Nesta anedota de país há pessoas que trabalham
para o estado.
Depois há pessoas que não são funcionárias públicas, mas que
trabalham para empresas cujo capital é maioritariamente estatal.
Nos primeiros há funcionários públicos de 1ª e funcionários
públicos de 2ª.
Passo a explicar esta minha teoria:
O governo resolveu que os funcionário públicos trabalhavam
pouco e, como tal, resolveu alterar as regras e aumentar o tempo de trabalho
para 40 horas semanais…
…coisa contra a qual não tenho qualquer oposição!
No entanto, as câmaras municipais, o ministério da justiça e
mais alguns sítios decidiram que o governo estava parvo e não instituíram as 40
horas, continuando os seus funcionários a trabalhar as 35 horas o que criou
logo à partida uma dicotomia…
Há funcionários com as mesmas funções, co o mesmo salário,
mas que, por força do local onde trabalham têm um horário menor, o que na
prática invalida o facto de auferirem o mesmo vencimento. Logicamente, os que
trabalham 35 horas auferem mais salário hora que os que trabalham as 40!
Depois, como se isto não fosse já estúpido o suficiente (e,
acredito, constitucionalmente duvidoso – se bem que por cá politica e estupidez
são coisas que andam frequentemente de mãos dadas) temos o dia de amanhã, que
por acaso é terça-feira de Carnaval, dia que nunca foi feriado mas que era (e
na pratica acaba por ainda ser) tradicionalmente tolerância de ponto.
Depois do um primeiro ministro, no passado, ter feito a
asneira de não dar a tolerância num ano, este governo decidiu retirá-la de vez…
…mas as câmaras, muitos departamentos, isto para além da
grande maioria das empresas privadas acharam por bem dar essa tolerância, pelo
que, na prática, só vai haver meia dúzia de pessoas a trabalhar nesse dia…
…e, como tal, embora não seja feriado e não haja tolerância
de ponto, as empresas públicas de transportes praticam horários de
fim-de-semana…
…o que quer dizer na prática que a meia dúzia de ursos que
têm de ir trabalhar tem de se levantar mais cedo para apanhar transportes e vão
apanhar grandes secas para voltar para casa…
...isto já para não falar no facto de as escolas estarem fechadas (mesmo os ATL's) e de a malta ter de ir pôr os putos no prego, se não tiver com quem os deixar...
Agora a sério, mas alguém ainda acha que isto é um país? Eu
pessoalmente acho cada vez mais isto uma anedota…
…para minha infelicidade, vivo nela…
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