Adoro musica pesada, desde que seja melódica! Algumas coisas mais "radicais" dentro do rock e do metal não me agradam! São meras descargas de adrenalina que valem apenas por isso! São feitas mais para os próprios (e sei bem o gozo que dá tocar algumas dessas coisas) do que para os outros!
Tem, talvez por isso, uma validade artística inegável, mas não me agradam!
Mas...
...no começo eram os Beatles, na rádio, enquanto a minha mãe costurava e alguns discos de música Portuguesa!
Depois foi a descoberta da música clássica, da força de uma orquestra sinfónica, do poder que a música tem, na sua expressão mais elevada!
Entretanto foi a descoberta do rock, com um irmão 18 anos mais velho a trazer para casa álbuns de música não comercial para ouvir, aquelas coisas que não passavam cá na rádio, álbuns de Led Zeppelin, Deep Purple, Whitesnake, Slade e tantos outros que mergulharam no esquecimento...
...e também, com os meus oito anos, o "The Wall" a juntar tão bem os mundos do rock e da música clássica...
Isto deu-me uma coisa: Uma vastidão enorme de gostos musicais...
...e uma estranha intolerância a certos estilos musicais! Sobretudo pelos que sofrem de falta de harmoniam ou que são harmonicamente muito pobres! Valorizo muito mais a harmonia que o ritmo, embora saiba que ambos são as duas dimensões onde a música se move. Mas quando tende demais para o ritmo em detrimento da harmonia deixa de me agradar!
Talvez por isso não goste tanto de bossa nova. Apesar de uma riqueza harmónica extraordinária, o ritmo deixa-me desconfortável.
Já nem vou falar de kizombas, kuduros e afins que são simplesmente ritmo!
Há no entanto ambientes somente de percursão que são avassaladores! Tambores Taiko são um excelente exemplo!
Isto tudo para dizer que estou tão bem a ouvir Bach, Mozart, Chopin, Wagner (que era o metaleiro do principio do século e escreveu algumas das músicas mais pesadas de que há memória - A Cavalgada das Valquirias, por exemplo, é mais brutal que qualquer coisa que os Metallica tenham feito - como estou a ouvir Rihana, Katy Perry, Bruno Mars, Maroon 5, como estou a ouvir Joe Bonamassa, Ac/Dc, Metallica, Iron Maiden, Dream Theatre...
E depois...
...depois há aquilo que mais do que prazer auditivo me toca na alma!
Sobretudo quando alguém dedica algo assim a uma cidade tão nossa...
Gosto muito de Loreena McKennitt.
ResponderEliminarEste trabalho é soberbo. O som e as imagens, transportam-nos para um ambiente maravilhoso.
Atenção a Bruno Mars. Vai estar no Rock'n Rio de 2017.
Este álbum inteiro é uma coisa maravilhosa! E as fotos de capar e do libreto foram todas tiradas na quinta das torres, em Palmela.
EliminarA Srª gosta imenso de Portugal. Pena que não venha cá tocar...
:)
ResponderEliminarMeu Deus, como te entendo...
A minha alma celta rejubila neste momento!
Não conhecia este tema... e fiquei siderada!
Obrigada amigo, que me dás tanto!
Beijos musicais
(^^)
Aconselho-te mesmo a encontrar este álbum! Chama-se "The Visit" e é daqueles que se ouve do principio ao fim com a alma a flutuar algures, sempre com aquele pedaço de sangue Celta a ferver e a gritar bem alto "Olha para a tua herança"!
EliminarFica aqui o Link para a página oficial da Senhora e podes ouvir aqui excertos das músicas: http://loreenamckennitt.com/album/visit/
No entanto, se queres ouvir um outro album fabuloso dela, que tem essa forte componente Celta mas que nos leva ao mesmo tempo a lugares das mil e uma noites, ao Cáucaso, ao Oriente distante, e funde tudo numa sublimação musical que não se defina, apenas se experimenta, tenta arranjar este:
http://loreenamckennitt.com/album/book-secrets/
Chamo-te a atenção para dois temas neste álbum; The Highwayman, em que ela musicou um poema de Alfred Noyes do principio do Século passado e "Dante´s Prayer" que, como calculas, é uma referência à Divina Comédia.
:)
Xôr Gil, permite-me que aqui deixe o link para algumas canções desse álbum. A Afrodite Maria vai gostar :)
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=S6wvLYzBXgA&list=PLC6FA6EDDED400A76
Estáisde à vontade!
EliminarSó não faço o mesmo neste momento porque não tenho acesso ao "teutubo"!
:)
Tão giro constatar que a minha incursão pelo mundo da música é muito idêntica à tua, comecei a despertar para ela com as cassetes de música de intervenção que o meu pai tinha sempre no carro, ainda hoje adoro Sérgio Godinho, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, entre outros, depois descobri a força da música clássica e mais tarde apaixonei-me pela rockalhada, Led Zeppelin estava entre os preferidos, "The Wall" também marcou a minha infância. Tal como tu, também dou preferência à harmonia na música, mas sou também bastante atraída por vozes, vozes marcantes, inconfundíveis como a de Leonard Cohen, Nick Cave, Sade, James Brown, Freddie Mercury, Lloyd Cole, Jim Morrissey, David Bowie, David Byrne, Aretha Franklin, Sinatra, Charles Bradley, Prince, Teresa Salgueiro, Amália Rodrigues, enfim podia escrever linhas e linhas de nomes... notando-se por aqui também o quanto eclético é o meu gosto musical :)))
ResponderEliminarÉ curioso que nunca liguei muito às vozes. Para mim são "apenas" mais um instrumento!
EliminarCláro que um grande interprete pode fazer maravilhas por uma música! Quem já ouviu a versão original do My Way, excelentemente cantada por Paul Anka, que foi quem a escreveu, e depois ouve a música cantada pelo velho Frank, nota claramente a diferença! Mas ainda assim é como ouvir uma peça para guitarra clássica tocada por um qualquer guitarrista, que até pode ser bom e depois ouvir a mesma peça por um virtuoso!
Isto para dizer que nunca foi uma voz que me atraiu para uma música! Mas a música, como um todo, pode ter-me chamado a atenção para a voz. Por exemplo, não vou à bola com a voz do Peter Gabriel e no entanto acho-o um dos grandes vocalistas e músicos! "The tower that ate people" dele, é uma das minhas músicas favoritas de sempre!
Nota-se bem o quanto é eclético o teu gosto pelo teu blog...
:)
O primeiro, Songs about Jane, está fantástico! O resto é um tanto ou quanto medíocre, na linha dos Coldplay, que são a banda mais medíocre do mundo...
ResponderEliminarMas, Harder to breathe, por exemplo, é um tema com uma eficácia letal!
Tal como, por exemplo, Love runs out, dos One republic...
...são pequenas gemas que mostram que há vida no deserto...
Até mesmo os Coldplay conseguem fazer uma ou outra música de jeito (que eu não ouço por pura embirração com aquela voz de cana rachada do Chris Martin), mas neste caso suspeito que acontece sem intenção e por mero acidente!
Gostos musicais não se discutem...
...desde que se esteja a falar de música mesmo! É que anda muita coisa por aí que não pode ser categorizado como tal...
:)
Os Russos são muito dramáticos páh! Nota-se a alma Russa nas obras...
ResponderEliminar:)
Completamente de acordo com o Songs About Jane, a partir daí não consigo ouvir mais nada.
ResponderEliminarAs minhas andanças musicais não são muito diferentes das tuas, se bem que acho que comecei nos Queijinhos Frescos ;)
Depois os discos do meu pai, o metal também pelo meu irmão e amigos seguido de paixões assolapadas por Placebo, Pixies, Blur, dEUS, Placebo, Beck, Portishead, P J Harvey, etc. E muitas bandas portuguesas. Belos anos em que o Sudoeste era rock e muito do que falei atrás.
Agora.... agora é só "Já passou"
Pois...
ResponderEliminar...mas também já passou muito por antigamente, eram raras as bandas de covers e qualquer concerto era um evento.
Hoje em dia as bandas de originais não tem espaços nem cachets para tocar e o mercado está saturado de bandas de covers de qualidade duvidosa (há algumas mesmo muito boas, mas não são assim tantas) a tocarem todas as mesmas músicas por montantes que por vezes não cobrem as despesas e ai daquela que não toque as musicas que toda a gente quer ouvir...
...banda de bares que não toque o "Doctor, Doctor", uma ou duas de Bon Jovi e outras coisas que tais não volta a tocar...
...e a malta vai para um bar pagar 7, 8, 10€ por um consumo mínimo para ouvir isto, mas não se dão ao trabalho de ir ver um concerto de originais numa colectividade por 4€ porque dizem que é caro...
São capazes de gastar um balurdio para ir ver uma determinada banda ou artista num festival a dar um concerto longe do que faria em nome próprio e com palco próprio, normalmente cortado por restrições de horário, e ainda levam com mais um horror de bandas que se calhar nem lhes interessava ver, mas o 4€ para ir ver uma banda local estão fora de questão!
Antigamente as bandas impunham-se pelo que tocavam.
Hoje em dia impõem-se porque conseguem acesso aos media...
...e como tal tens o agigantar da mediocridade em detrimento de verdadeiros trabalhos artísticos.
Nem é preciso ir muito longe! Estilos e gostos à parte, vê a qualidade das músicas e letras que concorriam ao festival da canção na década de setenta e oitenta, e vê o que concorre nos dias de hoje quando a RTP ainda se dá ao trabalho de fazer o festival...
Boa música? Ainda há, muita! Ninguém a ouve! Ninguém sabe que existe sequer...
:)
bem admitido :D
ResponderEliminarmas já achava isso, era um 6º sentido :D
desconhecia e gostei, grato
Amo, de paixão, as musicas desta Senhora :)
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