quinta-feira, 28 de abril de 2016

Teorias Nmistas: T.I.A. – Teoria da Imbecilidade Associativa

O Necrofagismomacrobioticoexistencialismo deparou-se desde há longo tempo com problemas cuja resolução levou, de forma algo lenta, é certo (pelo facto de não poderem pensar), mas inexorável, à criação da Teoria da Imbecilidade Associativa, doravante aqui referida por TIA.
Foi Uruk, o pequeno, com todo o tempo livre que tinha no exilio e provavelmente estimulado pelos estalos na língua das Baterias de Bagdad que, através da observação directa e pura chegou à formulação desta teoria.
Afinal não é de todo difícil encontrar imbecis, pelo que através de um simples processo de elucubração se pode chegar a conclusões que, embora absolutamente claras e lógicas, podem até ser chocantes para algumas pessoas.
Qualquer organização que seja, num dado momento da sua existência, infiltrada por um imbecil, passa a tender imediatamente para a imbecilidade.
E porquê?
Deve-se isto ao facto de os imbecis conseguirem de tal forma imbecilizar todos os processos que, embora por vezes contra a vontade da maioria, estes ficam tão distorcidos que não há volta a dar. Por norma tem de se refazer todo o processo de forma a desimbeciliza-lo. Claro que isto, dá trabalho, que é uma coisa que ninguém gosta de ter. Assim sendo, a única maneira segura de desimbecilizar um processo é, por norma, retirar  o imbecil da equação.
Ora isto nem sempre é fácil. Existem apenas duas opções para tal:

Opção 1 – o imbecil é despedido e pronto, repõe-se assim o equilíbrio dentro da organização.

Opção 2 – é impossível despedir o imbecil, pelo que, a maneira mais simples de conter os danos é promover o imbecil a um cargo de chefia de um departamento onde não haja imbecis. Há assim a esperança de os subalternos conterem a imbecilidade do chefe.

Na maior parte das vezes é usada a opção 2, visto que a opção 1 acarreta, por norma, problemas com sindicatos e com outros imbecis também. Ora sendo esta opção tão largamente utilizada, o problema sobe de tom, uma vez que entre as próprias chefias se cria um mau estar geral. Assim como quando os imbecis são subalternos começa a haver algum desconforto por causa dos colegas, uma vez que entram às horas que querem, saem às horas que querem, fazem o que querem e quando querem, ninguém lhes dá trabalhos de responsabilidade pela sua reconhecida imbecilidade e quando tem alguma tarefa menor e falham ninguém lhes chama a atenção pelo simples facto de que já se esperava que falhassem, quando eles são promovidos para os cargos de chefia, continuam exactamente no mesmo registo sendo que os quadros superiores acabam por agir da mesma forma, nunca os responsabilizando por nada e desculpando os erros com a frase “coitado, também não se esperava mais dele…”.
 Mas o problema mais grave advêm do facto de que os próprios subalternos, não sendo de todo imbecis, começarem a aperceber-se das vantagens de ser imbecil, ganhando assim tendências para a auto-imbecilização. Por tudo isto o facto de um único imbecil ser autorizado a existir dentro de uma organização pode levar à imbecilização de toda a estrutura produtiva.
Se a organização não tiver uma estrutura suficientemente forte a nível dos seus altos quadros que lhe permita debelar numa altura precoce o alastramento da imbecilidade, verá sem qualquer sombra de dúvida a produtividade descer a pique, sendo que chegará a uma altura em que a sua mera existência é uma imbecilidade.
Mas mais grave ainda é se tudo isto se passar num serviço público. De facto, nos serviços públicos os imbecis vão subindo nas hierarquias pela própria força dos números e, quando chegam ao ponto de serem directores gerais e administradores, por norma o passo a seguir é passarem para a política activa, tornando-se parte das estruturas executivas ou legislativas de um estado.
Infelizmente, esta teoria de Uruk, o pequeno, aquando da sua divulgação, foi recebida com cepticismo por parte da maior parte dos imbecis que a receberam, pelo que nada mudou…
…desde aquela altura perdida na noite dos tempos até aos dias de hoje!

4 comentários:

  1. «Por tudo isto o facto de um único imbecil ser autorizado a existir dentro de uma organização pode levar à imbecilização de toda a estrutura produtiva.»

    O grau de efectividade desta situação é desde logo de 50%. Mas tende a aumentar, até porque uma estrutura admite sempre mais do que um imbecil.

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    1. Impontual,

      Por vezes, dependendo do imbecil, claro, ultrapassa largamente os 50%!
      Mas no mínimo é isso, subindo logaritmicamente em função do nº de imbecis presentes na organização!
      E claro, se descambar para a auto-imbecilização...

      :)

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  2. Isto é coisa de imbecis, xôr Gil :)))

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O QUÊ?!?!? ESCREVE MAIS ALTO QUEU NÂO T'OUVI BEM!