quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Texto das profecias Herméticas, do Sec. II/III, que dá que pensar...

Traduzido desta página: http://www.bibliotecapleyades.net/profecias/esp_profecia08.htm

Asclépius III, onde se encontra a profecia Hermética, é uma exposição sobre a natureza da cosmologia e, por consequência, da natureza de Deus, tempo, ciclos da vida, natureza do mundo, destino, etc. Emerge uma profecia sobre o Egipto, dada sobretudo como exemplo através do qual se expressa um ponto de vista filosófico. O que se segue é um excerto de Asclépius III que contém a profecia:

Trismegistus:

Não sabes tu, Asclépius, que o Egipto é uma imagem do céu, ou, falando mais exactamente, no Egipto todas as operações dos que regem e trabalham no céu foram transferidos para a terra?

Não, devia antes dizer-se que todo o Cosmos vive nesta nossa terra como seu santuário. Ainda assim, uma vez que é correcto que todos os homens sábios deveriam saber dos acontecimentos antes que estes ocorram, não deves permanecer na ignorância em relação a isto: haverá um tempo em que se verá que foi em vão que os Egípcios honraram a divindade com piedade sentida e serviço assíduo; e toda a nossa adoração divina será vazia e ineficaz. Pois os Deuses sairão da terra para voltar para os céus.

O Egipto será esquecido e a terra que outrora fora a casa da religião será deixada desolada, vazia da presença das suas divindades.

Esta terra e região ficará cheia de estrangeiros; não só os homens se negarão a servir os Deuses, mas ... ; e o Egipto será ocupado por Citas ou Indianos ou outras raças de países Bárbaros próximos. Nesse dia a nossa terra mais sagrada, esta terra de altares e templos, ficará repleta de funerais e cadáveres. A ti, muito sagrado Nilo, eu choro, a ti eu prevejo o que será; inchado por torrentes de sangue, erguer-te-às acima das tuas margens, e as tuas sagradas ondas não estarão manchadas, mas completamente sujas de sangue.

Choras perante isto, Asclépius? Pior virá; O próprio Egipto terá mais a sofrer; cairá numa situação ainda mais lamentável, e será infectada por ainda mais, pragas gravosas; e esta terra, outrora sagrada, uma terra que amava os Deuses, e onde só, em recompensa da sua devoção, os Deuses se dignaram a ficar algum tempo sobre a terra, uma nação que era o professor da humanidade em santidade e piedade, esta terra ultrapassará todas as outras em actos cruéis. Os mortos serão mais que os vivos; e os sobreviventes serão conhecidos como Egípcios apenas pela sua língua, mas nas suas acções serão como os homens de outras raças.

Ó Egipto, Egipto, da tua religião nada restará senão um conto vazio, no qual nem os teus filhos acreditarão; não restará nada senão palavras gravadas, e apenas as pedras falarão da tua piedade. E nesse dia os Homens estarão cansados da vida, e deixarão de pensar que o universo merece reverência e adoração. E assim a religião, a maior de todas as bênçãos, pois não há nada, nem houve, nem haverá, que possa trazer maior benefício, estará ameaçada de destruição; os Homens pensarão nela como um fardo, e virão a desprezá-la. Não mais amarão o mundo à sua volta, este incomparável trabalho de Deus, esta gloriosa estrutura que ele construiu, esta soma do bem feito de coisas nas mais diversas formas, este instrumento através do qual a vontade de Deus opera naquilo que ele fez, generosamente favorecendo as obras dos Homens, esta combinação e acumulação das tantas coisas que podem chamar-nos à veneração, adoração e amor do que contempla.

Preferirão a escuridão à luz, a morte trará mais lucro que a vida; ninguém erguerá os olhos aos céus; Os piedosos serão considerados loucos, e os ímpios sábios; os loucos serão chamados de corajosos, e os malvados estimados como bons. Quanto à alma, e à crença de que é imortal por natureza, ou que pode ter esperança em obter a imortalidade, como te ensinei, de tudo isto zombarão e convencer-se-ão de que é falso. nenhuma palavra de piedade, nenhuma elocução digna do céu e dos Deuses do céu será ouvida ou acreditada.

E assim os Deuses se afastarão da humanidade, uma coisa gravosa!, e só anjos demoníacos restarão, que se misturarão com os Homens, e levarão os pobres desgraçados pela força a cometer todas as espécies de crimes, para guerras, roubos, fraudes e todas as coisas hostis para a natureza da alma. E então a terra não ficará firme, o mar não susterá barcos; o céu não suportará as estrelas nas suas órbitas, nem as estrelas seguirão o seu percurso no céu; todas as vozes dos Deuses serão, por necessidade, silenciadas e tolhidas; os frutos da terra apodrecerão; os solos ficarão inférteis, e até o ar ficará doente com taciturna estagnação. no seguimento disto o mundo ficará velho. Não haverá mais religião; todas as coisas estarão desordenadas e erradas; todo o bem desaparecerá.

Mas quando tudo isto sobrevier, Asclépius, então o Mestre e Pai, Deus, o primeiro antes de tudo, o criador daquele deus que primeiro ganhou existência, olhará para tudo o que se passou, e eliminará a desordem contrariando-a com a sua vontade, que é o bem. Chamará de volta ao caminho aqueles que se tresmalharam; limpará o mal do mundo, limpando-o com cheias, purificando-o com fogo, guerra e pestilência. E assim trará o seu mundo à sua primeira forma, e assim o Cosmos voltará a ser santificado e reverenciado e Deus, o criador e restaurador do poderoso tecido, será adorado pelos Homens desses dias com incessantes hinos de louvor e bênçãos.

Assim será o renascer do Cosmos; é um refazer de todas as coisas boas, uma sagrada e admirável restauração de toda a natureza; e está forjada no processo do tempo pela eterna vontade de Deus. Pois a vontade de Deus não tem principio e como é agora, sempre foi, sem principio. Pois é a existência de Deus que propõe o bem.

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