Mas, se pensarmos um pouco, se calhar essa não é a verdade.
Se calhar, e só se calhar, somos nós que estamos desligados deles.
Pensem por um bocadinho…
Se calhar o governo e o parlamento são assim uma espécie de filhos de uma nação que somos todos nós. São, portanto, nossos filhos. E não há lei nenhuma no Universo que diga que, apesar de todos os nossos esforços, de lhes darmos educação, de nos esforçarmos e querermos o melhor para eles, que eles não tenham um carácter próprio, um feitio próprio e que nos venham a desiludir…
…mesmo apesar do nossos maiores esforços, das nossas noites acordados, preocupados com eles!
No entanto, se os deixarmos a crescer ao Deus dará, se não lhes dermos atenção, haverá uma maior propensão para eles sentirem que tem de se desenrascar, como podem, sem um auxilio de nós, os pais. Acabam por arranjar algumas más companhias, e vão fazendo de tudo, visto que não queremos saber. E não são eles que estão desligados, somos nós!
E nós, enquanto pais dos governos e das assembleias constituintes deste país, podemos em consciência dizer que não temos sido negligentes?
Enfio a carapuça. Por comodismo sempre fui negligente. Em minha defesa direi que por alguma razão não tenho filhos! Mas não será desculpa. Muito menos o é o facto de poder considerar que (ainda) não me “lixaram” o suficiente para me sentir obrigado a (re)agir, podendo, portanto, dar-me ao luxo de ignorar, permanecendo apático (negligente).
ResponderEliminarMas já dizia o poeta “o mundo é composto de mudança”…
Grande abraço e obrigado por esta tua excelente reflexão,
FATifer