terça-feira, 20 de setembro de 2016

Nmismo: O império de Arabutã

O império de Arabutã não durou muito. Não chegou a durar um século.
E pronto, esta história podia ficar por aqui, mas não! Do império saiu uma república radical, uma vez que a população geral não tardou a adoptar os hábitos indígenas de ritualizar todos os dias…
…que também não durou muito! Sobretudo porque um lugar onde ninguém pensa acaba por ser muito difícil de gerir! Assim sendo, tal como o fizeram os habitantes de Polo (lembram-se da cidade que era tão a norte que quando se entrava nela só se podia sair para sul?), acabaram por pedir auxilio aos Absolutistas que impuseram a ordem durante bastante tempo.
Entretanto, muitos Cientologistas fugiam dos reinos do meio, por vista das perseguições que lhes eram movidas, e refugiavam-se nestes reinos remo-tos. Foram estes que levaram a que Arabutã se transformasse de novo numa república, expulsando os Absolutistas! No entanto, também os Cientologistas começaram a ser alvo de perseguições, pelo que o reino caiu de novo num impasse! Sem ninguém que pensasse, os governos foram-se sucedendo!
Até que um dia emergiu do povo um homem, Calamar, o Molusculo, assim chamado porque era um bocado mole nas partes intermédias, que assumiu o governo com a promessa de melhorar tudo para todos. Era adorado como um Deus vivo pelo povo, mas, como em todas as democracias, acabou o seu mandato e foi eleita a sua sucessora, indicada por ele para as eleições.
Mas as coisas já não correram tão bem!
Por esta altura começam a correr rumores que deram origem ao caso que ficou conhecido como o escândalo da cevada. Aparentemente, altas patentes dos diversos partidos desviavam cevada que era vendida a preços baixíssimos para os reinos do meio, pratica essa que durava já desde os tempos de Baalbaq, o Asqueroso, em troca de tremoços da candonga que eram introduzidos nos mercados oficiais a preços normais, levando a lucros de milhões.
Havia tanta gente envolvida no esquema que o problema era encontrar inocentes.
Mas foi quando Calamar, o Moluscilo, foi acusado de fazer parte do esquema que as coisas deram mesmo para o torto. A presidente ainda o tentou ajudar, metendo-o no governo, mas isso levantou uma tal onda de protestos que levou à sua destituição. Para o seu cargo subiu o vice-presidente que, apesar de estar também implicado, não podia ser acusado por fazer parte do governo o que levou a que muitos outros reinos não reconhecessem a sua autoridade, fazendo com que Arabutã, depois de um rápido crescimento, se afundasse num mar de corrupção onde ninguém pensava.
Neste altura houve alguém que teve uma ideia de como solucionar a situação, mas foi preso, acusado de pensar e acabou por ser morto por uma multidão que gritava em fúria o mandamento único “Não pensarás”!
Depois vieram as cheias…

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