Sendo eu aquele tipo de pessoa que acha que nenhum lado tem
a absoluta razão seja acerca do que for (caramba, até a mim, que tenho sempre
razão – excepto quando não tenho – isso acontece…) tenho visto o evoluir da situação
na Grécia com um sentimento misto.
Em primeiro lugar, como é habitual, o problema da Grécia não
é o povo Grego, isto apesar do problema de qualquer local serem as pessoas que
lá estão e a Grécia não é excepção. Sei que esta afirmação parece
contraditória, mas não é (pelo menos muito)!
O problema da Grécia é igual ao de Portugal, Espanha,
Irlanda, França, Alemanha…
O problema da Grécia são os políticos Gregos!
Se em Portugal se construíram auto-estradas para tudo quanto
foi sítio, com alguns iluminados a torna-las gratuitas, para gaudio das
populações a quem nunca ocorreu que gratuito, em linguagem governamental, se
traduzia por “pagam todos”, na Grécia houve férias pagas para pessoas sem
posses em hotéis de quatro estrelas, houve subsídios e mais subsídios…
…o que se gastou em alcatrão em Portugal gastou-se nas
pessoas na Grécia, elevando-lhes o nível de vida de uma maneira que nos deixou –
a mim pelo menos – atónitos!
Por cá houve algumas vozes que, com anos de avanço, nos
disseram que essa coisa das auto-estradas gratuitas ia dar mau resultado! Como
é óbvio, ninguém quis ouvir! Dava jeito passar lá e não pagar nada! Pagamos
todos a factura!
Por cá houve vozes que se ergueram para perguntar se precisávamos
de 10 estádios de futebol para o Euro… Como é óbvio ninguém as quis ouvir,
porque não dava jeito e o resultado foi o que se viu: grandes negociatas
imobiliárias, grandes negócios de construção e, por fim, estádios sem equipa,
como o do algarve que serve para fazer festivais de música para os turistas e
fazer um ou dois jogos por época, ou então estádios que dez anos depois do Euro
estão abandonados e a ficar em ruinas, como o de Leiria!
Aliás, curiosamente, sempre que a voz da razão se levantou por
cá, ninguém a quis ouvir! Depois, de repente, descobre-se que a voz da razão
tinha, afinal, razão, o que nem devia ser cisa que pasmasse alguém…
…mas ficou toda a gente pasmada com a constatação!
Na Grécia, local que para mim só tem algum interesse
histórico e que me interessa tanto quanto Portugal interessa à maior parte dos
Gregos, não sei se houve ou não vozes da razão, mas se as houve foram tão
ouvidas como por cá!
Os resultados estão à vista!
Claro que o povo em si não tem culpa…
…ou terá?
Os culpados foram os políticos! Os políticos chegam ao poder
através dos votos, conseguem votos fazendo o que a população quer…
…e quem é que não quer subsídios por tudo e por nada? Quem é
que não quer férias pagas pelo estado? Quem é que não quer ser um dos vinte
jardineiros que apenas têm uma árvore para cuidar?
Depois temos este novo governo Grego que está a fazer aquilo
para que foi mandatado. Talvez o primeiro governo desde a adesão à EU que o
faz.
A EU é um casamento por conveniência. Os casamentos por conveniência
só funcionam quando ambas as partes estão interessadas em algo. Quando uma das
partes perde o interesse, o casamento desmorona-se! Num casamento por conveniência
não há “para pior ou melhor, na saúde e na doença até que a morte nos separe” e
é a isso que estamos a assistir. Interessa à Europa manter a Grécia? Sim ou
não? Em qualquer dos casos, porquê?
E os Gregos? Querem manter a Europa?
Em qualquer dos casos, a situação da Grécia veio mostrar que
a EU não é mais que um casamento por conveniência. Não há uma união.
Mais ainda, veio demonstrar que as democracias Europeia
estão podres, algo que muitos já sabiam, mas que foi transformado em evidência
clara por esta situação, tornando irrefutável o facto de que as politicas que
são seguidas por cada país estarem cada vez mais apartadas da vontade dos
cidadãos desses países. As decisões são tomadas à revelia dessa vontade, aparentemente
a coberto de uma auto-proclamada legitimidade democrática de que faz gala quem
foi eleito, mesmo que tenha sido eleito com base em programas que afirmam o
absoluto contrário do que foi feito a seguir às eleições, como no caso
Português!
E o problema maior que a situação da Grécia trás ao de cima
é a pergunta: Será que esta auto-proclamada União Europeia, que não o é de
facto porque a Europa vai até à Rússia, interessa a alguém?
Não percam as cenas dos próximos capítulos!
Está bem, não digo nada
ResponderEliminarEmbora não lhe (re)conheça aptidão para avaliar o que eu pudesse dizer
Noname,
ResponderEliminarEntão, só para o(a) chatear, também não lhe respondo, uma vez que não lhe (re)conheço aptidão para avaliar a resposta ao comentário que não fez
Amigos(as) como dantes
ResponderEliminarNoname,
ResponderEliminarSem dúvida...
Grato pela(s) visita(s)
:)
Grata fico eu, por me permitir lê-lo
ResponderEliminarCredo!!! O que vai para aqui de graxa
:=)
Noname,
ResponderEliminarSim, mas que bem que nós estamos...
Então não havia de permitir?
Só é pena é que, como diz o próprio "banner", não haja aqui nada de interesse para ser lido...
...o que ao fim ao cabo transforma isto num blog banalíssimo, portanto...
Mas assim sempre entretenho alguns neurónios a alguém...
(OK, confesso, entretenho mesmo é os meus...)
:)
Vá lá, corrigiu-se a tempo. Já estava à procura das munições para dar uns tiros, desta tá perdoado.
ResponderEliminarQuanto aos blogues interessantes ou desinteressantes, no que concerne aos que leio ou sigo, se me dá licença, e mesmo sem a sua licença, classifico-os eu.
:=)
Quanto às classificações, mas claro que sim! O facto de eu emitir uma opinião não a torna sacrossanta, nem sequer para mim próprio...
ResponderEliminarPortanto tem, não só a minha licença como o meu apoio incondicional! Eu não sou ninguém (bem, por acaso até sou Ninguém, mas isso é outra história...) para achar que os meus pensamentos são irrefutáveis!
Herrar é umanu e perdoar é divino. Grato pelo dom de divindade
:)
Um "Ninguém" é um Alguém da dinastia "Ning", não é?
ResponderEliminarahahahahah
Tendo eu antepassados asiáticos até poderia ser, mas...
ResponderEliminar...eles não selem chineses, selem japoneses!
Aparte isso, Ninguém é um personagem dos livros "Treta de Cabos", no caso o vocalista da banda que é retratada nos livros, os XXL Blues, dos quais eu sou o vocalista, logo eu sou Ninguém!
Eu sei, é estranho e confuso, mas a minha cabeça também é, portanto...
:)
Eu disse NING não disse MING ahahahh
ResponderEliminarXXL Blues, não me soa estranho, mesmo nada, acho que já encontrei algo no face, mas visitei de relâmpago mas, sendo música, vou procurar ver de novo.
:=)
Aviso já,
ResponderEliminarSe Rock e Blues não for a sua praia, não vale a pena!
Eu percebi o trocadilho. Aproveitei e fiz um também...
:)
Acabo como comecei: Está bem
ResponderEliminarBarulho não é a minha praia mesmo, já nos blues, se forem dos bons, gosto de me espraiar... Mas fico com a prerrogativa de escolha, mais uma vez.
Noname,
ResponderEliminarClaro que terá sempre a prerrogativa da escolha, mas quem avisa...
:)