O telefone tocou, despertando do torpor de sono em que se encontrava. Olhou para o visor. Respirou fundo.
“Sim Patricia?”
“Pai. O que é que se passa? Onde é que tu estás?”
Ela estava claramente a conduzir.
“Por ordem reversa, em Frankfurt e tens de falar com a tua mãe. Ela não te disse nada?”
“Ainda não falei com ela. Ligou-me uma amiga dela, a Lisa, do telefone dela e disse-me que tu a deixaste e que ela estava a ter um colapso…” Isto era inesperado “O que é que estás a fazer em Frankfurt? É verdade que a deixaste?”
“À espera de um voo de ligação e sim.”
“Mas para onde é que tu vais?”
“Para o inferno.”
“Estás a falar de quê?”
“Vou para um sítio que é um inferno na terra.”
“Mas porquê?”
“Porque é mais fácil que ficar em casa.” Chamaram da sua porta de embarque “Patrícia, tenho de ir, estão a chamar para o embarque. Quando chegar ao meu destino vou tentar falar contigo e com o teu irmão, mas não sei sequer se haverá sinal de telemóvel lá. Mas eu entro em contacto.”
“Pai, espera. Não me vais dizer o que se passou?”
“Foi simples, filha. Aceitei uma promoção e vim.”
“E a mãe?”
“Ela foi a razão de eu aceitar a promoção. Fala com ela. Eu falo contigo assim que puder.”
“Pai…”
“Tenho mesmo de ir, filhota. Um beijo grande para ti e dá um ao teu irmão. Prometo que ligo assim que puder.”
Desligou a chamada e o telemóvel, dirigindo-se ao embarque.
E pronto! Foi o que a Maria arranjou com a noitada de sexo!
ResponderEliminarArranjou maneira do marido ir para o fim do mundo, como se fosse um exilado e ela que fez o mal agora ainda faz a carantonha...
Um abraço e boa semana, Gil.
...é a vidita... ;)
EliminarAbraço e igualmente, Janita :)