Estava a meio da manhã de trabalho
quando de repente o visor do telemóvel se iluminou!
“Podemos falar?”
Sentiu uma raiva e um
impulso de responder de imediato com qualquer coisa como “Vai para Inferno!”,
talvez mais diplomático, mas com mesma intenção! Mas parou-se de o fazer!
Pensou bem, e isto
era, sem dúvida, ainda uma ferida em aberto!
O que quereria ele?
Bem, ela sabia o que ele fundamentalmente queria, não sabia era o que ele faria
para tentar lá chegar.
“Almoço, sítio e hora
do costume?” Acabou por responder.
“Até já” foi a
resposta.
Ele já a esperava,
sorridente, genuinamente feliz por vê-la. Ela sentou-se e fez sinal ao
empregado, pediu o prato do dia, ele também pediu.
Assim que o empregado
se afastou ele falou:
-Estava com tantas
saudades tuas… Estás linda!
-Obrigada.
Ele ficou em silêncio
a olhar para ela com um ar absolutamente apaixonado.
-O que é que querias
afinal? – Acabou ela por perguntar.
Ele como que saiu de
um transe.
-Ah,… Queria pedir-te
desculpa pela cena com a minha mulher…
-A “cena” com a tua
mulher? É isso que lhe chamas? – Ele ficou em silêncio – E a “cena” de me teres
enganado?
-Eu nunca te enganei…
-Disseste-me que
tinhas um casamento aberto, que não havia problemas, que estava tudo bem…
Ele ficou em silêncio
e entretanto foram servidas as suas refeições. Deram a primeira garfada e ele
falou.
-Sim, eu sei, eu
menti. Mas tens de perceber… fiz isso porque estou apaixonado por ti!
-O que é que
aconteceu entre ti e a tua mulher?
-Pá, ainda estamos a
viver juntos mas estamos de acordo que nos vamos separar.
-Vais deixar a tua
mulher, grávida de seis meses?
-Ela está a fazer-me
a vida num inferno!
-Porque será?
Comeram mais um
pouco, em silêncio. Foi ele que o quebrou:
-Clara, eu amo-te! Eu
quero-te. Quero deixar tudo para trás e estar contigo.
Ela parou de comer e
ficou algo atónita a olhar para ele.
-E eu sei que me
amas,… - continuou ele.
-Estás cheio de
certezas…
-Não digas isso,
Clara, eu sei… os momentos que passamos…
Ela continuou em silêncio
a comer.
-Dava tudo… -
continuou ele - …por mais uma noite contigo, se queres que te diga…
Ela acabou de comer,
olhou para o relógio e apercebeu-se que era tarde.
-Tenho de ir. –
Anunciou-lhe ela.
-E vais deixar-me
assim, sem uma resposta?
Ela ainda deu um
passo a afastar-se mas parou e subconscientemente mordeu o lábio e uma chama
passou-lhe pelo olhar. Voltou atrás, tirou um bloco de post-its e uma caneta da sua bolsa escreveu um nome e uma hora,
descolou o papel e deu-lho. Depois virou-se e saiu.
A Vingança, serve-se fria, certo?
ResponderEliminarBom dia, sô Gil
Nem vou responder...
EliminarMas descobres em breve. Mais logo vou postar os últimos dois capítulos e deixar o blog ao abandono mais uma vez :)
Por isso, descobres em breve ;)
Bom dia, D Noname
Ai, essa 'coisa' de casamento aberto...não entra na minha cabeça!
ResponderEliminarNão seria melhor ser livres? Assim, andavam com quem bem entendessem...
Desculpa, não é falta de palavra, é falta de modernice...Eheheheheh
Abraço e vê lá se te aguentas por aqui. :)
Pá, o que não falta por í são casamentos abertos...
Eliminar...mas infelizmente, muitas vezes os esposos não recebem o memorando que diz que o casamento está aberto... ;)
Eu nunca ando longe, mas, a vontade de escrever não existe, e a vontade de dizer seja o que for acerca seja do que for... Naaaah! Não há pachorra, nem vontade! A não ser que me dê mais alguma compulsão esquisita que não passe facilmente (porque costumo fazer como o Alentejano: quando há vontade de fazer alguma coisa um gajo senta-se e espera que passe), não há nada para colocar aqui, e portanto...
Mas, sempre vou partilhando aqui algumas musicas e concertos que vou vendo... Se acho que valem a pena, partilho aqui...
Mais logo já vais ficar a saber o fim da história
Abraço grande, Janita :)