quarta-feira, 4 de maio de 2016

Os Mosaícos e o Nmismo

Como já perceberam por esta altura (a não ser que seja este o primeiro pedaço de texto que estão a ler sobre o Nmismo e, nesse caso, não perceberam nada nem vão perceber, a não ser que andem para trás – se bem que tenho uma suspeita-quase-certeza que ainda assim não vão perceber grande coisa, mas olhem, é o que se arranja…), a não ser entre os Nmistas Radicais, o Nmismo nunca foi encarado como uma religião, apenas como um modo de vida! Mais, era uma corrente existencialista que apenas poderia entrar em rota de colisão com religiões que convidassem a pensar, mas isso, como todos sabemos, é uma contradição com a própria religião. Não há religiões que convidem a pensar, antes pelo contrário, quando alguém pensa demais é como um vírus infeccioso que põe em causa os dogmas de fé, simplesmente porque se usa do bom senso! Afinal de contas, nem é preciso olharmos para textos sagrados para perceber que qualquer pessoa que pense tem alguns problemas lógicos graves em relação a qualquer religião.
Vejamos alguns exemplos:

-Os deuses clássicos, da Grécia e de Roma (que são os mesmo rebaptizados – aparentemente os Romanos não tinham grande imaginação) eram uns bêbados putanheiros sanguinários e as Deusas eram umas intriguistas, cabras umas para as outras e umas putas serigaitas que fariam corar uma prostituta de hoje em dia, e aquilo era encarado de forma natural, uma vez que os homens da altura eram uns bêbados putanheiros sanguinários e as mulheres eram intriguistas, cabras e putas, justificando a sua maneira de ser com um “se os Deuses e as Deusas fazem assim…”

-Já outros causam problemas bem mais subtis mas igualmente válidos, como por exemplo, e como muito bem apontou Cavanna em “As Sagradas Escrituras”, Deus não pode ser ao mesmo tempo eterno e omnipotente, uma vez que para ser omnipotente tem que deixar de ser eterno, uma vez que pode por fim a si próprio, mas se for eterno deixa de poder por um fim a si próprio deixando de ser omnipotente! Mas ainda bem que existe a contradição e a fé que faz tanta gente relevar estes pequenos problemas idiotas. Graças a Deus!

Mas, como podemos observar, o Nmismo não entrava em confronto com qualquer das religiões que havia na altura, algumas delas bem esquisitas, como por exemplo na cidade de Perempto onde adoravam um ramo de árvore petrificada de onde os habitantes acreditavam tinha nascido o universo, ou a estranha crença do reino de Doblez em que todos acreditavam que o Universo é uma mera ilusão e não existia na realidade, sendo toda a existência o produto de um sonho de uma baleia azul, de cujo ventre teria nascido o Universo, se bem que também havia um povo bem lá para sul, cujo nome se perdeu na história, que acreditava que os ornitorrincos eram avatares!

Já nos reinos e cidades Radicais não havia cultos – os poucos locais de culto eram construídos e mantidos por estrangeiros – visto que eles não pensavam…

Havia um povo, bárbaros convertidos, que se auto-intitulavam de Mosaíco. Os Mosaícos acreditavam que eram filhos de Pubo, o grande fermentador, que tinha criado o Universo a partir da fermentação. Este povo era composto por tribos nómadas que se dedicavam sobretudo à pastorícia e eram conhecidos pelo queijo picante e com um cheiro nauseabundo que produziam, cujo sabor era algo de fenomenal. Embora fossem originalmente Bárbaros fermentadores de mosto, converteram-se ao Nmismo e quiseram ter direito a criar uma nação. Aquilo pareceu algo lógico ao mundo Nmista, mas havia a questão de onde os encaixar.
Balbaaq, o Asqueroso, que se dizia ser descendente destes Bárbaros convertidos, viu nisto uma oportunidade e convenceu Shimiu, o Parvo, a dar-lhes as terras da Vinlândia, coisa que não caiu bem aos Vinlandeses Bárbaros que já lá estavam, com o argumento de que eles iriam Nmizar a Vinlândia e que, além disso, no fundo até eram o mesmo povo visto que várias das tribos Mosaícas tinham vindo originalmente daquela região, coisa  era impossível de confirmar ou desmentir, visto que os registos históricos dos Bárbaros e dos Selvagens eram inexistentes. Apenas havia uma tradição oral que se perdia na noite dos tempos que o afirmava.
E foi desta maneira que a Vinlândia se tornou um reino Nmista, mas foi então que as coisas começaram a dar para o torto…

4 comentários:

  1. Credo!! Hoje, os Deuses e as Deusas, cá do burgo, não devem gostar nada de mais esta página de História Nmista, escrita aqui e agora, em directo, para a posteridade vindoura.
    Pela parte que me toca, vou ficar a digerir a entrada em cena dos Mosaicos, filhos de Pubo, rezando para que o almoço não me fermente no estômago.
    Aguardo ansiosa, para saber o fará o Asqueroso com as terras que, ardilosamente, subtraiu ao Parvo Shibiu...

    Vale-me não ser crente...Graças a Deus!!

    :)

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    1. Ao que parece, Deus, quando se apercebeu que havia coisas que não encaixavam bem umas nas outras, ainda estava a criar tudo. Então criou o prícipio da contradição e não pensou mais nisso...
      ...portanto há que seguir o exemplo!
      Mas gosto em particular das crenças do reino de Doblez...
      Quanto aos Mosaícos (aténção que leva um acento agudo no i, senão ainda se confundiam com chão de cozinha) e do que aconteceu à Vinlândia, saberemos na continuação próxima...

      (ou não tão próxima se não me apetecer escrever acerca disto)

      Sim, que isto um gajo anda-se a esforçar por dar a conhecer uma página esquecida e apagada da História para depois levar com gajos a dizer "há, e tal, quando Berlim foi inventada já não havia nemistas há bué, e não sei o quê"...
      ...isto tira o ânimo a qualquer um...

      :)

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    2. :)) Notaste a falta do acento agudo no I dos Mosaícos, mas não reparaste no erro que dei (propositado) no nome no Parvo - o que das terras ficou despojado - eheheh

      :)

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    3. Reparei mas não liguei muito, porque ninguém sabe ao certo como se escrevia o nome do parvo. Eu apenas faço uma transliteração fonética, porque as escritas e línguas daqueles tempos perderam-se...
      Consequentemente, quem me diz que não é a tua maneira de escrever que está certa?

      Anyway, ele não ficou despojado das terras. Se te lembras da história de Baalbaq, o Asqueroso, a Vinlândia foi tomada por causa de um atentado terrorista contra as Torres dos Trê Sabias, sem que alguma vez houvesse uma prova concreta. Shimiu, o Parvo, apenas deu aquilo que não era seu, pelo que não lhe custou muito...

      :)

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O QUÊ?!?!? ESCREVE MAIS ALTO QUEU NÂO T'OUVI BEM!