segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Graham Hancock

Se livros como “Eram os Deuses astronautas” ou “Às portas da Atlântida” me deram muito que pensar nos meus mais tenros anos, se livros como os de Zachariah Sitchin dão que pensar ainda hoje em dia, o trabalho do Sr. Graham Hancock (em especial “Fingerprints of the Gods” e recentemente “Magicians of the Gods”) fazem muito mais que isso!
Ele é, sem dúvida, um dos maiores proponentes de que houve uma civilização que poderia ter rivalizado com a nossa, ou pelo menos com a nossa tecnologia do Sec. XIX, sendo certamente mais avançada em algumas áreas e menos noutras em relação a nós!
Ao contrário de tantos outros nesta área, ele não subscreve a teoria dos Deuses astronautas. Segundo ele, não descarta essa hipótese, mas não encontrou até agora nada que não pudesse ter sido feito por uma civilização tão ou mais avançada que a nossa.
Foi ele um dos primeiros a levar um geólogo até à Esfinge, o que levou esse geólogo à conclusão que as marcas de erosão na mesma são devido a milhares de anos de chuvas intensas. Isto foi prontamente descartado pêlos egiptólogos, uma vez que o clima na região não se presta a chuvas intensas há milhares de anos, logo, não podia ser.
Claro que os egiptólogos não tem de perceber nada de geologia.
Foi ele um dos primeiros a propor que a esfinge seria um monumento muito mais antigo, que teria sido construída na era de Leão, o que bateria certo com a geologia do local, bem como com os alinhamentos astronómicos. Foi ridicularizado quer pelo egiptólogos que disseram de imediato que se assim fosse deveria haver mais ruínas com a mesma idade, e não havia, bem como por tudo quanto é publicação científica.
Mas isto foi em 1995! Nestes vinte anos muita coisa mudou!
Se é verdade que continua a haver uma enorme controvérsia em relação às pirâmides de Visoko, na Bósnia, cujo governo, estranhamente, não parece ter grande interesse em investigar (a confirmar-se o achado, será um complexo de pirâmides que fará Gize parecer uma brincadeira, o que só em termos de turismo criaria receitas brutais), sendo que apenas seguem em frente as investigações devido à teimosia de um homem, também o é que Gobekli Tepe é inquestionável.
Para quem não têm ideia do que é Gobekli Tepe, é uma estrutura megalítica descoberta na Turquia que faz com que Stonehenge pareça uma coisa pequenina, que data de há, pelo menos, 12.000 anos e que foi propositadamente soterrada há cerca de 10.000 (curiosamente também os túneis de Visoko parecem ter sido enchidos com entulho mais ou menos na mesma altura.
Ora se em 1995 não havia nada que suportasse a ideia que há 12.000 anos atrás, quando não passávamos, enquanto espécie, de caçadores/colectores, houvesse alguém capaz de fazer a Esfinge, hoje em dia esse argumento caiu por terra!
Outra curiosa descoberta foi a do impacto de um meteorito com cerca de 1600 mt de diâmetro nos glaciares que cobriam a América do norte há cerca de 12.000 anos. As consequências desse impacto foram extinções em massa de espécies e, após uma série de fenómenos como terramotos e maremotos que varreram o mundo, as cinzas do impacto espalharam-se pela atmosfera, bloqueando o sol e agravando a era glaciar por mais 1000 anos, altura em que outros impactos mais pequenos e em pleno oceano tiveram o resultado contrário.
Se o primeiro impacto fez o mundo congelar novamente, baixando os níveis dos oceanos, o segundo, em pleno oceano, lançou tanto vapor de água para a atmosfera que o efeito de estufa teve o resultado contrário, provocando um degelo repentino e fazendo os níveis das águas subir cerca de 50 mt.
As quantidades de ruínas que têm sido descobertas em áreas costeiras onde subsistem lendas de cidade que se afundaram ou desapareceram do dia para a noite, fazem com que essas lendas, que até à pouco não passavam disso, esteja a ser revistas, já com outros olhos.
25 Km ao largo da cidade de Dwarka, na Índia, encontraram-se ruínas de duas cidades perfeitamente desenhadas, cada uma delas com o tamanho de Manhatan. Alguns, muito poucos, objectos foram retirados de lá, e as datações apontam para a mesma altura em que a cidade teria estado acima do nível das águas, cerca de 10.000 anos. Não existem quaisquer planos do governo Indiano para investigar o local.
Se olharmos para o mundo de hoje, cheio de tecnologia e com as pessoas a especializarem-se cada vez mais, não é inconcebível que uma civilização possa desaparecer assim.
As maiores cidades, os centros de conhecimento estão todos em áreas costeiras. Se as águas subissem 50 mt, a maioria delas desapareceria como se nunca tivesse existido.
A electricidade acabaria, logo, todo o conhecimento que não estivesse escrito e posto a salvo desapareceria também.
Devido à especialização, qual de nós seria capaz de sobreviver num mundo onde, em caso de cataclismo, ao fim de 3 dias não haveria comida nas cidades e haveria escassez de tudo?
Depois olhamos para povos como os busquimanes, os índios, e tantos outros que ainda são caçadores/recolectores e que para nós são ainda resquícios da pré-história, e percebemos que esses pouco seriam afectados por um colapso civilizacional, e continuariam com a sua vidita, como se nada se tivesse passado. Seriam eles, os que vivem e sobrevivem nos desertos mais inóspitos, nas florestas mais densas, que ficariam e repovoariam o planeta.

Não estamos livres de, a qualquer altura, termos uma catástrofe destas à porta. E, apesar de gastamos biliões em programas de defesa e armamento, não somos capazes de juntar uns poucos milhões para resolver problemas que asfixiam o planeta…

2 comentários:

  1. Ótima leitura Xór Gil... um grande abraço desse amigo e admirador distante!!!

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  2. Excelente texto. Sempre gostei de ler sobre as coisas que se vão descobrindo e as (teorias?) sobre as suas misteriosas origens.
    Um abraço e uma boa semana

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O QUÊ?!?!? ESCREVE MAIS ALTO QUEU NÂO T'OUVI BEM!