbítrio? Não. Escolhas limitadas por factores. Não és dono de uma verdadeira liberdade. Tens quanto muito a liberdade possível num determinado ponto do tempo.
Vives, portanto, numa ilusão. És tão livre aqui como em qualquer outro lado do mundo. As
tuas escolhas são sempre limitadas. Por exemplo, numa democracia, como aquela em que vives, seria lógico que a escolha de quem te governa fosse livre. E diz-me, achas que é?
Tens de escolher entre os líderes dos partidos políticos, o que limita logo as tuas escolhas. Mesmo dentro dos partidos há, com certeza, pessoas muito mais capazes de desempenhar a função, e falo de qualquer partido. Então porquê ter escolhas limitadas?
E não me fales em maiorias ou em representatividade. As massas são mais facilmente influenciáveis do que o indivíduo. Basta olhares para uma claque de futebol. Pessoas pacatas e comuns conseguem ter comportamentos animalescos quando estão integradas num grupo e fazer coisas que jamais fariam normalmente.
A liberdade é a maior das ilusões e quem se julga livre vive iludido. Eu?
Eu sei que não sou livre. Nunca o fui. Aprendi a lidar com isso.


in "Chuva" © C.N.Gil

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Há pouco...

-Mas... Não gostas de mim? - Perguntou ela, com um ar meio admirado, meio espantado, meio a fazer quase um beicinho (se calhar um terço de cada, vá) que poderia eventualmente fazer derreter uma estátua de pedra, mas que não causou qualquer efeito!
-Pá, é assim, eu gosto de salmão, gosto de carne de porco, de vaca, de batatas, de couves e bróculos, gosto mesmo de bué cenas,... - respondi eu - ...mas de ti não sei até porque nunca provei e como não tenciono vir a provar, vamos ficar ambos os dois na dúvida...

Há mulheres que pensam que por ter um bom rabo o mundo tem de lhes cair aos pés...
...e eu até aprecio o rabo, mas o que me faz gostar de alguém não se consegue ver...

Por aqui...

...continua o escândalo!

Depois de ontem ter escandalizado toda a gente por estar a ouvir Megadeth...
...Hoje todos olham de lado para mim por estar a ouvir música estranha (ou seja, não é Kizomba nem Kuduro nem Forró) com quebras esquisitas e coisas sem aparente nexo...

...até me perguntaram se era jazz (com aquela cara de quem chupa um limão, que isso do jazz é só para malta que tem a mania que é intelectual e eu sou só um gajo reles que parece metaleiro sempre vestido de preto e com um blusão de cabedal já coçado da idade e não tenho uma aura muito intelectual), mas o choque foi ainda maior quando disse que estava a ouvir metal progressivo, o que para a maior parte do pessoal é tão inteligível como os hieróglifos Egípcios!

A curtir a discografia completa de Dream Theatre! Tipo maratona!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Linhas na areia

Às vezes, por um momento de felicidade
E a paixão que desejamos
Há uma mensagem que perdemos
Às vezes quando deixamos o espírito em paz
Temos de acreditar em algo
Para descobrir se crescemos

Reflexo trágico, calma estilhaçada
Progresso estático, sentidos desaparecidos
Consciência dormente, salmo final

Às vezes, se estiveres perfeitamente quieto
Podes ouvir a virgem a chorar
Pelo salvador que escolheres
Às vezes os teus castelos no ar
E as fantasias que procuras
São as cruzes que carregas

Conflito sagrado, Prémio abençoado
Cruzes que choram, olhos vidrados
Viciado desesperado, fé disfarçada

Fabricamos os nossos demónios
Convidamo-los para nossas casas
Jantamos com alienígena
E lutamos a guerra sós
Conjuramos os nossos esqueletos
Alistamo-nos no covil dos ladrões
Assustados pelos nossos armários
bordados nas nossas mangas

No feixe da consciência
Há um rio que chora
Viver torna-se tão mais fácil
Quando admitimos
Que estamos a morrer

Às vezes, nos destroços do nosso despertar
Damos porto a uma amargura
e a um ódio sem razão
Às vezes cavamos uma sepultura cedo demais
e crucificamos os nossos instintos
Pela esperança que não conseguimos salvar

Às vezes um olhar de olhos sem pecado
Centra a nossa perspectiva
E acalma os nossos gritos
Às vezes a angustia a que sobrevivemos
E os mistérios que alimentamos
São a trama das nossas vidas

Arrastado pela maré
Pelos buracos nas minhas mãos
Coroa de espinhos ao meu lado
A desenhar linhas na areia!

© Dream Theatre - Lines in the sand

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O blogue da Fê blue bird: DESAFiO SUPERADO!

O blogue da Fê blue bird: DESAFiO SUPERADO!: Meus Amigo(a)s, em primeiro lugar quero vos agradecer pela preciosa colaboração que deram a este meu "Desafio ao Domingo " . ...

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

The Pretty Reckless - Take Me Down (Official Music Video)

A piada do dia

Só que infelizmente é verdade!

O infame Ku Klux Klan, essa magnifica associação de paz, amizade e interculturalidade Americana, declarou o apoio à candidatura do Trumphas!
Até aqui nada a estranhar! Mesmo nada!
Mas, estão preparados para a "punchline"?
Cá vai:

A candidatura do Trumphas rejeitou o apoio. Citando o Noticias ao Minuto:

"Em resposta, em comunicado citado pela CNN, a campanha de Donald Trump rejeitou o apoio

"O senhor Trump e a campanha condenam qualquer forma de ódio. Esta publicação é repulsiva e as suas visões não representam as dezenas de milhões de americanos que se unem por trás da nossa campanha"."

...ainda não parei de rir...

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

The Pretty Reckless - Messed Up World (F'd Up World)

The Pretty Reckless - Heaven Knows

não sei se têm reparado...

...mas de há uns tempos para cá cada vez são mais corriqueiras notícias como esta:

Mãe e padrasto injetavam heroína em crianças para estas dormirem

Assim de repente lembro-me também de um video de dois idosos em overdose num parque, ou de uma mãe em overdose, sentada no carro, com um filho de 2 anos no banco de trás. Invariavelmente estas notícias têm vindo dos EUA!

Embora sejam notícias absolutamente tristes, se calhar convinha perceber de onde é que isto vem...

...e assim sendo, vou contar-vos uma história.

Há uns anos a industria farmacêutica andava triste. Tinham medicamentos contra a dor, como o O.C. ou o Vicodin, à base de opiáceos, extremamente eficientes, mas os médicos, esses casmurros, deixavam as pessoas com dores e não os receitavam, alegando que temiam que estes medicamentos causassem dependência! Por norma apenas davam estes medicamentos a doentes em estados terminais.
Ora, a industria farmacêutica não existe para salvar vidas nem encontrar curas seja para o que for. Não são instituições de caridade. É uma industria e, como tal, o móbil deles é o lucro. Convenhamos que ter um medicamento que apenas é receitado a pessoas que já estão a morrer não é algo que promova as vendas.
Como tal, começaram a fazer lobby, a meter macaquinhos na cabeça das pessoas, a comprar senadores, enfim, a fazer o que fosse necessário e o resultado é que os médicos começaram a receitar aquelas tretas como se fossem rebuçados...
O resultado foi uma quantidade enorme de pessoas viciadas neles. Alguns magoam-se propositadamente (partir vidros com as mãos, partir os próprios braços com tacos de baseball e coisas afins) para conseguir mais uma receita, mas, quando já não conseguem de mais maneira nenhuma, voltam-se para as ruas onde a heroína, substância da mesma família, não é difícil de arranjar e chega a ser mais barata que os medicamentos...

...e assim se arranja um problema de adição para uma população insuspeita, pessoas que achavam que tinham descoberto um milagre que lhes permitia levar uma vida normal e isenta de dores e que de repente se apercebem que estão no meio de um pesadelo de onde não conseguem sair!

Isto num pais que declarou Guerra contra as drogas! Mas, sejamos sinceros, eles declaram guerra a tudo!

Basicamente, acho que os governantes Americanos, bem como as industrias farmacêuticas mundiais nunca veriam com muito bons olhos o fim das proibições e o fim do trafico e de tudo aquilo a que este está associado! E não é por se preocuparem connosco, porque é bem evidente que se estão completamente marimbando para esses pormenores da treta...

...eles não querem é que a malta use outras drogas senão as que eles produzem!

Ontem,…



…instalei um software gratuito bastante interessante chamado “Stellarium”, que é uma espécie de planetário. Basicamente, após a instalação, pode-nos dar a configuração do céu em qualquer dia, a qualquer hora, em qualquer local.
Instalei-o porque queria ver se este software conseguia fazer algo para o qual não foi, infelizmente (mas também ninguém previa que houvesse um maluco como eu), previsto pêlos programadores!
No entanto, a minha companheira de vida apanha-me a olhar para as estrelas e constelações e planetas e galáxias e nebulosas e perguntou-me o que era aquilo.
E eu respondi.
Ela olhou logo para mim e disse:
-Quer dizer que conseguimos ver onde estão os astros à hora do nosso nascimento?
-E porque cargas de água é que quererias fazer isso?
-Cartas astrológicas…
Ri-me!
-Tu tens noção que isso é a maior treta que te podem querer enfiar pêlos olhos adentro?
-Mas porque é que achas isso?
-Qual é o teu signo solar? (pergunta de retórica, claro que eu sei)
-É carneiro!
-E o teu ascendente? (para quem não sabe é o signo lunar – e não, não fazia a mínima ideia)
E ela lá respondeu.
-E o que é que os define?
-A data de nascimento?
-Não! O que define o signo solar é a ultima constelação visível no ponto onde o sol nasce, mesmo antes de nascer, na tua data de nascimento. Já o teu signo lunar é a casa ocupada pela lua à hora do teu nascimento. Assim sendo, vamos lá ver…
Alterei a hora para o dia do nascimento dela para antes do nascer do sol e ela ficou a olhar para mim meio atordoada.
-Mas onde é que está a constelação do carneiro?
-Ali ao lado. Como podes ver, o sol nascia em Peixes. Logo o teu signo não é carneiro é peixes!
-Mas como?
-Existe uma coisa chamada processão dos equinócios. Sabes que a terra está ligeiramente de lado em relação à translação que faz em volta do sol. Isto não causa só o facto de te dar a ilusão do sol rodar pelas doze casa do Zodíaco, cada uma com 30º de amplitude (30 X 12 faz os 360º da circunferência) mas também faz com que o eixo vá oscilando lentamente, um grau a cada 72 anos. A cada 2160 anos completam-se os trinta graus da casa do Zodíaco. Nessa altura, no equinócio da Primavera o sol deixa de nascer num signo e começa a nascer noutro. Mas, ao contrário da passagem dos signos durante um ano que começa em carneiro, vai para touro e etc, estas passagens dão-se em sentido inverso. Quando a astrologia foi inventada, há uns quatro mil anos, estávamos na era de carneiro porque o sol no dia 20 de Março nascia na constelação de carneiro. Entretanto, por volta do nascimento de Cristo, o sol passou para peixes onde tem estado até agora, embora esteja prestes a passar para a era de aquário. Daí se falar tanto nisso da passagem para a era de aquário.
-Mas então isso quer dizer que os signos estão errados há 2000 anos?
-Yep, e prestes a estar ainda mais errados. Se qualquer astrólogo da treta te diz que és carneiro, já não merece sequer que se ouça o resto que tem para dizer…
…e não digas a mais ninguém que és carneiro! És peixes e sempre foste. Lá porque esta gente está desactualizada, o problema é deles…

Espero que esta pequena conversa possa ajudar os crentes ou até os meros curiosos a perceber uma coisa: este pessoal que vende a astrologia e as previsões do futuro, estes charlatães que nem sabem sequer olhar para o céu para saber do que falam, nunca vos poderão dizer nada acerca do vosso passado ou futuro além de generalidades da treta…
Eu pessoalmente preferia acreditar que o meu futuro está escrito nas folhas de chá! Pelo menos essas estariam actualizadas e não 4000 anos desfasadas…

…mas, cada um sabe de si!

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Mas, depois da estupidez, uma noticia quase estranha que chega do país do Trumphas...

Professor pagou dívidas dos alunos na cantina... e não ficou por aqui
Além de pagar as dívidas que 89 alunos tinham na cantina da escola, o docente ainda lhes garantiu refeições até ao final do ano.



Jerry Fenton não quer nada em troca do seu gesto, apenas que este tenha servido para passar os bons exemplos. Este professor, que ensina na escola preparatória de Grimes, em Burlington, no estado norte-americano do Iowa, pagou as dívidas que 89 alunos tinham na cantina daquela escola. Mas isto não chegava.

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Além de saldar todos os pagamentos em falta, este docente ainda pagou, no passado dia 18, todas as refeições até ao final do ano para o mesmo grupo de alunos mais carenciados, para ter a certeza que nenhum deles venha a passar fome até lá, pelo menos.

Através das redes sociais, deu conta do seu gesto e foi aí que deixou a mensagem que quis transmitir com ele: “Agora é a tua vez de fazer algo bom por alguém”, pode ler-se na sua publicação no Facebook.

Fonte: Noticias ao Minuto

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Quando um gajo acha que já se bateu no fundo,...

...que não dá para ir mais abaixo, que já impossível um gajo ser surpreendido pela negativa, aparece a prova inequívoca de que isso não era verdade e toda a esperança na humanidade se esvai em três minutos e trinta e um segundos!



Este mundo merece estar perdido!







Quanto a isto, um reparo: para quem se lembra desta música dos idos loucos eighties como eu, o gajo que canta a música é o mesmo!



"Magicians of the Gods" - Graham Hancock

Aqui há uns anos, mais ou menos na altura em que a hipótese cientifica foi proposta, vi um documentário no Discovery Channel acerca de algo a que têm chamado “O meteoro Clóvis”.
A hipótese, que tem, desde que foi proposta em 2007, resistido a todas as investidas para a desacreditar, uma vez que assenta em cima de proposições científicas sólidas, reza o seguinte:

-Há 12.800 a terra teve um “encontro imediato” com um cometa que se estima ser um calhau com cerca de 30 quilómetros de diâmetro. Esse calhau, por algum motivo, provavelmente a proximidade ao sol, fragmentou-se e alguns pedaços atingiram o planeta, tendo o maior deles cerca de 4 Km de diâmetro, mas também alguns outros com melos massa.
O impacto ocorreu nos glaciares, sobretudo ao longo do Canada, embora se admita que alguns deles tenham impactado já por cima da Europa.
O maior deles, ao explodir na alta atmosfera, causou uma explosão com uma força mil vezes maior do que todo o arsenal nuclear existente no mundo num só local.

Além da explosão ter lançado material super-aquecido a centenas de quilómetros de distância causando fogos incontroláveis que varreram toda a América do norte, provocou um rápido derretimento e fusão de cerca de 10% do gelo glaciar, não só lançando para a alta atmosfera toneladas de detritos junto com o vapor de água, que taparam a luz directa do sol, como causou uma frente de água com uma massa incalculável, com centenas de metros de altura, carregada com tudo o que lhe apareceu à frente, arrasando florestas inteiras, arrasando rochas e mudando para sempre, num espaço que se estima entre duas semanas a um mês, a América do Norte.
Dry Falls, por exemplo, os restos da maior catarata que já existiu, três vezes e meia maior que as cataratas do Niagara, foi formado assim, neste espaço de tempo.
(nessa atura, em cerca de três emanas, esta zona ficou submersa e tudo isto era um planalto que foi escavado pela brutal força de massas de água difíceis de imaginar, carregadas de detritos, que eram desde lama, rochedos, florestas inteiras e icebergues do tamanho de petroleiros)

Além disto, enormes massas de agua doce verteram para os oceanos, alterando a sua salinidade e no caso do atlântico interrompendo a circulação de água do equador para norte, arrefecendo de repente a temperatura. Isto aliado ao bloqueio do sol pêlos detritos na alta atmosfera, teve o efeito de reverter o aquecimento global que se vinha a verificar já à milhares de anos, estando nesta altura o planeta com temperaturas próximas das actuais, e mergulhando de novo o planeta num longo inverno que fez avançar os glaciares até à península ibérica e levou os níveis do mar para 120 metros abaixo daquilo que é hoje, isto no espaço de uma geração.

(tudo o que está a castanho foi submergido no espaço de 20 anos, no fim da era glaciar)

Estima-se que foi por causa deste evento que os mamutes, mastodontes, tigres dentes de sabre e outras espécies de grande porte se extinguiram.

Na altura em que vi este documentário achei curioso, mas não relacionei com mais nada.
Até ter começado a ver algumas palestras de Graham Hancock acerca do seu ultimo livro e, finalmente, ter lido o livro.
O livro é fascinante.
Graham Hancock, ao contrário de muitos outros autores do género, não propõe que vieram extra-terrestres de algures e que foram eles que nos deram a tecnologia para construir coisas como Machu Pichu, Gizé, e outros afins.
A hipótese dele é mais plausível. Propõe que antes deste impacto havia uma civilização global, tecnologicamente avançada e que foi dada como moribunda neste impacto e morreu em definitivo 1200 anos depois quando outro evento ainda não explicado, mas que se acredita ter sido a queda de mais fragmentos do mesmo meteorito, mas desta vez no mar e não em terra, e cujo vapor de água resultante levou à formação de nuvens densas que causaram um efeito de estufa e que fez a era glacial acabar em cerca de 20 anos, fazendo as águas subir 120 metros e submergindo tudo o que sobrava dessa antiga civilização.

Se olharmos para a nossa civilização actual, não é difícil imaginar isto. Aliás, nem era preciso um impacto de um meteorito. Basta uma super-erupção solar e voltamos à pré história. Dai ter publicado à uns dias atrás uma ordem presidencial da casa branca que determina que varias agencias Americanas devem, de imediato, começar a trabalhar em conjunto para prevenir uma situação destas.
Se uma erupção solar existir num futuro próximo, as redes eléctricas falharão, por sobrecarga, parando o mundo, de repente.
Mas um impacto de um calhau que ande à solta no sistema solar, do qual não estamos livres a qualquer momento, seria algo necessariamente pior.
Em 1908, sobre Tunguska, na Sibéria, um pedaço de gelo com 600 mt de diâmetro causou uma explosão que foi sentida pêlos sismógrafos ingleses. Por sorte aquilo caiu numa zona desabitada, mas por vários quilómetros tudo o que estava perto foi completamente arrasado e derrubado. Tivesse aquilo acontecido sobre uma grande cidade, e pouco teria sobrado da mesma.

Para os que pensam que esta hipótese não tem muito por onde se lhe pegue, imaginem o mesmo a acontecer hoje em dia. A primeira consequência seria o caos social. Depois, se pensarmos bem, nenhum de nós está muito bem equipado para sobreviver em condições extremas. Temos hoje em dia conjuntos de especializações que não passam por caça com arcos e flechas, distinção de plantas comestíveis e não comestíveis, agricultura, etc…
A grande maioria não sobreviveria, simplesmente por falta de alimentos.
No entanto, povos como os aborígenes do Kahlahari, os aborígenes Australianos, as tribos indias da floresta amazónica, os Tuaregues do Sahara não teriam grande problema em sobreviver. São caçadores recolectores e estão habituados a sobreviver em ambientes extremos. Seriam estes que iriam recomeçar tudo de novo.
Aqueles civilizados que quisessem sobreviver teriam de os procurar e juntar-se a eles, dando-lhes em troca, provavelmente, algum avanço tecnológico e quem sabe a centelha de uma nova civilização…

Para quem se interessa por este tipo de temáticas, para quem acha, como o autor, que somos uma espécie com amnésia e com traumas profundos no inconsciente colectivo, que manteve vivo no registo oral, nas lendas e tradições, os enormes cataclismos que aconteceram no fim da idade do gelo, este livro é obrigatório!
Mas é mais importante ainda para quem quiser reflectir um pouco no facto de estarmos num ponto da nossa história em que podemos fazer, de facto, algo para prevenir estes encontros imediatos com visitas indesejadas que nos podem limpar do planeta numa questão de dias, mas que muito pouco fazemos acerca disso, preferindo continuar a gastar  verbas absurdas em armas para nos matarmos em nome de ideologias que, mais dia, menos dia, desaparecerão para dar origem a outras…


Magicians of the Gods – Graham Hancock

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Eleições Americanas!

O Trump é uma besta, um fascista egocêntrico e maníaco, uma daquelas amostras do que há de mais estúpido, quer na sociedade Americana em particular, quer no mundo em geral! É uma entidade que faria qualquer um sentir desdém pela humanidade, se for tomado como amostra! Isto assumindo que podemos olhar para ele como ser humano, coisa que não acho que seja. Pertence à espécie Homo Sapiens Sapiens, mas não há muito de Humanidade naquela coisa!

A Hilary é tão má ou pior que o Trump! Apenas é mais polida por fora, mas por dentro aquilo é tão podre e retorcido como o adversário!

A música desta campanha eleitoral deveria ser, creio eu que apropriadamente, a música que o Frank Sinatra cantou para a Rita Hayworth, com apenas a alteração de uma única letra de uma palavra: Thats why the Lady is a Trump!

Dito isto, o Trump pode vir a ser a melhor coisa que aconteceu numas eleições Americanas! Sobretudo se perder e se comportar como o babuíno que é!

Desde os tempos em que o Al Gore ganhou as eleições perdendo para o Bush que se levantaram muitas questões acerca das máquinas de voto que eles usam para registar os votos electronicamente!
Além disso, desde os tempos do Lincoln, que chateou os banqueiros todos quando emitiu as famosas "greenback", que apenas recentemente a reserva federal conseguiu tirar de circulação, para suportar os custos da guerra civil, que o mundo político tem sido mais influenciado pelo mundo dos negócios, levando à criação da Reserva Federal, instituição privada, detida por cinco das famílias mais ricas do mundo, encabeçadas pelos Rothchilds, que basicamente cria dinheiro do nada e o empresta ao governo Americano com juros tendo como garantia promissórias de divida emitidas pelo governo dos Estados Unidos. As "greenback" eram as únicas notas em circulação sem esta dívida (os juros) associada.
Não é difícil chegar à conclusão de que se a reserva federal quisesse cobrar os títulos de dívida, não haveria dinheiro suficiente no mundo para os tapar, visto que se só há 100 em circulação mas se deve 100 + juros, nunca haverá dinheiro disponível suficiente para saldar a dívida, porque o dinheiro para pagar os juros não existe! Assim sendo, enquanto detentores dos títulos de dívida, as cinco famílias que controlam a reserva federal são proprietárias dos Estados unidos, tal como o banco é proprietário da minha casa até que eu pague a minha dívida! E se a dívida não pode nunca ser paga, a não ser que o congresso Americano resolva fazer emissões de notas livres de dívida à margem da reserva federal (podem fazê-lo e foi o que o Lincoln fez), então a propriedade mantém-se por tempo indefinido!
Se os Estados Unidos são um investimento para estas famílias, parece-me lógico que controlem o seu investimento e eis o porquê da política Americana estar podre de há quase 100 anos para cá...

E o Trump, pode ser um babuíno, pode ser estúpido, mas não deixa de ser inteligente, não deixa de estar por dentro da máquina e tem melhor consciência disto tudo que a maior parte das pessoas no mundo! Ganha as eleições quem as cinco famílias querem que ganhe! Não há mais discussão!
Ou haverá?

O ego inflado e a arrogância do Trump podem ser aquilo que falta para dar consciência aos eleitores Americanos que os seus votos não servem para coisa nenhum, para o facto de não serem livres no país da liberdade, se recusar o resultado das eleições e criar uma guerra que venha a expor estes podres todos...
...claro que a seguir leva com uma bala na pinha, mas, sejamos sinceros: Não seria uma enorme perda para a humanidade!

Espero que ele perca e que o nível da sua estupidez continue em alta! Pode vir a ser um favor ao mundo...

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Amanhã...

...vai sair daqui, do piso onde eu trabalho e do edifício, uma colega minha!

Amanhã, a produtividade por aqui vai baixar em flecha!

Todos estamos contra a sua saída...

...achamos que se deveria encontrar outra solução...

...achamos que ela devia ficar onde está!

É que não é por mais nada, mas é ela a dona da única máquina de café cá do sítio, e vai levar a máquina com ela...

(fora isso, não creio que lhe venhamos a sentir muito a falta, mas sem café...
...isto vai estar mau!)

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

YOU HAVE NO RIGHTS - George Carlin

George Carlin - Why I Don't Vote

Mais uma para pensar um bocadinho

Mais uma do George Carlin. Acho que dá para pensar...

(substituir Americano e derivados por qualquer nacionalidade à escolha)

“Bem, há uma coisa acerca da qual vocês já perceberam que eu não me queixo: Políticos. Toda a gente se queixa dos políticos. Toda a gente diz que eles não prestam. Bem, mas de onde pensam as pessoas que os políticos vêm? Eles não caem do céu. Não atravessam através de uma membrana vindos de outra realidade. Eles vêm de pais Americanos e famílias Americanas, lares Americanos, Escolas Americanas, Igrejas Americanas, Negócios Americanos e Universidades Americanas e são eleitos por cidadãos Americanos. Isto é o melhor que conseguimos, pessoal. É isto que temos para oferecer. É o que o nosso sistema produz: entra lixo, sai lixo. Se tens cidadãos egoístas e ignorantes vais ter lideres egoístas e ignorantes. Limitações de mandatos não vão fazer grande coisa; só vais acabar com um conjunto completamente diferente de Americanos egoístas e ignorantes. Então, talvez, mas só talvez, não sejam os políticos que não prestam. Talvez haja outra coisa que não presta... Tipo, o público. Sim, o público não presta. Ai está um óptimo slogan de campanha para alguém: 'O público não presta. Que se foda a esperança.”

E um Nobel para os Pink Floyd?

Mas só depois de darem um aos Beatles por terem revolucionado o mundo, quer em termos musicais, quer líricos!
Depois dos Floyd pode ser um para Metallica por terem feito o mundo reparar que existia Heavy Metal, o que parecendo pouco, aproximou nações e até contribuiu para a queda da cortina de ferro, sendo eles das primeiras bandas de grande dimensão a actuar no bloco leste!

George Carlin - American Bullshit (tradução livre)

George Carlin foi um comediante e pensador Americano. Gostava de pôr o dedo na ferida.
Foi um dos impulsionadores dos filmes "Zeitgeist"
Os seus espectáculos e humor estavam cheios de criticas sociais acutilantes, onde chamava todos os bois pelos nomes!
Onde se lê "America" aqui em baixo, pode-se substituir por qualquer outro país que o resultado é o mesmo...
...só os nomes dos presidentes é que mudam!


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Seu desde que o peça. Nenhuma compra necessária. É a nossa maneira de lhe agradecer.
Na verdade é a nossa maneira de dizer: dobra-te mais um bocadinho para conseguirmos enfiar este enorme caralho publicitário pelo teu cu acima um bocadinho mais fundo – um bocadinho mais fundo – um bocadinho mais fundo.
Sua miserável, imprestável merda de consumidor.
Sabem, vivendo neste país estamos condenados a perceber que cada vez que somos expostos à publicidade damo-nos conta mais uma vez que a maior industria Americana, o negócio mais rentável ainda é a produção, empacotamento, distribuição e marketing de merda. De alta qualidade, grau A, escolhida, pura merda Americana.
E o mais triste é que a maior parte das pessoas parecem ter sido endoutrinadas para acreditar que a merda só vêm de alguns sítios, certas fontes, publicidade, política, vendas, mas não é verdade.
A merda está em todo o lado. A merda está em ascenção. Os pais estão cheios de merda, os professores estão cheios de merda, os clérigos estão cheios de merda e as forças de segurança estão cheias de merda! Este pais inteiro está cheio de merda e sempre esteve, desde a declaração de independência, à constituição, ao hino, não é nada mais que um enorme e mal-cheiroso monte em encarnado, branco e azul de totalmente Americana merda.
Porque... Pensem como é que isto começou. Pensem nisto! Este grupo foi criado por um grupo de possuidores de escravos que nos disseram que todos os homens são criados iguais. Sim, todos os homens excepto os índios, pretos e mulheres, certo? É sempre bom usar a autentica linguagem Americana.
Este pequeno grupo de não eleitos homens brancos proprietários de terras e de escravos que também sugeriram que apenas aqueles que pertenciam à sua classe deviam poder votar. Isto é conhecido como sendo como sendo admiravelmente e embarassadoramente cheio de merda.
E acho que todos os Americanos mostram a sua verdadeira ignorância quando dizem que querem que os seus políticos sejam honestos. Mas o que é que estes cretinos querem? Se a honestidade fosse repentinamente introduzida na América todo o sistema entraria em colapso! Ninguém saberia o que fazer! A honestidade ira foder este país para azeite. E acho que bem lá no fundo os Americanos sabem que é por isso que elegeram e reelegeram o Bill Clinton. É por isso.
Porque... porque o povo americano gostam da sua merda mesmo nas trombas, onde a conseguem cheirar mesmo bem. O Clinton pode estar cheio de merda, mas pelo menos diz-te isso na cara.
O Dole tentou esconder isso, não foi? O Dole estava sempre a dizer " Sou um homem simples e honesto". As pessoas não acreditam nisso. E o que disse o Clinton ? Ele disse " Olá pessoal, Estou completamente cheio de merda, e então?" E as pessoas disseram "Sabes que mais, pelo menos é honesto"
Pelo menos é honesto acerca de estar completamente cheio de merda. Isto é tal e qual como no mundop dos negócios. O mesmo que um negócio. Toda a gente sabe que os homens de negócios estão cheios de merda. São o pior tipo de criminosos com que te podes alguma vez encontrar. O monte de merda que é o homem de negócios.
E a prova disto, a prova disto é que nem uns nos outros confiam! Eles não confiam uns nos outros! Quando um homem de negócios se senta para “negociar”, a primeira coisa que faz é assumir automaticamente que o estafermo mentiroso que está à sua frente lhe está a tentar foder o dinheiro. Por isso ele tem de fazer todos os possíveis por foder o dinheiro do outro mais depressa e mais à bruta.
E tem de fazer isto com um enorme sorriso na cara. Sabem aquele sorriso dos homens de negócios cheios de merda? E se fores um cliente, AAAAAAAAHHHHHHHH!, aí é que apanham mesmo o enorme sorriso. O cliente leva sempre com o enorme sorriso enquanto o homem de negócios se posiciona atrás dele com cuidado e desaperta  calças e dá procedimento à conta.
Agora já sabem o que significa eles dizerem que são especializados no atendimento a clientes. O primeiro a dizer “que os compradores tenham cuidado” estava, provavelmente, a sangrar do cu.
E isso são os negócios.

Mas no departamento das merdas, nenhum homem de negócios chega sequer perto de um clérigo. Porque eu tenho de vos dizer, quando toca a enormes, de primeira liga, merdas, temos de dar um passo atrás em deslumbramento.
Deslumbramento pelo maior campeão de todos os tempos de falsas promessas e relatos exagerados, a religião.
É que nem pode haver discussão! A religião é a maior história cheia de merda que alguma vez foi contada!
A religião conseguiu convencer as pessoas, de facto, que há um homem invisível que vive no céu e que vê tudo o que fazemos em cada minuto de cada dia. E o homem invisível tem uma lista especial de dez coisas que não quer que tu faças. E se fizeres alguma dessas dez coisas, ele tem um lugar especial, cheio de fogo e fumo e fornalhas e tortura e angustias, para onde te manda para viver e sofrer e seres queimado e estrangulado e gritares e chorares para sempre até ao fim dos tempos. Mas ele ama-te!
Agora diz-me lá se isto não é uma história de merda? Santa merda!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

The Cars - Drive (OFFICIAL MUSIC VIDEO)

Falando na Tawny Kitaen...

...eis uma das cenas icónicas do filme Solteiros e Tarados com ela...
...quando conhecem o Nick...
...The Dick!

:)


Gajos assim para a minha idade...

...confessem lá, quem é que nunca se imaginou na pele do David a seguir e ver este teledisco com a mulher dele à altura, a Tawny Kitaen?

Vá, não sejem tímidos e confessem lá, vá...

(sinceramente, conheci alguns gajos que não a apreciavam...
...mas esses gajos apreciavam muito era o David...
...e hoje em dia vivem com outros gajos... LOOOOOOOOOOL)

Aparte esse pormenor, é um grande tema, não é?

(que inveja do meu baixista, que já partilhou o palco com eles...)


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Creio que...

...quem por aqui vai passando e se dá ao trabalho de ler aquilo que ainda me vou dando ao trabalho de escrever me vai conhecendo um pouco.
Saberão que não me identifico com campos ideológicos, mas com ideias concretas. Não acredito que alguma ideologia tenha a verdade ou se possa apropriar dela, e que o que é certo o é independente de quem o propõe.
Saberá que não me identifico com partidos políticos pela mesma razão e que acho que são os mesmos que inquinam a democracia que acaba por não existir.
Saberão eventualmente que acredito num determinismo e que o muito que olho para trás, quer para a história conhecida, quer para aquilo que não pode deixar de nos intrigar – quando olhamos para as coisas com olhos de ver – porque, sendo o universo determinista, uma enorme sucessão de causas e consequências que existem além da nossa vontade, para além da nossa suposta liberdade de escolha, apenas percebendo o passado se pode perceber o futuro. É como se o tempo fosse uma conta de somar, sendo o enunciado o passado, o sinal de igual o presente e o resultado o futuro. Se não soubermos o que está no enunciado, nunca saberemos o resultado e mantemo-nos sempre num limbo entre dois desconhecidos, um sinal sem significado algum até que a resposta nos entra pelas fuças adentro com a violência de um comboio de alta velocidade a embater contra uma parede à velocidade máxima. E ficamos atónitos a pensar “isto era imprevisível”!
Na verdade não era!
Na verdade, nada do que se passa à nossa volta era imprevisível.
Basta olhar para Aldous Huxley, George Orwell e outros autores semelhantes, ler “Admirável mundo novo”, “1984”, “A ilha” para percebermos que, com mais ou menos atraso, caminhamos a largos passos para uma distopia, para um universo de gente altamente conectada e plenamente desligada!
Vejo cada pequeno pormenor que nos leva a isso! Promessas de integração que apenas levam a uma exclusão do mundo, o substituir o pessoal pelo virtual, o quanto as pessoas cada vez mais se expandem num mundo virtual, cheias de opiniões acerca de tudo o que desconhecem, cheias de razões, agrupando-se de mil maneiras, proclamando a sua individualidade enquanto ficam cada vez mais iguais, formatados desde a nascença, endoutrinados por uma escola que produz competição desde os mais tenros anos, como se a competição fosse um fim em si…
Apenas entro em competição comigo. Sou a única pessoa que tenho de superar, em tudo na vida, ou pelo menos naquilo que me interessa…
Há muito que deixei de querer ser melhor guitarrista que um Steve Vai…
Há muito que deixei de querer ser melhor compositor que Bach…
Alegro-me quando consigo ser um pouco melhor do que fui no dia anterior. Nunca serei um Steve Vai ou um Bach... Não quero ser um Steve Vai ou um Bach!
Há muito que olho para o facebook com desconforto e o uso apenas para ir divulgando algumas coisas ou partilhando outras que acho pertinentes. Mas acho piada à maneira como é utilizado por alguns, como se o acto de partilhar uma frase célebre de alguém, uma oração ou uma fotografia de um refugiado de guerra fizessem algo mais do que ser uma justificação perante o próprio pela sua inercia em produzir um pensamento capaz, rezar ou tomar alguma atitude concreta em relação às dores de outro ser humano. A mesma maneira como há trinta anos atrás comprar um single de uma música era um descanso para a consciência de quem via imagens de crianças a morrer de fome na África subsariana. "Pelo menos contribuí com alguma coisa"...

Olho para o mundo com um desconforto crescente. Acho que começo a ser um animal estranho, uma relíquia do passado…
…e o mundo apenas quer relíquias nos museus!

Vejo o mundo continuar a avançar, cada vez mais rápido, mas com a cegueira de quem não sabe para onde vai, perdido no meio de um presente vasto demais para compreender se o enunciado não estiver bem claro.
Quantos de nós é que ainda se deslumbram quando olham as estrelas à noite, ofuscadas como estão pelas luzes das cidades?

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Texto das profecias Herméticas, do Sec. II/III, que dá que pensar...

Traduzido desta página: http://www.bibliotecapleyades.net/profecias/esp_profecia08.htm

Asclépius III, onde se encontra a profecia Hermética, é uma exposição sobre a natureza da cosmologia e, por consequência, da natureza de Deus, tempo, ciclos da vida, natureza do mundo, destino, etc. Emerge uma profecia sobre o Egipto, dada sobretudo como exemplo através do qual se expressa um ponto de vista filosófico. O que se segue é um excerto de Asclépius III que contém a profecia:

Trismegistus:

Não sabes tu, Asclépius, que o Egipto é uma imagem do céu, ou, falando mais exactamente, no Egipto todas as operações dos que regem e trabalham no céu foram transferidos para a terra?

Não, devia antes dizer-se que todo o Cosmos vive nesta nossa terra como seu santuário. Ainda assim, uma vez que é correcto que todos os homens sábios deveriam saber dos acontecimentos antes que estes ocorram, não deves permanecer na ignorância em relação a isto: haverá um tempo em que se verá que foi em vão que os Egípcios honraram a divindade com piedade sentida e serviço assíduo; e toda a nossa adoração divina será vazia e ineficaz. Pois os Deuses sairão da terra para voltar para os céus.

O Egipto será esquecido e a terra que outrora fora a casa da religião será deixada desolada, vazia da presença das suas divindades.

Esta terra e região ficará cheia de estrangeiros; não só os homens se negarão a servir os Deuses, mas ... ; e o Egipto será ocupado por Citas ou Indianos ou outras raças de países Bárbaros próximos. Nesse dia a nossa terra mais sagrada, esta terra de altares e templos, ficará repleta de funerais e cadáveres. A ti, muito sagrado Nilo, eu choro, a ti eu prevejo o que será; inchado por torrentes de sangue, erguer-te-às acima das tuas margens, e as tuas sagradas ondas não estarão manchadas, mas completamente sujas de sangue.

Choras perante isto, Asclépius? Pior virá; O próprio Egipto terá mais a sofrer; cairá numa situação ainda mais lamentável, e será infectada por ainda mais, pragas gravosas; e esta terra, outrora sagrada, uma terra que amava os Deuses, e onde só, em recompensa da sua devoção, os Deuses se dignaram a ficar algum tempo sobre a terra, uma nação que era o professor da humanidade em santidade e piedade, esta terra ultrapassará todas as outras em actos cruéis. Os mortos serão mais que os vivos; e os sobreviventes serão conhecidos como Egípcios apenas pela sua língua, mas nas suas acções serão como os homens de outras raças.

Ó Egipto, Egipto, da tua religião nada restará senão um conto vazio, no qual nem os teus filhos acreditarão; não restará nada senão palavras gravadas, e apenas as pedras falarão da tua piedade. E nesse dia os Homens estarão cansados da vida, e deixarão de pensar que o universo merece reverência e adoração. E assim a religião, a maior de todas as bênçãos, pois não há nada, nem houve, nem haverá, que possa trazer maior benefício, estará ameaçada de destruição; os Homens pensarão nela como um fardo, e virão a desprezá-la. Não mais amarão o mundo à sua volta, este incomparável trabalho de Deus, esta gloriosa estrutura que ele construiu, esta soma do bem feito de coisas nas mais diversas formas, este instrumento através do qual a vontade de Deus opera naquilo que ele fez, generosamente favorecendo as obras dos Homens, esta combinação e acumulação das tantas coisas que podem chamar-nos à veneração, adoração e amor do que contempla.

Preferirão a escuridão à luz, a morte trará mais lucro que a vida; ninguém erguerá os olhos aos céus; Os piedosos serão considerados loucos, e os ímpios sábios; os loucos serão chamados de corajosos, e os malvados estimados como bons. Quanto à alma, e à crença de que é imortal por natureza, ou que pode ter esperança em obter a imortalidade, como te ensinei, de tudo isto zombarão e convencer-se-ão de que é falso. nenhuma palavra de piedade, nenhuma elocução digna do céu e dos Deuses do céu será ouvida ou acreditada.

E assim os Deuses se afastarão da humanidade, uma coisa gravosa!, e só anjos demoníacos restarão, que se misturarão com os Homens, e levarão os pobres desgraçados pela força a cometer todas as espécies de crimes, para guerras, roubos, fraudes e todas as coisas hostis para a natureza da alma. E então a terra não ficará firme, o mar não susterá barcos; o céu não suportará as estrelas nas suas órbitas, nem as estrelas seguirão o seu percurso no céu; todas as vozes dos Deuses serão, por necessidade, silenciadas e tolhidas; os frutos da terra apodrecerão; os solos ficarão inférteis, e até o ar ficará doente com taciturna estagnação. no seguimento disto o mundo ficará velho. Não haverá mais religião; todas as coisas estarão desordenadas e erradas; todo o bem desaparecerá.

Mas quando tudo isto sobrevier, Asclépius, então o Mestre e Pai, Deus, o primeiro antes de tudo, o criador daquele deus que primeiro ganhou existência, olhará para tudo o que se passou, e eliminará a desordem contrariando-a com a sua vontade, que é o bem. Chamará de volta ao caminho aqueles que se tresmalharam; limpará o mal do mundo, limpando-o com cheias, purificando-o com fogo, guerra e pestilência. E assim trará o seu mundo à sua primeira forma, e assim o Cosmos voltará a ser santificado e reverenciado e Deus, o criador e restaurador do poderoso tecido, será adorado pelos Homens desses dias com incessantes hinos de louvor e bênçãos.

Assim será o renascer do Cosmos; é um refazer de todas as coisas boas, uma sagrada e admirável restauração de toda a natureza; e está forjada no processo do tempo pela eterna vontade de Deus. Pois a vontade de Deus não tem principio e como é agora, sempre foi, sem principio. Pois é a existência de Deus que propõe o bem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

E a ligação Portuguesa a todas estas curiosidades?

Mas aquilo que é curioso nesta história toda é que pode haver aqui uma ligação directa a Portugal.
Um dos períodos mais intrigantes da história de Portugal é aquele que levou aos descobrimentos. Segundo rezam as lendas (mas só mesmo as lendas), o Infante D. Henrique ter-se-ia inspirado numa casca de banana encontrada numa praia.
Se fosse uma casca de coco, era como o outro…
…mas uma casca de banana?

Olhemos para um artefacto contemporâneo que poderá explicar o meu raciocínio, mais adiante: O mapa de Piri Reis.

Piri Reis foi um Almirante turco. Em 1513 este Almirante elaborou um mapa que mostra a Europa, o norte de África, a costa do Brasil, e a Antárctida, como esta era antes de ser coberta pelo gelo.
Se com o Brasil se pode argumentar que foi descoberto em 1500, em relação à Antárctida não há muito a dizer. Sobretudo quando os contornos que estão no mapa não são os das calotes polares, mas sim a representar aquilo que está por baixo do gelo, algo que nós só conseguimos saber na década de 50.
Mais ainda, o mapa apresenta as referências de latitude e longitude absolutamente correctas, embora a tecnologia da altura tornasse tal impossível. Só em 1790 se chegou ao ponto, através da introdução de cronómetros precisos, de conseguir registar latitudes e longitudes com elevado grau de exactidão.
O próprio Piri Reis afirma que este mapa foi baseado noutros mais antigos, alguns dos quais se estavam a desfazer.
O mapa foi redescoberto em 1929 e só ganhou verdadeira importância quando alguém reparou na representação da linha costeira da Antárctida.
E onde teria Piri Reis arranjado os mapas mais antigos?

É sabido que os templários ocuparam o monte do templo na Terra Santa, e que o escavaram em busca da Arca da Aliança. Não a encontraram, mas encontraram muitos papiros. Alguns deles poderiam remontar aos tempos de Moisés ou ser cópias dos mesmos, e Moisés era alguém altamente instruído na cultura Egípcia.
Ainda que descartando eventuais ligações mais antigas, descobriu-se há pouco tempo traços de Cocaína em múmias egípcias. Uma vez que a planta da Coca é nativa da América do Sul, isto dá logo que pensar.
Curiosamente, embora tenha sido falado quase como algo engraçado, ninguém pareceu querer debruçar-se seriamente sobre como é que uma múmia tem vestígios de Coca.
Se a Múmia tinha vestígios de Coca, ou esteve nas Américas, ou alguém esteve e a trouxe para o Egipto. Seria natural que quem lá foi precisasse de mapas.
E se os templários deram com alguns desses mapas no monte do templo?
Entretanto, mais à frente, a ordem é extinta da maneira que se sabe, completamente dizimada numa sexta-feira 13, sem opor qualquer resistência. Apenas em Portugal a ordem escapou, por ter sido transformada na ordem de Cristo, ordem essa que ficou com todos os pertences dos templários em Portugal.
Em 1494, depois de muita insistência Portuguesa, o tratado de Tordesilhas é assinado, dividindo o mundo entre Portugal e a Espanha numa latitude 300 léguas a oeste daquilo que Espanha queria. O resultado prático foi não haver qualquer contestação quando 6 anos mais tarde Pedro Álvares Cabral chegou às terras de Vera Cruz.
Mas o que levaria Portugal a querer empurrar a linha mais para Oeste?

Conta-se que Cristóvão Colombo, após se ter casado em Portugal com Isabel Moniz, filha de Bartolomeu Perestrelo, teria tido acesso a estes mapas antigos do convento de Tomar e daí aparecer o projecto de chegar ao outro lado do Oceano.
É sabido que, estando com a tripulação à beira de um motim, visto que temiam cair pelo rebordo do mundo, ele afirmou que se não chegassem a terra no dia seguinte, voltariam para trás.
Mas não voltaram, porque chegaram lá…

Apesar de apresentar aqui alguns factos, o haver ou não os mapas antigos em Tomar é pura especulação. Ainda assim, a sua existência faria algumas coisas ganharem mais sentido do que aquele que lhe conhecemos agora...



Graham Hancock

Se livros como “Eram os Deuses astronautas” ou “Às portas da Atlântida” me deram muito que pensar nos meus mais tenros anos, se livros como os de Zachariah Sitchin dão que pensar ainda hoje em dia, o trabalho do Sr. Graham Hancock (em especial “Fingerprints of the Gods” e recentemente “Magicians of the Gods”) fazem muito mais que isso!
Ele é, sem dúvida, um dos maiores proponentes de que houve uma civilização que poderia ter rivalizado com a nossa, ou pelo menos com a nossa tecnologia do Sec. XIX, sendo certamente mais avançada em algumas áreas e menos noutras em relação a nós!
Ao contrário de tantos outros nesta área, ele não subscreve a teoria dos Deuses astronautas. Segundo ele, não descarta essa hipótese, mas não encontrou até agora nada que não pudesse ter sido feito por uma civilização tão ou mais avançada que a nossa.
Foi ele um dos primeiros a levar um geólogo até à Esfinge, o que levou esse geólogo à conclusão que as marcas de erosão na mesma são devido a milhares de anos de chuvas intensas. Isto foi prontamente descartado pêlos egiptólogos, uma vez que o clima na região não se presta a chuvas intensas há milhares de anos, logo, não podia ser.
Claro que os egiptólogos não tem de perceber nada de geologia.
Foi ele um dos primeiros a propor que a esfinge seria um monumento muito mais antigo, que teria sido construída na era de Leão, o que bateria certo com a geologia do local, bem como com os alinhamentos astronómicos. Foi ridicularizado quer pelo egiptólogos que disseram de imediato que se assim fosse deveria haver mais ruínas com a mesma idade, e não havia, bem como por tudo quanto é publicação científica.
Mas isto foi em 1995! Nestes vinte anos muita coisa mudou!
Se é verdade que continua a haver uma enorme controvérsia em relação às pirâmides de Visoko, na Bósnia, cujo governo, estranhamente, não parece ter grande interesse em investigar (a confirmar-se o achado, será um complexo de pirâmides que fará Gize parecer uma brincadeira, o que só em termos de turismo criaria receitas brutais), sendo que apenas seguem em frente as investigações devido à teimosia de um homem, também o é que Gobekli Tepe é inquestionável.
Para quem não têm ideia do que é Gobekli Tepe, é uma estrutura megalítica descoberta na Turquia que faz com que Stonehenge pareça uma coisa pequenina, que data de há, pelo menos, 12.000 anos e que foi propositadamente soterrada há cerca de 10.000 (curiosamente também os túneis de Visoko parecem ter sido enchidos com entulho mais ou menos na mesma altura.
Ora se em 1995 não havia nada que suportasse a ideia que há 12.000 anos atrás, quando não passávamos, enquanto espécie, de caçadores/colectores, houvesse alguém capaz de fazer a Esfinge, hoje em dia esse argumento caiu por terra!
Outra curiosa descoberta foi a do impacto de um meteorito com cerca de 1600 mt de diâmetro nos glaciares que cobriam a América do norte há cerca de 12.000 anos. As consequências desse impacto foram extinções em massa de espécies e, após uma série de fenómenos como terramotos e maremotos que varreram o mundo, as cinzas do impacto espalharam-se pela atmosfera, bloqueando o sol e agravando a era glaciar por mais 1000 anos, altura em que outros impactos mais pequenos e em pleno oceano tiveram o resultado contrário.
Se o primeiro impacto fez o mundo congelar novamente, baixando os níveis dos oceanos, o segundo, em pleno oceano, lançou tanto vapor de água para a atmosfera que o efeito de estufa teve o resultado contrário, provocando um degelo repentino e fazendo os níveis das águas subir cerca de 50 mt.
As quantidades de ruínas que têm sido descobertas em áreas costeiras onde subsistem lendas de cidade que se afundaram ou desapareceram do dia para a noite, fazem com que essas lendas, que até à pouco não passavam disso, esteja a ser revistas, já com outros olhos.
25 Km ao largo da cidade de Dwarka, na Índia, encontraram-se ruínas de duas cidades perfeitamente desenhadas, cada uma delas com o tamanho de Manhatan. Alguns, muito poucos, objectos foram retirados de lá, e as datações apontam para a mesma altura em que a cidade teria estado acima do nível das águas, cerca de 10.000 anos. Não existem quaisquer planos do governo Indiano para investigar o local.
Se olharmos para o mundo de hoje, cheio de tecnologia e com as pessoas a especializarem-se cada vez mais, não é inconcebível que uma civilização possa desaparecer assim.
As maiores cidades, os centros de conhecimento estão todos em áreas costeiras. Se as águas subissem 50 mt, a maioria delas desapareceria como se nunca tivesse existido.
A electricidade acabaria, logo, todo o conhecimento que não estivesse escrito e posto a salvo desapareceria também.
Devido à especialização, qual de nós seria capaz de sobreviver num mundo onde, em caso de cataclismo, ao fim de 3 dias não haveria comida nas cidades e haveria escassez de tudo?
Depois olhamos para povos como os busquimanes, os índios, e tantos outros que ainda são caçadores/recolectores e que para nós são ainda resquícios da pré-história, e percebemos que esses pouco seriam afectados por um colapso civilizacional, e continuariam com a sua vidita, como se nada se tivesse passado. Seriam eles, os que vivem e sobrevivem nos desertos mais inóspitos, nas florestas mais densas, que ficariam e repovoariam o planeta.

Não estamos livres de, a qualquer altura, termos uma catástrofe destas à porta. E, apesar de gastamos biliões em programas de defesa e armamento, não somos capazes de juntar uns poucos milhões para resolver problemas que asfixiam o planeta…

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

As trampas que me ocupam a mente quando não está ocupada com outras trampas...

Não faço propriamente segredo nenhum do facto de que ando há anos a acumular dados para escrever uma história.
Mas é uma história muito complicada!
No entanto, é divertido e tenho encontrado montes de coisas que não fazem sentido misturadas com coincidências que fazem coçar a cabeça…

Vou dar-vos um exemplo:

Moisés!

Acho que ao mencionar este nome toda a gente tem uma ideia de quem é e da história deste homem. Mas ainda assim, cá vão alguns tópicos:

-Abandonado pela mãe, judia, numa cesta de verga, no rio Nilo.
-Encontrado por uma princesa Egípcia
-Criado como príncipe do Egipto
-Descobre já adulto que é Judeu
-Mata um Egípcio que castigava um escravo Judeu
-Foge do Egipto para o sopé do monte Sinai onde se casa
-Ouve o chamado da montanha onde sobe e se encontra com Yahweh, que lhe diz que deve voltar ao Egipto para libertar o seu povo
-Volta ao Egipto e perante a recusa do faraó, que basicamente tinha crescido com ele e era sua família, lança pragas terríveis sobre o Egipto
-Finalmente o faraó cede, depois da primeira pascoa, após o anjo da morte ter assassinado todos os primogénitos do Egipto, incluindo o filho do faraó
-Já depois de partirem o Faraó muda de ideias e persegue os escravos até ao mar vermelho, que Moisés abre para os escravos passarem, mas que manda fechar quando os egípcios estão quase a alcançá-los, fazendo os exércitos do faraó serem levados pela enxurrada
-Depois vão até Sinai, onde Moisés sobe a montanha e numa longa conversa com Yahweh, aproveitam para escrever os mandamentos
-Moisés desce e descobre que aquelas bestas quadradas que o viram a partir um mar ao meio, a fazer chover sangue, a invocar pragas de gafanhotos e outras coisas leves, afinal são burros que nem uma porta e resolveram fazer uma estátua de ouro na forma de um boi e começaram a adorar a estátua. Irritado parte as tábuas e os estúpidos são condenados a andar por quarenta anos no deserto de um lado para o outro até chegarem à terra prometida, que até nem ficava assim tão longe…
-Entretanto, derretem o boi de ouro e com ele fazem uma arca, seguindo as indicações de Yahweh, na qual guardam os restos das tablas e à qual o acesso é limitado

E é precisamente este objecto, tão famoso desde sempre mas mais ainda desde que foi encontrado pelo Indiana Jones, que é o busílis da questão!

Então comecemos pelo princípio.
Não há qualquer prova histórica de que os Judeus tenham sido escravos no Egipto.
Não há qualquer prova histórica de que Moisés tenha existido
Não há qualquer prova que que um povo inteiro tenha andado a deambular 40 anos pelo deserto
No entanto, a acreditar no livro do Êxodo, o próprio faraó mandou apagar todas as referências aos casos e não seria fácil encontrar provas de tribos de pessoal a deambular pelo deserto 3.500 anos depois!
Portanto, se assumirmos que a história é verdadeira, ainda assim há coisas que custam a acreditar. Custa a acreditar que um príncipe do Egipto renegasse toda a sua educação ou sequer acreditasse ser filho de uma escrava.
Mas aceito perfeitamente a possibilidade de que tal teria acontecido.
Custa-me a acreditar que o Faraó se passasse tanto da cabeça que depois de ter dito que os Judeus podiam partir tenha saído em sua perseguição com todos os exércitos…

Andemos para trás.

Antes do tempo de Moisés houve um Faraó, Akenatón, cuja mulher foi a bem mais famosa Nefertiti, que causaram uma revolução banir todos os cultos e instituir, tanto quanto se sabe pela primeira vez na história da humanidade, o culto ao Deus único, Aton. Claro que isto não caiu bem no clero e foi sol de pouca dura…
…no entanto, sendo Moisés um príncipe do Egipto, quem nos diz que a dissidência dele não se deveu ao culto a este Deus e não à descoberta da sua proveniência?

Várias ilustrações Egípcias mostram um objecto, que era levado para as batalhas e era mantido dentro de uma tenda onde se invocavam várias coisas. Esse objecto tinha a forma de uma caixa e era completamente dourado por fora tinha uma tampa onde se vê dois seres alados cujas asas se tocam. Curiosamente, todos os desenhos da arca da aliança são extraordinariamente parecidos com o objecto que é desenhado pêlos Egípcios.

As dimensões da arca, que estão inscritas na bíblia, são 2,5 cúbitos X 1,5 cúbitos X 1,5 cúbitos, ou seja 114 cm X 68,5 cm X 68,5 cm. Numa extrema coincidência, a medida interna do “sarcófago” (nunca ninguém lá foi sepultado) esculpido a partir de um único bloco de granito com uma precisão extrema para as ferramentas da época que está na câmara do rei na grande pirâmide de Gize é exactamente este!

A arca teria sido construída em madeira de acácia e revestida por fora e por dentro em ouro. Qualquer estudante de electrónica pode identificar tal coisa (dois condutores com um isolante no meio) como um capacitador.

Apesar de os egípcios terem a mania de escrever em qualquer pedacinho vago de qualquer parede, de tal maneira que fariam corar de vergonha a malta do grafitti de hoje em dia, não há, há excepção de pequenos símbolos, que se julga serem falsos na câmara do rei, qualquer inscrição em qualquer lugar da grande pirâmide. Se eu fosse um faraó e tivesse mandado construir aquilo como meu túmulo, caso em que seria talvez o maior egocêntrico que a humanidade já viu, certamente quereria que o meu nome estivesse por todo o lado

O certo no meio disto tudo é que não se sabe por que cargas de água a pirâmide foi construída. Sabe-se porque foi construída ali, mas não porque foi construída. Algumas hipóteses afirmam (cada vez mais suportadas por dados mensuráveis e não por teorias) que talvez a pirâmide tivesse um propósito bem diferente: Produção de energia. Se fosse esse o caso necessitaria de um capacitador. A arca era um capacitador.

Será que o Faraó partiu atrás dos Judeus ao descobrir que Moisés roubou a arca de dentro da grande pirâmide?
Afinal foi a partir deste ponto que o Egipto começou num longo declínio, que se acentuou ainda mais quando Ptolomeu, general de Alexandre, se tornou Faraó, não por direito divino mas por imposição militar.

Mas, caso esta hipótese seja verdadeira ainda sobra a maior das perguntas: Mas quem é que construiu e para que foi construída a grande pirâmide?

É com este tipo de coisas que me divirto, quando não estou a tocar ou a construir guitarras…

…temas leves…



terça-feira, 20 de setembro de 2016

Nmismo: O império de Arabutã

O império de Arabutã não durou muito. Não chegou a durar um século.
E pronto, esta história podia ficar por aqui, mas não! Do império saiu uma república radical, uma vez que a população geral não tardou a adoptar os hábitos indígenas de ritualizar todos os dias…
…que também não durou muito! Sobretudo porque um lugar onde ninguém pensa acaba por ser muito difícil de gerir! Assim sendo, tal como o fizeram os habitantes de Polo (lembram-se da cidade que era tão a norte que quando se entrava nela só se podia sair para sul?), acabaram por pedir auxilio aos Absolutistas que impuseram a ordem durante bastante tempo.
Entretanto, muitos Cientologistas fugiam dos reinos do meio, por vista das perseguições que lhes eram movidas, e refugiavam-se nestes reinos remo-tos. Foram estes que levaram a que Arabutã se transformasse de novo numa república, expulsando os Absolutistas! No entanto, também os Cientologistas começaram a ser alvo de perseguições, pelo que o reino caiu de novo num impasse! Sem ninguém que pensasse, os governos foram-se sucedendo!
Até que um dia emergiu do povo um homem, Calamar, o Molusculo, assim chamado porque era um bocado mole nas partes intermédias, que assumiu o governo com a promessa de melhorar tudo para todos. Era adorado como um Deus vivo pelo povo, mas, como em todas as democracias, acabou o seu mandato e foi eleita a sua sucessora, indicada por ele para as eleições.
Mas as coisas já não correram tão bem!
Por esta altura começam a correr rumores que deram origem ao caso que ficou conhecido como o escândalo da cevada. Aparentemente, altas patentes dos diversos partidos desviavam cevada que era vendida a preços baixíssimos para os reinos do meio, pratica essa que durava já desde os tempos de Baalbaq, o Asqueroso, em troca de tremoços da candonga que eram introduzidos nos mercados oficiais a preços normais, levando a lucros de milhões.
Havia tanta gente envolvida no esquema que o problema era encontrar inocentes.
Mas foi quando Calamar, o Moluscilo, foi acusado de fazer parte do esquema que as coisas deram mesmo para o torto. A presidente ainda o tentou ajudar, metendo-o no governo, mas isso levantou uma tal onda de protestos que levou à sua destituição. Para o seu cargo subiu o vice-presidente que, apesar de estar também implicado, não podia ser acusado por fazer parte do governo o que levou a que muitos outros reinos não reconhecessem a sua autoridade, fazendo com que Arabutã, depois de um rápido crescimento, se afundasse num mar de corrupção onde ninguém pensava.
Neste altura houve alguém que teve uma ideia de como solucionar a situação, mas foi preso, acusado de pensar e acabou por ser morto por uma multidão que gritava em fúria o mandamento único “Não pensarás”!
Depois vieram as cheias…

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Nmismo: Os Tugos e o grande reino da Arabutã (continuação)


O chamado reino de Arabutã tinha muito espaço livre! Mesmo muito! Tinha tanto espaço livre que não tardou muito a que os Tugos, confinados a um pequeno rectângulo de terra nos confins dos reinos do meio (embora na altura ainda ninguém chamasse reinos do meio aos reinos do meio, uma vez que to-dos achavam que os reinos do meio estavam numa ponta), começassem a ser lá despejados e começas-sem a fazer quintas para produzir cevada com fartura. Ainda assim, a capacidade dos barcos que fizeram as primeiras travessias dos mares de Atlén não eram muito grandes, para além de que a viagem durava semanas e era perigosa! Assim sendo, viraram-se para os vermelhos locais como força de trabalho!

Os vermelhos nunca haviam trabalhado um dia da sua vida! O mais próximo do conceito era caçar, e mesmo isso era feito apenas em caso de necessidade. As florestas providenciavam tudo o que necessitavam.

Ainda assim, alguns foram forçados a experimentar trabalhar, mas não gostaram! Quiseram obriga-los à força a trabalhar, mas eles continuaram a não gostar! A dada altura começaram a refugiar-se nas florestas, de onde saiam apenas para roubar produto da destilação da cevada! É que eles acabaram por se tornar os Nmistas mais que perfeitos. Cumpriam o ritual todos, mas mesmo todos os dias. Pior, até as mulheres cumpriam o ritual, coisa inédita até então…

Consequentemente, os Tugos chegaram à conclusão de que não os deviam incomodar e Arabutã de-morou muito, mas mesmo muito tempo a encher, sobretudo de povos Bárbaros que eram convidados nos reinos do sul a promissoras carreiras enquanto trabalhadores agrícolas em troca de cama, mesa e jogos de sado-masoquismo. Digamos que os Bárbaros não ficavam muito contentes, para espanto dos Tugos, que não percebiam o porquê…
Entretanto, o filho de um dos Reis dos Tugos acabou por ir para Arabutã e, lá chegado, declarou que seria imperador de lá do sítio e que Arabutã deixava de pertencer aos Tugos. Embora nunca ninguém tenha percebido o porquê, além da mania das grandezas do rapaz, a coisa acabou por ficar assim e todos os que lá estavam passaram a ser designados por Aranbutaneiros, o que era complicadíssimo de dizer, mas ainda assim, foi o que ficou!
Durante os séculos que se seguiram, até ao grande cataclismo, os Aranbutaneiros e os Tugos sempre se acharam povos irmãos, o que muito divertia as outras nações. Todos os outros diziam “são povos irmãos porque podemos escolher os amigos ou os aliados! Já a família…”
E foi assim que nasceu e se estabeleceu o reino de Arabutã, mas ainda haviam de se passar alguns séculos até que a história mais influente deste reino acontecesse…

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Nmismo: Os Tugos e o grande reino da Arabutã

Como já foi afirmado exaustivamente, mas convém sempre reforçar, os Nmistas não pensávam! Os Radicais radicalizavam esta proposição, fazendo do não acto de não pensar uma refinada arte, aprimorada ao longo das suas vidas. Enquanto jovens eram castigados assim que se lhes apresentava no espírito qualquer resquício de um pensamento, e isto fazia deles adultos não pensantes, coisa de que se orgulhavam! Aliás, o prestigio social entre os radicais media-se exactamente pela capacidade de não pensar.
Para terem uma ideia mais ou menos concreta do que eram os reinos, impérios e republicas radicais, aquilo era uma espécie de Rússia, mas numa versão a esteróides!

Depois havia os Racionalistas Absolutistas que, embora não pensassem, raciocinavam, meditavam, cogitavam…
…e a vida era mais simples para eles, um bocadinho menos caótica…

Mas, muito antes do estabelecimento dos reinos Racionalistas Cientologistas e das guerras que os baniram, já aqui relatadas, muito antes do tempo a Mattatturru, filho de Matturru, o grande rei da Lupolândia, muito antes de Uruk, o pequeno, séculos antes de Balbaaq, o asqueroso, ter pisado o mundo, muito antes das três correntes Nmistas se terem separado, estas três correntes equiparavam-se a classes sociais, sendo os radicais os mais numerosos, Os absolutistas uma espécie de elite, e os cientologistas a elite da elite!

Mas isto numa época em que se acreditava que o mundo era plano e que o Sol era uma enorme lanterna arrastada por um carro de bois no céu, conduzido por um qualquer Deus inominável, uma vez que as crenças religiosas desses tempos acabaram por se perder nas trevas do tempo.
Nessa altura o grande mar de Atlen ainda não tinha sido atravessado, e consequentemente os Méricos ainda não existiam…
…ou por outra, existiam, mas estavam lá quietos na vida deles e não se chamavam a eles próprios de Méricos.

Foi por esta altura que a Tugalândia se constituiu, bastante contra a vontade dos reinos vizinhos que não viram aquilo com muito bons olhos, sobretudo os Hiberes, a quem as terras pertenciam! A coisa foi tal que, séculos depois, aquando do grande cataclismo, ainda existiam disputas territoriais entre as duas nações!

Um dos cientologistas Tugos, Mareas, o Nauta, assim chamado porque enjoava cada vez que punha os pés num barco, achou que se devia saber o que estava nos limites do mundo. As lendas afirmavam que só havia dragões e outros bichos esquisitos, mas como nunca ninguém tinha visto um dragão ou coisa que sequer se parecesse (o mais perto era um crocodilo, mas nunca ninguém tinha visto um a cuspir fogo, além de Benzequias, o Tretas, a quem ninguém dava qualquer crédito, sobretudo após as sessões Nmistas de sábado à tarde) Mareas não acreditava muito que a realidade fosse como as lendas afirmavam! Assim, após chatear a cabeça de seu tio, Colonus, o Lavrador, assim chamado porque tinha uma enorme quinta para as bandas de Idevê-Las que era a sua verdadeira paixão e para onde ia cultivar batatas e couves sempre que podia, durante anos, lá conseguiu que este lhe oferecesse um barquito e financiasse uma expedição ao fim do mundo!

Ora, como sabemos hoje em dia, o mundo é redondo, pelo que nunca conseguiram cumprir o objectivo, mas após terem descoberto uma catrefada de ilhas que ninguém sabia que existiam, fazendo da expedição um sucesso, outras vieram, alargando o mundo consideravelmente, até que chegaram a um sítio por demais interessante! Quando chegaram apenas viram florestas a perder de vista e resolveram chamar de Arabutã ao local! Só mais tarde descobriram que aquilo afinal tinha lá gente, que eram vermelhos, e ficaram cheios de inveja porque os homens de lá não precisavam de fazer a barba!


Rapidamente estes povos vermelhos aderiram ao Nmismo. Bastou-lhes provar o produto da destilação da cevada em recipientes de sílica fundida (a nomenclatura de “caneca” só foi inventada mais tarde), uma vez que mesmo antes de lá chegar o Nmismo eles já não pensavam…

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

As palavras que esperam por música há anos...

Digo-te,
Se as palavras fossem liquidas
Derramava-as sobre o teu corpo,
Sobre os lugares escondidos
Onde o fogo apaga a razão!

© C. N. Gil

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ouvido de passagem à porta do PD do Cais do Sodré

"No outro dia choveu choviscos..."

Se eu, a estas horas impróprias, já venho estilo Zombie saído de uma qualquer série de televisão manhosa, ouvir algo assim acaba com o resto!
Fiquei com um Cãibra Cerbr... Cebrel... na pinha!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A propósito da peça de música escrita mais antiga da humanidade...


Não só pela música em si, riquíssima e com um sentido melódico que nos faz perceber que aquelas cabecinhas há 3500 anos atrás não eram assim tão diferentes das nossas, mas também por outro motivo.
A escala musical que usamos têm 7 notas mas é composta de 12 semitons! As sete notas (ut, ré, mi, fá sol, lá, si) são originárias de um canto gregoriano do Sec XI:

Ut queant laxīs    resonāre fībrīs
ra gestõrum    famulī tuõrum,
Solve pollūtī    labiī reātum,
Sancte Iõhannēs.

No entanto é chamada de escala pitagórica porque se acreditava ter sido inventada por Pitágoras, visto que foi ele quem definiu a escala, em instrumentos trastados e criou a “regra dos 18”. Esta regra afirma que num determinado comprimentos de escala, se o dividirmos por 18 e subtrairmos o resultado ao original, subimos meio tom! Se formos fazendo isto progressivamente ao longo da escala vamos subindo meio tom a cada divisão, razão pela qual as escalas de guitarra, baixo e outros instrumentos trastados são como são…
…o problema desta escala é que não é absolutamente certo, criando um desvio ligeiro, pelo que séculos mais tarde alguém chegou à conclusão que o correcto seria dividir por 17.817, o que acertava melhor a escala, embora não totalmente, mas próximo o suficiente para os nossos ouvidos não darem pela diferença.

Mas depois emerge uma peça musical de uma altura em que ainda nem se pensava que o Pitágoras pudesse vir a existir que foi composta numa escala de 12 semitons.
Isto quer dizer claramente que o Pitágoras não inventou a escala, apenas lhe deu uma razão e proporção matemática!

Agora, o curioso é a fixação da civilização Suméria com o nº12!
Se pensarmos um bocadinho, não é um nº intuitivo.
O dez é! Temos cinco dedos em cada mão, dez nas duas! Habituamo-nos a calcular mentalmente a partir do aprendermos a contar pêlos dedos. Torna-se intuitivo. 5+5=10!
Uma base 12 não é intuitiva! Exige um esforço acrescido! Se estivermos a contar de cinco em cinco é tudo fácil. De seis em seis, depois da tabuada decorada, torna-se complicado e já obriga a fazer alguma ginástica mental!
Coisas que os Sumérios aparentemente inventaram e que duram até hoje:

12 signos: o céu está dividido em 12 partes, cada uma delas correspondente a um dos signos
12 meses: o ano esta dividido em 12 meses. Cada estação tem 3 meses que é metade de metade de 12
O dia está dividido em duas partes de 12 horas. Cada hora tem 60 minutos, múltiplos de 12. Cada minuto tem 60 segundos, múltiplos de 12
Um circulo tem 360º múltiplo de 12
Consequentemente temos uma bola no espaço que foi dividida em 360º, quer em latitude, quer em longitude. Corta-se a bola ao meio e fica-se com 180º que se divide por 12. Divide-se esse espaço por 60 e temos a geolocalização. Latitude norte ou sul (a contar do ponto zero, o Equador), longitude este ou oeste (a contar do ponto 0, Greenwich), isto além de termos as 24 zonas horárias.


Ou seja, a música, a divisão do tempo e a localização espacial fazem-se, até hoje, numa base doze!

Resta saber porque raio aqueles gajos tinham um obsessão tão grande com o número 12…

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

A peça de música escrita mais antiga conhecida!

Esta música foi descoberta em tablas Sumérias! E até existem as indicações de como interpretar.

Música de há 3400 anos!



Não soa muito estranho, sabendo que vem do médio oriente!



E curiosamente, descobre-se mais uma coisa com base duodécimal a emergir da cultura Suméria!



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Acho que já sei...

...porque é que os Amaricanos e os Russos (não os bolos, que por acaso são bem bons, embora aquela camada de açucar em pó fosse dispensável, mas os que habitam a Rússia) andem aqui a fazer!

Deve ser por causa do Nmismo!

Lembram-se desta passagem acerca do que era o Nmismo?

"Hoje em dia apenas alguns, muito poucos, o sabem.
O que é normal. Aliás, apenas muito poucos sabem porque no fundo é algo que não interessava a ninguém. Os poucos que ainda sabem são membros de sociedades secretas que se dedicam a especular acerca dos segredos que as antigas sociedades secretas guardavam, apenas porque sim ou porque têm demasiado tempo livre durante a hora do almoço. Não que lhes interessasse especialmente."

Ora, andando eu aqui a falar dos segredos de antigas sociedades secretas sobre os quais as actuais sociedades secretas apenas conseguem espécular, visto não terem o meu vastíssimo conhecimento sobre o Assunto, é normal que os Rosacruceanos, a Maçonaria e os Iluminati venham aqui tentar descobrir o sentido mais profundo daquilo que os mantém e para que foram criados, e também para perceberem em que é que deviam acreditar, uma vez que, pelo estado do mundo, se esqueceram...

E a ser assim, fico muito mais descansado!

Eu já sabia...

...que esta tasca é mais lida nos Estados Unidos do que em Portugal!

(If anyone from NSA or CIA is reading, have a nice day! You should probably be doing something usefull, like trying to fuck up another country for oil, but, hey, you're always welcome here!)

Mas que seja mais lido na Russia do que em Portugal?!?

(Pessoal Russo, lamento, mas nem sequer tenho um teclado com alfabeto cirílico e a única palavra que sei em Russo é "спасибо", portanto não tem direito a uma saudação como a que está acima! Mas são bem-vindos na mesma! Afinal, o tradutor do Google deve dar-vos uma ideia aproximada do que escrevo por aqui... Pronto, aproximadamente vaga, mas é o que se arranja!)

Será que este tasco vai ser palco de uma nova guerra fria?

Será que alguém vai dividir um post meu ao meio com um muro?

Só dúvidas que m'atormentam...

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Hoje em dia…



…alguém que olhe para o mundo não saberia o que pensar!
Os Estados Unidos, a terra dos livres e lar dos bravos, suspendeu a primeira parte, com o apoio da sua população, devido aos alegados atentados que aconteceram no dia 11 de Setembro de 2001. Lá qualquer pessoa pode ser presa sem culpa formada se existir uma suspeita de ser terrorista.
Lá foi eleito um presidente que foi talvez a pessoa mais estúpida a ocupar um cargo daquela importância por sufrágio universal! Claro que a culpa disto pode ser das máquinas de marqueting que criam uma imagem perfeita, mas ao longo do primeiro mandado os indícios de que o homem era mesmo, mesmo, mesmo simplesmente estúpido foram-se acumulando! Ainda assim ele foi reeleito! Depois de ele sair de lá um novo golpe de marqueting apresenta um presidente como esperança para o mundo! O homem, onde quer que fosse, era recebido em apoteose! No entanto, pouco mais fez do que dar continuidade a uma politica que já vinha de trás!
Na senda do 11 de Setembro, os Estados Unidos invadem alguns países do médio oriente. O Afganistão com a desculpa de quererem caçar Bin Laden, alegadamente o responsável pêlos ataques terroristas. Ao fim de anos a lidar com as guerrilhas vão encontrar o tipo a meia dúzia de metros de uma base militar! Alegadamente mataram-no!
Invadiram o Iraque sob falsos pretextos, não invadiram o Irão por medo de um confronto atómico, financiaram melícias rebeldes para tentar derrubar o governo sírio, deram todo o apoio a uma primavera Árabe que virou o Egipto e a Líbia do avesso!
Es estados unidos, junto com alguns países Europeus, quiseram forçar a forma ocidental de ver o mundo, achando que todos querem uma liberdade individual, hamburguers da Mac e Coca-cola…
…Mas o mundo não quer isso! Os Árabes, como qualquer outras pessoas no mundo, resistem à mudança, procuram aquilo que conhecem, temem o desconhecido!
O resultado disto foi a criação de grupos como o Daesh! E foi aqui que se descobriu que nem sempre o inimigo do meu inimigo é meu amigo! Nestes casos, o inimigo do meu inimigo também é meu inimigo, pelo que acabo por ter que travar batalhas em varias frentes!
Na Europa houve o atentado de Londres, O de Madrid, supostamente perpetrados pela Al Qaeda! Houve um estúpido lá para o norte que causou uma chacina! Não lhe chamaram atentado terrorista! Houve o atentado ao Charlie Ebdo, O Bataclan, O aeroporto de Bruxelas, Nice, as escaramuças na Alemanha…
Nos estados unidos está prestes a ser eleito um tipo que, não duvido, deve ser algo inteligente para conseguir o império que conseguiu! Deve também ser um grandessíssimo FDP, uma vez que ninguém chega onde ele está sendo boa pessoa! Este tipo diz, entre outras coisas, que quer construir um muro entre os States e o México, e quer pegar nos muçulmanos e pô-los na fronteira! Talvez queria também seguir um pouco na sendo do Ron Paul (é uma pena colocar estes dois no mesmo paragrafo, mas é a vida…) e fazer com que os States resolvam as suas questões e deixar que os outros resolvam os seus próprios problemas que não existiam antes de eles lá terem metido o bedelho!
Na europa, fruto da insegurança que os recentes atentados têm promovido há cada vez mais uma clara ascenção da direita! Isto porque, ao contrário do discurso da esquerda que quer a todo o custo proteger as minorias, mesmo aquelas que organizam manisfestações no centro das suas cidades em que dizem que as leis e os costumes dos países de acolhimento são absurdos e que as mulheres que andam vestidas normalmente na rua (nem estou a falar de “marias escandalosas”) se vestem como prostitudas por não andarem cobertas dos pés à cabeça! Já a direita nem por isso…
O resultado foi uma saída da Inglaterra da (des)união Europeia, e veremos o que se segue! O que acontecerá se a França virar à direita pela mão de Le Pen? O que acontecerá na Alemanha? Na Belgica? Em Itália e na Grécia onde não sabem o que fazer aos refugiados? Nos países das Balcãs?
Se isto continuar, a Europa vai-se fechar! A questão é se ficará por aí ou se as quezílias regionais que já existem desde que a Europa existe não se acentuarão!
Mas o pior e que a Europa estará disposta a abdicar de direitos fundamentais em favor da segurança! Todas estas situações dão azo a que leis excepcionais sejam passadas, à semelhança das dos States! Tudo isto nos empurra para abdicarmos de liberdades que por vezes foram ganhas com suor e sangue!
Nos States o numero de gajos que se passam da tola e começam a disparar indiscriminadamente contra tudo o que se mexe põe em causa um dos direitos que a constituição dá aos cidadãos, o direito de ter armas! Claro que, se não houver armas nas mãos dos civis, um outro direito dado pela constituição, o de formar melícias e agir contra a tirania ficam automaticamente postos em causa!
E, levando em conta que alguns destes atentados são perpetrados por pessoas que aparentemente não tem ligações a grupos terroristas, bem como o facto de as instituições Europeias parecerem cada vez mais avessas à existência de governos de esquerda, forçando estes a seguir por caminhos que não foram sufragados pêlos cidadãos e que estão, por vezes, em conflito directo com a vontade das populações, será que não estamos simplesmente a ser empurrados para uma situação em que, em nome da segurança, abdicaremos de direitos fundamentais?
Não estamos a avançar para uma Europa rodeada de muros semelhantes ao que o Donald Trump quer fazer na fronteira com o Mexico? Semelhantes aos muros entre Israel e a Palestina? Semelhantes ao que dividia Berlim em duas há não tanto tempo atrás?

E será que a situação Turca não fara esse processo acelerar ainda mais?

E a quem é que interessa que a Europa falhe politicamente em tornar-se numa das maiores potencias mundiais?

Quando nos afastamos do mapa, quando nos afastamos do nosso quotidiano, Quando metemos aChina ao Barulho, quando vemos como Africa sempre foi um palco de guerras de poder de potencias estrangeiras que tiraram e tiram de lá os recursos em troca do favorecimento de algumas elites e em desfavor das populações, quando vemos a China a agigantar-se, o que é que isto nos mostra?

Os próximos anos vão definir o que queremos, enquanto humanidade! Vão definir se é o medo que nos controla, ou se a esperança se elevará!

Os dados estão lançados! Vamos lá ver o que sai…

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Uma pequena reflexão a proposito do que se passou ontem em Nice

Deus é (supostamente) Eterno!
Deus é (supostamente) Omnipresente!
Deus é (supostamente) Omnipotente!
Podemos começar por pôr de lado as contradições que as três preposições anteriores encerram entre si, sendo todas elas verdadeiras à luz das fés originárias de um bando de pastores ali para as bandas do médio Oriente. Vamos, pelo menos durante a leitura disto (ou no meu caso da escrita) fingir que não há ali qualquer contradição.
Portanto, independentemente das crenças e da forma dessas crenças, façamos, como diria o saudoso Tony da "conversa da treta", um “suponhamos”!
Neste suponhamos temos a certeza de que Deus existe de facto e é tudo aquilo!
Agora esqueçamos todo o resto e foquemo-nos no Omnipotente, que é o único que nos interessa de momento! Já se agarraram bem ao conceito? OK, então agora uma perspectiva histórica antes de irmos ao que interessa.
Basicamente, Judaísmo, Cristianismo e o Islão são a mesma religião com “upgrades”. No entanto há que perceber que tudo começou quando uma velhota enfiou uma escrava debaixo do marido, provavelmente porque era pragmática e não acreditava em milagres!
Esse filho da escrava, que entretanto, sem culpa nenhuma, acabou banido com a mãe (o que prova que o pai era um tipo preocupado com o seu único descendente à altura) acabou por dar origem ao Islão, enquanto que  os irmão, filhos da legítima esposa do pai deram origem ao povo Judeu.
Ora, como lá diz o velho ditado, tudo o que começa mal acaba pior, e este é um dos casos!
O que temos então entre os Judeus e o Islão não é mais do que uma rixa de família extrapolada à enésima geração!
Já o Cristianismo não é mais do que uma corrente desviante do Judaísmo que, por uma série fortuita de eventos sociais e políticos acabou por se estabelecer como religião com base na premissa que nem os primeiros cristãos tinham de que Cristo seria um Avatar e foi a que saiu daquele nicho do mundo e se propagou aos gentios, muito por culpa da sua filosofia comunista (não estou a falar de Marxismo-Leninismo ou coisas afins, mas comunismo como em viver plenamente em comunidade) e que, tendo infectado profundamente as fileiras dos exércitos de Roma acabou por forçar o Imperador Constantino, que por acaso foi um belíssimo FDP, a torna-la a religião oficial do império e a acabar com as tardes de domingo no circo de Roma onde se queimava Cristãos para divertimento das famílias Romanas!
Mal sabia ele que 1700 anos depois o Império Romano estaria ainda vivo e de Saúde por conta da Igreja Católica Apostólica Romana!
Mas, voltando atrás, temos então esta rixa de família extrapolada!
Mas, olhando para dentro do próprio Islão, a rixa de família repete-se, dando origem a uma guerra que dura desde que o Islão existe entre Xiitas e Sunitas!
Levando em conta o facto de que se pensa, e acho que muitos poucos religiosos põem em dúvida este facto, que o livro do Êxodo foi escrito pela própria mão de Moisés, bem como o Génesis, supostamente por inspiração divina (embora no caso do Génesis saibamos hoje foi mais um dos casos de Plágio que afligem a humanidade) e que foi o próprio que recebeu os mandamentos das mãos de Deus que os escreveu na Tora, é no mínimo estranho ver as alterações a estes mandamentos que constam no Corão, escrito também supostamente por inspiração divina!
“Não matarás” não admite qualquer espécie de discussão ou argumento! Aparecer alguém 2100 anos depois dos factos ocorridos a dar uma nova versão com base na inspiração divina, por oposição a um relato supostamente em primeira mão é algo de transcendente. Faz-me lembrar uma outra religião, ou pseudo-religião, ou seita, ou o que lhe queiram chamar, a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, também sobejamente conhecidos como Mórmons ou por cá como “Os Elderes”, porque todos se chamam Elder!
Se não têm ideia daquilo que esta religião preconiza, cá vai. Supostamente um profeta chamado Mórmon registou numas tablas de ouro a história de civilizações que prosperaram no continente Americano e que são os antepassados dos Índios. Nele se conta também como Jesus, Após a ressurreição apareceu no continente americano onde andou a ensinar durante muito, muito, mas mesmo muito tempo, bem mais que os três anos que viraram o mundo deste lado do Atlântico do avesso. As tablas de ouro teriam sido descobertas por Joseph Smith por inspiração divina, e traduzidas com o auxílio de um anjo. Apesar de isto não se ter passado assim há tanto tempo, ninguém sabe o que foi feito das tablas, sequer para se poder fazer uma nova tradução…
…portanto é uma simples questão de fé acreditar que aquilo é verdadeiro ou não…
…Tal como a Bíblia, cuja maior parte dos grandes factos, como por exemplo a saída dos escravos do Egipto, nunca pode ser comprovada! Tal como o Corão!
Voltando à questão de Deus ter, supostamente, uma série de atributos, o simples facto de haver no mundo três correntes religiosas que têm o mesmo Deus e guerreiam entre si é, no mínimo, contraproducente! Já de um ponto de vista meramente lógico, é estúpido! Sobretudo quando um dos principais mandamentos dados por Deus enquanto falava através de uma sarça que ardia sem se consumir foi “Não matarás”!
O facto de Deus existir e permitir que semelhante coisa aconteça é verdadeiramente estranho. Afinal, sendo ele omnipotente, poderia chegar e dizer “Pá, vamos lá pôr um fim a isto, que nenhum de vocês têm razão!”
Mas, mais importante ainda, se Deus existe, eu não me devo importar com o que os outros acreditam, devo preocupar-me com aquilo em que eu acredito e em como levo a minha vida! No máximo poderia passar a palavra, dizer a outros “olha que Deus vai ficar piurso contigo se fizeres isso” mas não mais do que isso, porque qualquer outra coisa é entrar na esfera do livre arbítrio do outro que foi dado por quem? Deus!
A salvação é um caminho pessoal, não pode ser imposto nem obrigado!
Eu acredito na gravidade! Se alguém se voltar para mim e disser “essa coisa da gravidade é uma patranha” a minha resposta é “então atira-te de um prédio e logo vemos quem é que tem razão! Se ficares a flutuar no ar eu também passo a acreditar”
Se alguém acredita verdadeiramente em Deus, aquilo em que os outros acreditam ou deixam de acreditar é um problema deles, porque no fim se verá…
Mais ainda, matar em nome de Deus contradiz directamente a sua palavra e Deus, sendo Omnipotente, precisa tanto de mim para matar outro como uma ostra precisa das obras completas de Shakespeare!
Portanto estou em crer que qualquer gajo que se faça explodir para matar mais alguém, qualquer gajo que entre com um camião por uma multidão dentro, qualquer gajo que haja com violência em nome de Deus não pode, de maneira alguma, acreditar em Deus!
É uma contradição! É o livre arbítrio aliado a fortes doses da estupidez humana!
E partindo do principio, ainda durante mais esta frase, que Deus existe, apetece usar uma frase do Rabino, profeta ou Messias, consoante a vertente, Jesus, de Nazaré, e dizer “Perdoa-lhes, pai, que eles não sabem o que fazem”, mas é mesmo bom que Deus perdoe, porque nós, que não somos Deuses nem profetas, mas pequenos seres humanos que andam entretidos com as suas vidinhas patéticas temos cada vez mais dificuldade em perdoar…