terça-feira, 8 de novembro de 2016

Linhas na areia

Às vezes, por um momento de felicidade
E a paixão que desejamos
Há uma mensagem que perdemos
Às vezes quando deixamos o espírito em paz
Temos de acreditar em algo
Para descobrir se crescemos

Reflexo trágico, calma estilhaçada
Progresso estático, sentidos desaparecidos
Consciência dormente, salmo final

Às vezes, se estiveres perfeitamente quieto
Podes ouvir a virgem a chorar
Pelo salvador que escolheres
Às vezes os teus castelos no ar
E as fantasias que procuras
São as cruzes que carregas

Conflito sagrado, Prémio abençoado
Cruzes que choram, olhos vidrados
Viciado desesperado, fé disfarçada

Fabricamos os nossos demónios
Convidamo-los para nossas casas
Jantamos com alienígena
E lutamos a guerra sós
Conjuramos os nossos esqueletos
Alistamo-nos no covil dos ladrões
Assustados pelos nossos armários
bordados nas nossas mangas

No feixe da consciência
Há um rio que chora
Viver torna-se tão mais fácil
Quando admitimos
Que estamos a morrer

Às vezes, nos destroços do nosso despertar
Damos porto a uma amargura
e a um ódio sem razão
Às vezes cavamos uma sepultura cedo demais
e crucificamos os nossos instintos
Pela esperança que não conseguimos salvar

Às vezes um olhar de olhos sem pecado
Centra a nossa perspectiva
E acalma os nossos gritos
Às vezes a angustia a que sobrevivemos
E os mistérios que alimentamos
São a trama das nossas vidas

Arrastado pela maré
Pelos buracos nas minhas mãos
Coroa de espinhos ao meu lado
A desenhar linhas na areia!

© Dream Theatre - Lines in the sand

4 comentários:

  1. ...às vezes é difícil aplacar um espírito impetuoso.

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  2. Às vezes, a nossa vida tem demasiados às vezes. Mas teria ela o mesmo encanto se fosse diferente?
    Um abraço

    ResponderEliminar

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