terça-feira, 16 de junho de 2015

Quase todos os dias, pela manhã, um pouco antes das 8:00, no metro, entre o Cais do Sodre e a Baixa-Chiado, me cruzo com uma Senhora.
Esta Senhora é obviamente roqueira. Deve estar a meio dos quarentas, como eu, veste quase sempre de preto, como eu, e ignora por completo quem está à sua volta, ao contrario de mim que me detenho nos detalhes de quase toda a gente na carruagem…
…sou um gajo observador, o que é que hei-de fazer…
Ela tem olhos de um azul profundo, cabelo comprido, escorrido, preto, até ao fundo das costas, está quase sempre de mini-saia ou mini vestidos, se bem que não abusadoramente mini, sempre de stilletos clássicos.
Quase todos os dias, pela tarde, pouco depois das 17:00, no metro, entre a Alameda e a Baixa-Chiado, me cruzo com uma jovem.
Esta jovem é… Simplesmente! Deve estar a meio dos vintes, ao contrario de mim, veste quase sempre de preto, como eu, passa a vida a olhar em volta, não tanto para observar os outros, como eu, mas para ver quem a observa.
Tem uns olhos de um azul límpido, cabelo comprido, ondulado, meio alourado que lhe escorre em cascata até ao fundo das costas. Está quase sempre de mini-saia ou mini vestido, por vezes abusadoramente minis, anda quase sempre com uns Pumps transparentes abusadoramente altos.

Ambas são mulheres lindas…
Mas há uma enorme diferença entre as duas, para além da idade e da cor do cabelo…
A primeira destila classe! Não pela maneira como se veste, mas pela postura, pela maneira como anda…
A segunda, vulgaridade! Não pela maneira como se veste, mas pela postura, pela maneira como anda…

São este tipo de observações que leva alguns amigos meus a ficar a olhar para mim, quando estamos num lado qualquer e há um comentário sobre alguma mulher presente.

O hábito não faz o monge, por mais que muitos assim o desejassem. A personalidade parece transparecer através das roupas, fazendo trapos do chinês ficarem divinais e roupas de marca vulgares. A classe não está na roupa, está na postura. Quanto muito a roupa pode ajudar a fazer transparecer essa classe.
Pode-se ter armários de tudo quanto é topo, mas isso não muda a personalidade. Quando a personalidade não está lá, usar um Carolina Herrera ou um Fabio Lucci vai dar ao mesmo.
Mas, quando se tem personalidade, o Fabio Lucci quase que brilha no escuro!

E vem isto a propósito de quê?
Sei lá…
…apeteceu-me!

1 comentário:

  1. Concordo com tudo o que disseste e aplico o mesmo pensamento aos homens.
    A beleza e a elegância não se definem pela roupa que se veste, antes pelo contrário. Há certos pormenores que fazem toda a diferença: o olhar, o comportamento, certos gestos....
    :))

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O QUÊ?!?!? ESCREVE MAIS ALTO QUEU NÂO T'OUVI BEM!