quinta-feira, 2 de junho de 2016

Mas, além de coisas que tocam a alma,...

...também gosto, por vezes, de coisas que m revolvem as entranhas e me deixam manifestamente desconfortável a navegar em mares de sonoridades nunca antes navegadas!
Também gosto de me perder em dissonâncias e melodias improváveis, em sacrilégios harmónicos.

Acho que às vezes gosto de sentir o poder do lado negro da música!

Tolkien, no fabuloso Silmarillion (titulo que era para ter sido o nome de uma das bandas que me influ^nciou bastante, mas que, não o podendo usar por imperativos legais, resolveram encurtar a coisa e chamar-se de Marillion - cujo guitarrista admiro não só por ser alguém de um bom gosto musical extraordinário no que toca, mas também por ser um gajo absolutamente acessível e porreiro) descreve como foi criado o mundo!
Estando sozinho na existência, Iluvatar sentia-se sozinho e dividiu-se em muitas partes, criando os seus filhos, mantendo-se uno ao mesmo tempo. O problema é que os seus filhos não se entendiam uns com os outros, percebendo apenas a pequena parte que eram do todo e Iluvatar ordenou-lhes que compusessem um coral em conjunto.
Ao principio era tudo uma cacofonia, mas com o tempo começaram a emergir harmonias, sinais do entendimento e percepção entre as partes. Finalmente estavam todos juntos, em harmonia e eis que uma voz, invejosa de toda aquela harmonia, criou propositadamente dissonâncias.
No fim, Iluvatar levou-os a ver o que a força da sua música tinha criado, e a sua harmonia tinha criado a terra e todos os seres...
...a as dissonância haviam criado tudo o que se movimentava nas trevas!

Talvez o que está abaixo seja mais uma voz na procura da harmonia unificadora!
Talvez seja uma dissonância propositada!

Apenas sei que é estranho, diferente, impensável até ser ouvido, e depois de ouvido causa estranhas influências...
...algumas coisas impensáveis antes passam a ser ponderadas como possibilidades...

Deixo-vos com Alamaailman Vasarat


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