sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Dizem que sai hoje o novo disco dos Coldplay!

Fiquei desapontado!

Em 2015 especulava-se que esse seria o último álbum da banda, o que, já na altura eram mais 7 álbuns do que o mundo precisava. Assim, hoje, junta-se mais um à tragédia!

Mas, no meio disto tudo, veio uma boa notícia:

-A banda não fará digressões até que as possa fazer de uma maneira ecológica!

Por mim, espero bem que seja impossível enquanto a banda estiver no activo...





(eu já vos disse que não gosto mesmo nada de Coldplay, não disse?)

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A quem estiver interessado (se é que alguém está...)

...no Sábado, dia 9, por volta das 14:30 (mais coisa menos coisa) vou estar com os meus companheiros a fazer a abertura das hostilidades num magusto organizado pelo Grupo Motard "Os Fumaças", na Sociedade Musical 5 de Outubro, em Paio Pires (mesmo ao pé da Siderurgia Nacional).
Aviso já que a actuação provavelmente será uma tragédia, umas vez que não tocamos estas músicas há 3 anos e não houve tempo para ensaios aprofundados. Mas nós vamo-nos divertir de certeza!

Só vamos mesmo fazer o gosto ao dedo e tocar umas 5 ou seis musicas, e depois deixamos o palco para o resto dos Roqueiros que vêm a seguir! Vão ser mais 3 bandas a seguir a nós. Portanto se quiserem ir, mas chegarem elegantemente atrasados, provavelmente só verão as outras bandas, porque nós, assim que for possível (ou por outra, assim que o baixista conseguir fugir do trabalho por uns 3/4 de hora) vamos tocar!

Portanto, se tiverem numa de umas castanhas e de Rock and Roll, apareçam. Há mais detalhes no facebook do grupo motard!

(e, não, não vamos tocar nada do projecto "Filhos do desespero" - só vamos mesmo brincar um bocadinho e depois o baixista vai trabalhar, o baterista vai trocar a bateria pelo baixo para tocar com outra banda e eu vou voltar a calçar as pantufas, que já tou velho para isto!)

E prontus, amodos que é isto...

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

"a permanência da memória dos dias de sal"...

...chegou-me às mãos de forma surpreendente (porque não estava à espera, dái ser surpreendente) há pouco, dentro de um enorme envelope que trazia lá dentro um bonito embrulho que o continha!

Já agora, ficam a saber (se não sabem já, que eu ando muito desactualizado) que é o novo livro de Isabel Pires, e que é lindíssimo!

Quer dizer, ainda não o li, mas é, visualmente deslumbrante, cheio de fotos lindas, com poemas escritos a branco em fundo preto (com algumas páginas com o esquema de cores invertido).

Daqui a pouco já vou desfrutar da companhia do livro enquanto atravesso o rio.

Isabel, se leres isto, muito, muito obrigado. :)

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

(Talvez) Só nos "States"...

Um tipo é acusado de violação!
O tipo afirma sempre que está inocente.
É condenado! A prisão perpétua! Vai preso como um agressor sexual e passa o pão que o diabo amassou na prisão!
Ao fim de três anos a mulher cansou-se e divorciou-se, o que até compreendo!
Passam-se 28 anos e, só para chatear, chegam à conclusão que ele sempre tinha dito a verdade e não tinha sido ele o autor da violação. Consequentemente é libertado e o estado dá-lhe uma indemnização de $4.000.000!
A ex-mulher, divorciada dele há 25 anos, mete uma acção em tribunal porque quer metade do dinheiro! Segundo ela, tem direito a isso!

História linda, não é?

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Numa entrevista no Podcast do Joe Rogan, quando se falava de disforia de sexo

"Deviamos ser capazes de nos ver livres da intolerância sem que para isso tivéssemos de atacar a verdade!" - Gad Saad (psicólogo evolucionário libanês-canadense da John Molson School of Business, conhecido por aplicar a psicologia evolucionista ao marketing e ao comportamento do consumidor)


quarta-feira, 11 de setembro de 2019

9/11

Passa hoje mais um aniversário do mais famoso ataque terrorista de sempre.

Estamos hoje tão longe de conhecer a verdade dos factos como estávamos na altura...
...mas sabemos muitas mais mentiras e detalhes que não encaixam do que na altura!

Continuam as perguntas sem respostas:

-O que é que embateu no Pentagono, uma vez que não pode ter sido o avião que dizem que foi?
-Como é que as torres do WTC caíram daquela maneira, aquilo que os peritos afirmam só poderia e uma demolição por implosão?
-O que é que se passou com a torre sete (aquela que uma reporter da BBC noticiou que tinha ruído vinte minutos antes de ruir, com a torre plenamente visível através de uma janela nas suas costas?

Mas a pergunta mais importante de todas e que ainda não foi plenamente respondida:

-Quem é que afinal ganhou com isto?

E,francamente, é quando olhamos para esta ultima pergunta e começamos a ver as respostas que dali aparecem, que começamos a pintar um quadro muito negro do mundo...

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Dance the night away




O tempo parou

Quando entraste na sala

Uma visão abençoada,

O mais doce perfume

Encontrei nos teus olhos

Um calmo paraíso



Um sorriso e eu soube

A minha alma foi tomada

Eu tinha de te ter



Eu sabia que devia deixar-te ir

Mas precisava tanto de ti



Vamos dançar p'la noite fora

Balançando até ao romper da aurora

O que posso fazer para ficares?

Ninguém te segurará como eu



Então isto é só uma dança,

Ou um prelúdio para um romance?



Deixa-me roubar-te num balanço,

Segue-me no swing,

Serei o teu rei ainda que só por hoje



Vamos dançar p'la noite fora

Balançando até ao romper da aurora

O que posso fazer para ficares?

Ninguém te segurará como eu

terça-feira, 11 de junho de 2019

I
Olha para o que aconteceu desde que partiste
Um bezerro de ouro está sentado no teu trono
Todos a adorar uma mentira
Sem saberem o quanto morrem por dentro
Os Deuses vãos dos nossos tempos
Que se banham em ouro e orgulho
Morrem em busca de fama
E o mundo fica na mesma
Mestres da Ilusão
Com medo do esquecimento
Todos Ídolos com pés de barro
Vazios por dentro e a venderem-te a sua carne
Os Deuses vãos dos nossos tempos
Que se banham em ouro e orgulho
Morrem em busca de fama
E o mundo fica na mesma
II
Vi incredulo
O desmoronar dos nossos sonhos
A conquista da sanidade pela loucura
Em directo nos stream de media
Tudo em directo na TV
Em plena luz do dia, para o mundo ver
Conclusões tiradas é preciso reagir
Atacar, atacar, atacar
Cegos pela fé em enganadores
Todos queriam vingança
E acabaram por comprar uma guerra
Sem trincheiras nem tréguas
Então sentes que nada está certo,
Isto é um jogo de perguntas
Estás há muito numa busca
Mas não sabes onde está a verdade?
Há uma voz na tua cabeça
Porque é que não a ouves?
Para que é que lutas afinal? A tua vida ou os interesses de uns poucos?
Tens que discernir o que é correcto. Acreditas nas notícias?
Começas no teu caminho 
E és cego pela luz
Tantas falsas verdades
Que não dá para destingir a certa
Há uma voz na tua cabeça
Porque não a ouves?
Há uma consciência na tua cabeça
Porque é que não a ouves?
III
Então é isto?
Irá a indiferença fazer-nos cair?
Não haverá algum herói que ainda sobre para nos salvar?
Somos nós quem permite
Tão poucos fazerem tanto sem nosso conhecimento
Não é como se eles fossem lobos disfarçados
Portanto, porque é que continuamos a sustentar as suas mentiras?
Eles vão esconder a verdade com um véu espesso
Para não saíres antes de o espectáculo acabar
Mas pensa e vais descobrir
Que és só carne fresca
E eles estão prestes a comer
Não é como se eles fossem lobos disfarçados
Portanto, porque é que continuamos a sustentar as suas mentiras?
Nó vê-mo-los, falamos com eles e até votamos
E isso é mesmo antes de eles atacarem, directo ao pescoço
IV
A afogar num mar de informação
Afastado da fonte da criação
Levado até ao limiar da loucura
Sem significado para a eternidade
Eles querem controlar o que dizes e deixas de dizer
Querem controlar o pensamento
O plano deles é enganar, querem que acredites
A vida é o que compraste
Então sentas-te em frente à tua TV
Passa-se tanta coisa, mas consegues ver?
És só um número, uma coisa
Um pequeno pino numa máquina enorme
Eles querem controlar o que dizes e deixas de dizer
Querem controlar o pensamento
O plano deles é enganar, querem que acredites
A vida é o que compraste
V
Quantas versões há de cada um de nós?
Tens a certeza que tu és tu, ou és outra pessoa qualquer?
Porque é que não te importares é uma escolha?
É assim tão difícil olhar? Atreves-te sequer?
Está certo
Olhar para o lado
E deixar o mundo rebentar?
Porque recusares-te a escolher
Quando são as escolhas que nos fazem crescer?
Tudo o que se sabe
É o que é visto
Num ecrã de média
E rimos do palhaço
Enquanto o circo arde!
Vidas obscurecidas por nuvens de fantasia
Que mascaram o quanto a realidade é feia
Faz-se streaming de dias infinitos de apatia
Com factos tornados mentira pelas ideologias
Está certo
Olhar para o lado
E deixar o mundo rebentar?
Porque recusares-te a escolher
Quando são as escolhas que nos fazem crescer?
Tudo o que se sabe
É o que é visto
Num ecrã de média
E rimos do palhaço
Enquanto o circo arde!

VI

O ar parece carregado
Electrificado
Uma calma relativa antes da tempestade
A vida parece codificada
O destino ligado
A coisas sem feitio ou forma

A vida tem de ser mais 
Que dias sem fim
Tem de haver significado
Algo que transcenda!

Um estranho sono acordado
Cái com tal profundidade
Que parece matar a alma
Só conchas deixadas para trás
Quebradas por dentro
À espera de envelhecer

A vida tem de ser mais 
Que dias sem fim
Tem de haver significado
Algo que transcenda!
Tudo parece ser mais
Que aquilo com que conseguimos suportar
Poderá alguém, por favor,
Dar-nos esperança?

Não há mais profetas
Não há mais verdades
Parece que fomos deixados sozinhos
Agora o dinheiro é poder
O poder é lei
E a vida pesa como uma pedra!
A vida tem de ser mais 
Que dias sem fim
Tem de haver significado
Algo que transcenda!
Tudo parece ser mais
Que aquilo com que conseguimos suportar
Poderá alguém, por favor,
Dar-nos esperança?

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Vi um video de Vítor Rua a desconstruir a musica de Conan Osiris

O homem tem direito a ter a sua opinião e não a contesto!
Não obstante, durante o video há frases como "Ele é afinadíssimo, aquilo que se passa na música, por trás, é que dá essa ilusão de desafinação"! Errado! Afinação é algo que existe apenas dentro de um contexto. Se ele estiver a cantar sem música, a questão da afinação não se coloca (tanto) uma vez que não há relações entre notas que possam pôr em evidência essa "desafinação" mas a partir do momento em que há musica a tocar, a afinação da voz é em relação à música! Portanto, ou a música está mal, ou a voz!
Noutro ponto ele fala da comparação entre o Conan e o António Variações, afirmando que não há qualquer comparação possível, uma vez que o Conan fazia tudo sozinho enquanto que o Variações precisava de um batalhão de gente! E isto é verdade - mas é uma analise altamente enganadora e falaciosa e eu explico o porquê!
O Conan Osiris existe numa época em que qualquer pessoa com um telemóvel tem app's de gravação e produção musical! Com um PC então, pode-se gravar orquestras sinfónicas inteiras, produzir qualquer som imaginável! A tecnologia evoluiu de tal forma que mesmo as partes mais complicadas da produção (a mistura e a masterização) já tem auxiliares electrónicos que conseguem pôr qualquer faixa a soar bem! No tempo do António, gravar com qualidade era algo só ao alcance daqueles que tinham contratos com editoras discográficas. As gravações eram feitas em bobines de fita por músicos a sério, não havia cá grandes sequênciações e electrónica. No lado caseiro, a maior das aspirações era ter um gravador de 4 pistas que já dava para gravar uma maqueta ranhosa...
Portanto, acredito que o António, se ainda cá andasse, estivesse também sossegado em casa a fazer as cenas dele sem precisar de mais ninguém...

E isto não é uma crítica ao Conan. É uma crítica ao Sr. Vitor Rua :)

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Mandaram-me hoje um link...

...para uma versão que a Carolina Deslandes e mais umas quantas cantoras (que me perdoem se não sei quem são, mas a vida é assim) fizeram da música que vai representar cá o burgo nas terras onde cristo andou, música essa do herói da Trafaria!

E sabem que mais?

Sou tão estúpido que abri o link...

(a versão está mesmo muito bem feita, os arranjos espectaculares, a voz das meninas está perfeita, mas... )

(não, não vou pôr aqui o link, não quero ser responsável pelos traumas de ninguém!)

quarta-feira, 10 de abril de 2019

II

A vegetação voltou a aparecer nas terras baixas, florestas começaram a crescer e em algumas gerações tudo parecia o que fora antes.
Os descendentes daquela cria prosperaram nas zonas mais quentes, avançando até às zonas temperadas. Viviam organizados em clãs, subsistiam da caça e dos frutos e plantas sazonais e eram nómadas, seguindo as manadas. Os Homo Erectus, a sua espécie ancestral ia desaparecendo aos poucos. Os seus clãs pouco conseguiam fazer contra os caçadores desta nova estirpe que se organizavam de forma especialmente eficiente, com ciladas e emboscadas. De pouco lhes servia a superioridade física contra a inteligência superior dos invasores e clãs inteiros eram extintos, normalmente caçados e cozinhados.
Os caçadores começaram a aprender a fazer abrigos com folhas e paus para se abrigarem dos elementos quando caçavam e estavam longe da caverna do clã, em viagens de caça que podiam levar dias e por vezes semanas. Foi por isso uma evolução natural que, quando as cavernas começavam a ficar demasiado cheias, se começassem a montar abrigos, primeiro feitos com plantas e evoluindo mais tarde para estruturas feitas com os ossos de animais de largo porte cobertas com as suas peles. Começaram também a usar as peles, primeiro para se camuflarem e depois para se aquecerem e aos poucos começaram a expandir-se para lá da zona equatorial para zonas mais frias, encontrando pelo caminho clãs parecidos com eles, mas de pele clara e cabelos da cor das papoilas. Os encontros não costumavam ser pacíficos, embora estes clãs estranhos nunca os importunassem, mas defendiam-se com uma selvajaria formidável, demonstravam ter uma inteligência ao nível da sua e eram mais altos e fortes fisicamente.
A comida divina continuou a ter os seus efeitos ao longo dos séculos, e os desenhos na areia deram lugar a desenhos de carvão nas paredes das cavernas. A comunicação evoluiu e as linguagens começaram a aparecer, primeiro como uma necessidade para os caçadores, para se coordenarem, mas depois começou a ser aplicada para comunicação de coisas simples. 
À medida que o tempo foi passando os sons começaram a ser ligados a símbolos, sobretudo pêlos Xamãs, que comunicavam com o mundo natural através da comida sagrada, falando com os espíritos da natureza. Conceitos complexos começaram a desenvolver-se. 
Algumas plantas, que eram usadas na alimentação, começaram a ser cultivadas quando se descobriu que onde os seus grãos caiam no chão novas plantas nasciam. Desenvolveu-se assim a agricultura em terras mais férteis e isto levou a sedentarização dos vários clãs que as usavam, uma vez que já não dependiam tanto da sazonalidade. Os grãos armazenados forneciam a comida para as épocas mais escassas do ano.
Entretanto foram domesticados animais, que serviam para transportar cargas mais pesadas, para fornecer comida e peles, que os aqueciam nos tempos mais frios.
Com a sedentarização, os cercados começaram a ser de pedras empilhadas, mas havia sempre reparações para fazer, e começou a ser utilizado o barro para aglomerar melhor as pedras. Com o tempo, a complexidade das construções foi aumentando, as pedras começaram a ser melhor escolhidas para aumentar a estabilidade e durabilidade e mais tarde começaram a ser trabalhadas. 
E assim se passaram sete mil anos numa lenta marcha de progresso que, abruptamente, foi parada da mesma maneira. A catástrofe abateu-se, ondas enormes engoliras as terras mais baixas, ventos inimagináveis arrancaram tudo à sua passagem e quando tudo acabou quase nada restava, a não ser os clãs que viviam nas montanhas mais altas, continuavam nómadas e a viver nas suas cavernas, que os protegeram da fúria da natureza!
Mas desta vez nem tudo se perdeu. 
A linguagem imortalizou a desgraça na memória dos sobreviventes e, alguns deles sabiam já do segredo da agricultura e da domesticação de animais. No entanto, quase tudo mudou, com zonas as zonas quentes onde quase todos viviam a tornar-se insuportavelmente frias e obrigando os poucos sobreviventes a uma migração enorme em busca de melhores condições. 

quarta-feira, 3 de abril de 2019

I



No principio, duzentos e setenta mil anos antes de Avnar poder olhar pela sua parede transparente, no continente que viria a ser conhecido um dia por África, uma mutação genética ocorreu numa família de Homo Erectus e nasceu um ser estranhamente desprovido de pelos e com uma cabeça tão grande que a sua mãe morreu no parto e a criança esteve quase a sofrer o mesmo destino.
O clã dividiu-se entre os que queriam proteger a cria e os que achavam que não valia a pena e resolveram deixá-la ao abandono. No entanto a cria demonstrou alguma resiliência e os seus gritos acabaram por inquietar a fêmea alfa do grupo, que acabou por o adoptar.
A cria era anormalmente frágil e necessitava de cuidados constantes, ao contrário das outras crias da sua idade que se mexiam autonomamente quase desde o nascimento. A cria parecia inevitavelmente defeituosa e não fora a fêmea alfa ter-se tornado protectora, o clã já o teria abandonado há muito.
Só muito tardiamente a cria começou a movimentar-se, primeiro arrastando-se, depois começando a gatinhar e só finalmente bastante tempo depois a andar, o que foi considerado um triunfo pela mãe adoptiva face ao atraso claro. 
A cria crescia feia, apenas com um tufo de pêlos no cimo da cabeça, bastante desajeitada, mas as coisas começaram a mudar quando chegaram à quinta Primavera depois do seu nascimento. A cria tornava-se enérgica e desenvolta, para orgulho da sua guardiã, não tanto quanto as outras crias quase adultas da sua idade, mas aquilo que não tinha em agilidade e força parecia compensar com inteligência. Compreendia com facilidade todas as maneiras como as coisas podiam ser feitas, tal como lhes tinha sido ensinado pêlos seus antepassados e os antepassados destes mas, estranhamente, por vezes começava a fazer tarefas de maneiras alternativas que eram muito mais rápidas e eficazes. As armadilhas de caça que eram feitas por ele, por exemplo, eram, não só as mais intrincadas, mas as que apanhavam quase sempre algo!
O resto do clã tinha algum receio dele, porque ele mudava o que sempre fora, mas a matriarca continuava a protege-lo e, muitas vezes, mesmo os caçadores e os anciãos admitiam que ele trazia algumas vantagens à sua pequena comunidade.
A cria demorou até chegar à puberdade, muito mais que qualquer outra cria já tinha demorado. Mas finalmente aconteceu, na décima segunda Primavera depois do seu nascimento, e como sempre, foi-lhe dado a provar a comida sagrada. O resultado foi algo que ninguém esperava. Durante o transe, enquanto o resto do clã dançava em volta da grande fogueira, o então jovem levantou-se a começou a rabiscar símbolos no chão com uma vara.
No dia seguinte, quando acordou, todo o mundo lhe parecia diferente, com series de imagens para si incompreensíveis na sua cabeça.
Este jovem cresceu e acabou por acasalar com várias fêmeas. Curiosamente, já um ancião, acabou por se tornar o chefe do clã. Poucos ousavam desafia-lo, porque ele lutava de maneiras incomuns. Por causa disto acabou por acasalar com bastantes fêmeas e teve um numero de filhos bastante grande, a maioria parecidos com as mães, mas os outros parecidos consigo.
Ao longo dos cem anos que se seguiram todo o clã era já parecido com a antiga cria defeituosa, desaparecendo os traços da sua antiga família a cada geração. O clã crescia e prosperava, tanto que começou a invadir os territórios vizinhos. O clão original dividiu-se em muitos clãs e seguiram um padrão em que foram assimilando mais e mais área. Em mil anos a zona do norte de África onde tinham aparecido estava quase toda dominada pela nóva éspecie, forçando os Homo Erectus para sul.
Foi então que, de repente, os espíritos dos antepassados devem ter ficado irados, vieram ventos que arrancavam o próprio chão mais tudo o que nele se encontrava, que queimavam quem não se conseguia abrigar bem, e em seguida veio a água e todo o mundo se tornou mar e apenas aqueles que estavam abrigados em grutas profundas no cimo de montanhas altas escaparam à fúria que se abateu sobre eles. Quando finalmente puderam sair das grutas estava frio e nada havia que comer. A maior parte dos sobreviventes morreu de fome e frio e apenas o que se encontravam junto ao mar e rios conseguiram comida suficiente. Devido ao frio, todos foram andando, nómadas, em busca de climas mais quentes.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Avnar observava calmamente por trás da sua enorme janela, ou melhor, da sua parede transparente, toda a azáfama que se passava no exterior. O fim da construção aproximava-se a passos largos e ele sentia-se orgulhoso e feliz por ter feito parte deste enorme empreendimento, talvez o maior empreendimento de sempre da espécie humana!
Voltou à secretária e verificou que todos os processos corriam normalmente. Ele sabia-se praticamente desnecessário ali, mas os protocolos de segurança requeriam a presença de um humano com capacidade de supervisão. A confiança cega nas máquinas já tinha tido um elevado custo no passado, pelo que qualquer decisão mais elevada feita pelas inteligências artificiais teria de ser aprovada por um humano. Mas, neste momento, os fluxos de processos estavam de tal forma mecanizados que qualquer decisão elevada só seria necessária em caso de acidente! O que queria dizer que ele era um sortudo! Podia estar num local privilegiado com uma vista magnífica e ainda usufruía dos benefícios sociais que a sua posição lhe proporcionava! “Supervisor dos fluxos de tráfego”!
Era um título pomposo! No fundo era um título vazio, e ele sabia-o, mas era pomposo! Mas o verdadeiro benefício era poder estar ali, com aquela magnífica visão para além da parede transparente!

segunda-feira, 1 de abril de 2019

O livro acerca de Adão e Eva que foi classificado como Ultra-secreto pela CIA



Um senhor Americano, Chamado Chan Thomas, escreveu um livro chamado “A verdadeira história de Adão e Eva". Este livro foi publicado a 1 de Janeiro de 1966, sendo imediatamente confiscado e classificado como Top Secret pela CIA. Deste livro de cerca de 250 páginas, apenas 57 foram desclassificadas a 24 de Junho de 2013 ao abrigo da lei da liberdade de informação, mas apenas ficou disponível ao público no dia 27 de Dezembro de 2016! O link para o site da CIA onde é possível fazer o “download” do PDF está aqui:

https://www.cia.gov/library/readingroom/document/cia-rdp79b00752a000300070001-8

E o que é que este livro pode conter da tão interessante para ser classificado como ultra-secreto e ter sido proibido, sendo que 4/5 ainda são desconhecidos do público em geral?

O livro propõe que o Génesis é uma história literal, se bem que mal interpretada.
As explicações para a má interpretação são as seguintes:
-Segundo a tradição, foi Moisés que começou a escrever a Bíblia, tendo sido o próprio a escrever a história do Génesis, história essa baseada em histórias que se perdiam na noite dos tempos mas que já estavam estabelecidas desde o tempo dos Sumérios, 3000 anos antes de Moisés existir. Não seria de todo estranho Moisés conhecer em profundidade estas histórias, visto ter sido criado como Príncipe do Egipto!
No entanto, quando os Babilónios invadiram e conquistaram Jerusalém, destruindo o templo e todos os escritos judaicos, a Tora ficou preservada apenas na tradição oral. Segundo a tradição teria sido o filho do ultimo sumo sacerdote a ver os escritos que os teria refeito, de memória, quando os Judeos foram libertados e Israel restituído! Mas, se esta tradição está correcta, a bíblia começaria a ser reescrita quando esse filho teria já 130 anos!
Assim, o autor afirma a possibilidade de não ter sido o filho mas sim o neto ou até o bisneto a recomeçar a escritura, a partir de uma tradição que se teria mantido duas ou três gerações apenas na oralidade. É portanto uma suposição razoável que aquilo que chegou aos dias de hoje tenha ainda aquilo que importava em termos religiosos (a parte moral das histórias) mas perdido o detalhe que faria luz da verdade do texto!
Segundo o autor, a simbologia, os pictogramas em que se baseia o Génesis, uma linguagem pré hebraica, Dão claras indicações de que Adão seria Viúvo e Eva a sua filha (o que faria luz ao “Esta sim, é carne da minha carne e sangue do meu sangue”) e seria um dos sobreviventes da Atlântida! Segundo ele o símbolo da terra mãe era a Árvore (símbolo ainda hoje usado como a Árvore da Vida) com serpentes à sua volta que simbolizavam o mar que envolvia essa terra e representavam a constante ondulação. Quando Adão e Eva saem do Paraíso, O arcanjo Miguel fica a guardar a entrada com uma espada flamejante. E a esta parte é algo que mencionarei mais à frente!
Mas, depois de lerem isto, poderão perguntar-se o Porque da CIA classificar este livro, mais um entre tantos com teorias incomprováveis!
E eu, como às vezes sou um tipo fixe, vou-me dar ao trabalho de responder com os dados possíveis, uma vez que o livro não foi todo desclassificado.
Aquilo porque o livro se torna importante é o facto de afirmar que já houve, nos últimos 300.000 anos, desde que o Homo Sapiens anda à superfície do planeta, inúmeras civilizações, algumas das quais chegaram a píncaros tecnológicos com que nós ainda só podemos sonhar! No entanto todas elas acabaram de forma mais ou menos cíclica, atirando toda a humanidade de volta para uma Idade da Pedra!
O motivo pelo qual elas acabaram é que é o ponto que creio ter alarmado a CIA!
O planeta tem um núcleo de ferro fundido em constante movimento, o que acaba por fazer de todo o planeta um gigantesco gerador eléctrico, criando assim a Magneto esfera que nos protege dos ventos solares. Se a magneto esfera não existisse, os ventos solares soprariam toda a atmosfera para fora do planeta e tínhamos aqui algo de parecido com Marte, ou seja, um deserto sem fim.
Segundo o autor há uma camada do mando com cerca de 60km de espessura, que embora seja liquida, se transforma numa espécie de “plástico” sólido por causa da corrente eléctrica gerada pelo núcleo, e é essa camada que faz com que a crosta se mantenha mais ou menos no mesmo sítio.
No entanto a crosta quer sempre fugir, uma vez que o enorme peso do gelo acumulado nos pólos, por força da rotação do planeta, tem tendência a querer ir para o equador.
Segundo o Autor, de uma forma cíclica, mais ou menos de 7000 em 7000 anos (mais mil, menos mil) Uma influência externa ou algum mecanismo interno do planeta faz com que essa produção de corrente pelo núcleo perca força. Quando isso acontece a tal camada de 60km liquefaz-se completamente e acaba até por agir como um lubrificante!
Assim que isto se dá, o peso dos gelos arrasta toda a crosta do planeta 90º , colocando os antigos pólos no equador. Como seria de esperar, as consequências de tal coisa seriam brutais.
-Estando a atmosfera no seu movimento normal, o facto de a crosta terrestre se estar a movimentar a velocidades supersónicas provoca ventos supersónicos capazes de arrastar tudo à sua passagem.
-O movimento da crosta arrastaria consigo toda a massa de agua dos oceanos. Isto provocaria tsunamis com ondas de mais de duzentos metros de altura que arrasariam tudo à sua passagem e deixariam o pouco que sobrasse enterrado debaixo de metros de lamas.
-O gelos dos pólos, agora no equador, derreteria completamente em pouco tempo (dias ou semanas), vertendo toda aquela água doce no oceano, fazendo-o subir ainda mais e provocando disrupções em todas as correntes marítimas.
-Zonas anteriormente tropicais estariam agora nos pólos (temos alguma evidência disto com a descoberta de antigas florestas e flora tropicais debaixo dos gelos da Antárctida! Além disto, este facto explicaria o porque das enormes de populações de mamutes na Sibéria – animais robustos e capazes de enfrentar toda a idade do gelo – terem sido congelados instantaneamente alguns com comida na boca e bastantes com os estômagos).
Voltemos então à espada flamejante do Arcanjo Miguel. Ventos supersónicos, só por si poderiam queimar o que aparecesse pelo caminho, mas se juntarmos a isto a disrupção da magneto esfera, ainda que por algumas horas, isso quereria dizer que todos os ventos solares bateriam directamente no planeta, queimando tudo em que tocassem! Eis então a espada de fogo que não deixa voltas à terra mãe.
Quem sobreviveria a algo desta magnitude?
Apenas alguém que estivesse no cimo de uma montanha e dentro de uma gruta profunda poderia salvar-se. E essas pessoas, quando emergissem, podiam ter conhecimento das antigas tecnologias, mas elas de nada serviriam. As cidades estarias debaixo de água ou teriam desaparecido debaixo de camadas de lama e o planeta estaria irreconhecível. E embora o autor afirme que o planeta estabilizaria (ventos a acalmarem, as aguas a recuarem e estabeleceram as novas linhas de costa, as calotas polares novas a começarem a formar-se) em cerca de 6 a 7 dias (talvez os 6 dias do Génesis), a verdade é que o planeta demoraria pelo menos duas ou três gerações (provavelmente mais)a voltar a ficar pleno de florestas e de vida animal.

Na minha opinião pessoal, há aqui algumas coisas que não batem certo, mas a verdade é que a teoria, de uma forma simples e elegante, explica varias coisas já aqui faladas (a flora tropical da Antárctida, Os mamutes congelados da Sibéria, o facto de o Sahara ter sido uma floresta tropical imensa, entre outras mudanças praticamente inexplicáveis.
Mas esta teoria ganha um pouco mais de peso quando sabemos que o pólo norte se está a movimentar num ritmo mais acelerado que o espectável, de tal maneira que ainda há pouco tempo o sistema de GPS teve de ser recalibrado. Mais ainda, desde o terramoto no Japão que ficámos a saber que os movimentos da crosta terrestre podem existir para além dos 2,5 cm de deriva dos continente, coisa que até agora era considerada impossível. É que o Japão, deslocou-se 2,5 metros! E a nova Zelândia, também por força de um terramoto, deslocou-se 5 metros numa questão de minutos!

Dá que pensar, não dá?

quinta-feira, 28 de março de 2019

O prós e contras da passada terça-feira acerca do âmbiente!

Vi desinteressadamente e praticamente como fundo, enquanto fazia outras coisas o Prós e Contras, na RTP1, acerca do Ambiente.

Desinteressadamente, não porque o tema seja desinteressante, antes pelo contrário, é mais que premente e importante, mas porque para mim dificilmente apareceria ali algo que fosse uma novidade. No entanto, fui-me mantendo mais ou menos atento para o caso de alguma novidade surgir!

Mas há uma coisa que realmente me chateia neste tipo de programas! Embora eu os ache óptimos, não só para consciencializar, como inclusive para conscientizar a maioria da população, no fundo nunca se fala dos problemas medindo todos os ângulos e consequências! E isto acaba por levar apenas a uma parte importantíssima da verdade, mas não ao quadro completo!

Actualmente, com os consumos de electricidade que temos, a percentagem que vem de energias renováveis (e estou a falar só de Portugal, que neste campo é quase um exemplo) é pouco mais de 50%! O que, logo à partida, quer dizer que pouco menos de 50% vem de fontes não renováveis.
Temos problemas graves de poluição nas cidades, por via principalmente dos gases dos escapes dos automóveis! Por isso mesmo não é boa ideia tentarmos fazer como os Holandeses e usar bicicletas, porque seria basicamente como estar a correr com um cigarro nos lábios… no mínimo, contraproducente.
A maior parte das cidades não têm sequer uma oferta de transportes públicos que seja suficiente para as necessidades de mobilidade das populações, sendo o mesmo caro em excesso! De louvar iniciativas como esta recente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto que vão permitir a muita gente uma maior e mais barata mobilidade. No entanto, no meu caso, por exemplo, devido à escassez de transportes públicos na minha área de residência, terei sempre de me deslocar de carro até apanhar o transporte para Lisboa, como já faço.

Mas, façamos um pequeno esforço de raciocínio, e apontem-me erros ou falhas, se assim o entenderem. Imaginemos que conseguíamos mudar os carros todos para electricidade e melhorar as redes de transportes públicos de maneira a que não fosse necessário haver tantos carros dentro das cidades e dos subúrbios!

Quais seriam as consequências imediatas?

Porventura a mais importante seria a melhoria de qualidade do ar nas cidades e o impacto que isso teria na vida dos cidadãos!

Mas por outro lado, um aumento na quantidade de veículos eléctricos corresponderia a um aumento das necessidades de energia. E a energia tem de vir de algum lado. Não estando a tecnologia actual em condições de suprir as necessidades de forma sustentada, boa parte (senão a quase totalidade) daquilo que não seria queimado pêlos automóveis, seria queimado para produzir a electricidade que alimentaria os automóveis. Portanto, poderíamos ficar aquém do actual consumo e dos actuais níveis de poluição, mas não por tanto como se poderia pensar numa primeira analise. Basicamente, talvez a quota das energias renováveis baixasse para próximo dos 25% em relação aos 50% onde está agora com o consumo actual.

Como se já não bastasse esse pequeno pormenor, a produção das baterias não é propriamente algo que seja amigo do ambiente. Uma das industrias mais poluidoras do mundo é precisamente a extracção do Lítio, de que as baterias são feitas! O processamento do mesmo, à distância de meio mundo de onde é extraído, não só não é um processo limpo, como também caro. No caso dos automóveis híbridos, por exemplo, aquilo que se ganha com a diminuição das emissões ao longo da vida util do mesmo já está praticamente perdido na produção, e as baterias de um híbrido não são tão grandes como as de um carro eléctrico puro!

Quando se tenta encontrar uma solução para o problema, deve-se ir além da demagogia. A simples passagem de um sistema para o outro não resolve de todo o problema, o que não quer dizer que não melhore um pouco… Mas na maior parte dos países do mundo estas soluções são inviáveis. Em alguns países da Ex União Soviética, 90% dos carros em circulação são Ladas com mais de 30 anos e quando estes foram feitos não foi a equacionar problemas ecológicos. E estes carros são mantidos a funcionar porque as populações não têm outra alternativa. Portanto, passar de um sistema para o outro teria de ser quase um esforço mundial concertado, colocando veículos eléctricos ao alcance das populações mais pobres do planeta. O problema é global, não é local! E a capacidade de produção de renováveis à escala da necessidade de energia que temos é ainda uma miragem no horizonte!

E então? Nada se faz?

Bem, ao contrario do que possa por vezes parecer, muito se tem feito! Por exemplo, foram já desenvolvidos plásticos com base em óleos vegetais que não só são biodegradáveis como podem inclusivamente ser “programados” para se deteriorarem ao fim de um determinado período de tempo! Ninguém fala disto, mas a tecnologia existe! Claro que não está massificada, é cara, mas, se cada um de nós exigir e não se importar de pagar numa fase inicial, o extra por um pacote de sumo biodegradável, a tecnologia massificar-se-á e tornar-se-á barata!
Outro exemplo é o que é considerado o Santo Graal da energia limpa: Fusão Nuclear! Nos últimos dez anos tem havido progressos imensos nesta tecnologia, com grupos de investigação por todo o mundo a fazer um esforço enorme para a conseguir, quer em institutos públicos e universidades à volta do mundo, como de grupos privados que têm investido Biliões nesta tecnologia, uma vez que todos sabem que assim que houver um reactor de fusão com produção positiva, é uma espécie de fim de jogo para o mercado energético (neste momento ainda não conseguimos produzir mais energia do que a que necessitamos para obter a fusão dos núcleos, portanto a produção é negativa, mas as margens estão a aproximar-se)!
Ou seja, a melhor maneira de resolver este problema é, em primeiro lugar, resolver a questão da energia limpa! É a base de tudo! E a única maneira de resolver esta questão é com investimentos massivos na investigação, porque quando mais gente estiver às voltas a questão, mais depressa ela se resolverá!

Sem esta questão estar resolvido, tudo o resto cai pela base! Porque isto do ambiente é muito bonito, mas quantos é que abdicam de ter um telemóvel no bolso que é feito de plásticos e cuja bateria é feita de lítio e cuja manufactura provocou poluição, já para não falar no que lhe vai acontecer quando for substituído por um telemóvel novinho em folha…

Depois, resolver a questão das baterias (que, por acaso, está também mais avançada do que possamos pensar, com algumas descobertas relacionadas com nanotubos de carbono a darem indicações de que poderemos ter baterias limpas com alta densidade energética, mas que ainda está longe de chegar à produção – com investigação neste campo a ser desenvolvida também por cá no Instituto Superior Técnico)

Se estas duas questões se resolverem, e sim, para as resolver é preciso uma enorme vontade política, todos os restantes se começam a resolver por si próprios! Começar ao contrário não passa de remendos de pano novo num casaco velho – fica aparentemente melhor, mas desfaz-se em pouco tempo…

sexta-feira, 22 de março de 2019

Ontem tive a honra e o prazer...

...de não só poder assistir a um concerto deste Senhor abaixo, Mestre Eduardo Isaac, guitarrista clássico Argentino, introduzido pelo maestro Vitorino de Almeida, como tive o privilégio de assistir à estreia mundial de uma obra composta para guitarra deste último e interpretada pelo primeiro!
Praticamente duas horas de deleite musical, que acabaram com um arranjo para guitarra de Óblivion, de Piazolla (ou não fosse Argentino)!
Isto, claro, numa sala com uma acústica fenomenal, e que estava a menos de um terço da capacidade!

Acho que vou vender as guitarras e dedicar-me à pesca...


quinta-feira, 21 de março de 2019

Paixão (in "Life" Acto II Sena III)



Paixão
Era como um rio nos teus olhos
A fluir como um fogo
Que fazia surgir o desejo
Sempre que passavas

Perdi a minha alma
No teu sorriso doce, mas sacana
E dançamos
Num romance
Em tempo emprestado!

Estas chamas
Não são para durar
São para queimar depressa
Fazerem sentir a sua luz
E deixar uma memória

Noites de paixão
Que me fizeram perceber
Que algures no mundo
O amor não era tão frio
Há razões para acreditar...

Dias e noites
Em que o prazer foi supremo
Mas a cada dia
Algo se esbatia
Nos nossos sonhos

Nunca soube
Se valeram a pena as lágrimas que chorei
Mas no fundo
Tínhamos feito tudo
Era altura para nos despedirmos

Estas chamas
Não são para durar
São para queimar depressa
Fazerem sentir a sua luz
E deixar uma memória

Noites de paixão
Que me fizeram perceber
Que algures no mundo
O amor não era tão frio
Há razões para acreditar...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Corrosão

Corrosão

Talvez a verdade seja o que não faz sentido,
Talvez seja senso comum...
Pode a verdade ser apresentada sob falsos pretextos?

A matemática da certeza
Perturbada por Realidade
das nossas vidas
Uma falta de sincronismo!

Se o destino pré-feito?
Será que todas as pedras preciosas no mundo
Valem o preço de uma sepultura?

Morte das Ideologias
Trazida pela supremacia
do pensamento!

Corrosão
A enferrujar vidas
Sombras de quem já foram
Consciência
Um caminho para a evolução
Começa uma revolução

Talvez no fim haja algo errado
Tenta-se justificar o que foi feito
Com a pequenez de todas as almas

Esconde-se em vergonha
A culpa
É tudo o mesmo
Porque é
Que todos sabem
E nada é feito?

Então o que está em jogo?
Será tudo isto falso,
Uma simples ilusão?

À deriva no mar
A imagem maior está lá,
mas ninguém a quer ver!

Apatia na conformidade,
É isto realmente
O significado de ser?

Corrosão
A enferrujar vidas
Sombras de quem já foram
Consciência
Um caminho para a evolução
Começa uma revolução

A lei ainda é soberana?
Ainda há liberdade na terra?

Será que é assim que tem de ser,
abdicar do direito
de ser livre?

Corrosão
A enferrujar vidas
Sombras de quem já foram
Consciência
Um caminho para a evolução
Começa uma revolução

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Ora então, a 1ª semi-final do festival da canção da TV pública cá do sitio...

Foi exactamente o que eu esperava que fosse!

A mesma coisa de sempre, excelentes interpretes (excepto um ou outro), bons musicos (na su maioria), compositores que se esforçam ao máximo para não sair dos cânones (o que faz com que as musicas sejam uma sequência infindável das mesmas progressões de acordes já estafadas e batidas, mas é o que a malta compra) e produtores muito, mas mesmo muito abaixo da média.
Percebe-se que se trabalha com afinco para ocupar o lugar que é nosso por direito...

E antes que me venham dizer "Ah e tal, o outro ganhou o festival com uma musiquinha simples" pensem bem, porque não era uma música de 4 acordes, e era apenas enganadoramente simples.

E não, não apreciei nada do que vi!
Basicamente, para mim, Conan, por enquanto, só mesmo o Bárbaro (por acaso acabei há pouco tempo de ler a antologia do Robert E. Howard e os contos são mesmo absolutamente fabulosos) e o rapaz do futuro (que ando agora a mostrar à cria, que se parte a rir com as parvoíces daquele rapaz super-forte que tenta a todo o custo salvar a Lana)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

90º



You know I pray to no daemons 
Nor Gods above 
I don't feel hatred 
I don't feel love 

 So, what did you want from me? 
I rather see you free 

 Away from me 
Away from it all 
At ninety degrees from reality 
Far from the end 
And far from the world 
In a parallel line to factuality 
 
The death of hope 
The triumph of indiference 
Maybe it's time 
To give change a chance 

 So, what did you want from me? 
I rather see you free 
 
Away from me 
Away from it all 
At ninety degrees from reality 
Far from the end 
And far from the world 
In a parallel line to factuality



(Nota: esta música existe em Português no primeiro álbum de XXL Blues)