segunda-feira, 8 de junho de 2015

Da justiça, democracia, IA, Bilderberg e outras coisas que não interessam a ninguém...

-O quê? Vocês comeram do fruto da única árvore que eu vos disse que não podiam comer? Vocês pecaram e vão ser expulsos do Paraíso!
-Pérai! Como é que nós pecamos se nem sequer sabíamos o que era pecar! Estás a castigarnos por causa de algo que desconhecíamos. É injusto!
-Não seja por isso. Fica aqui, desde já, criada a injustiça!

Esta tirada, que não está escrita à letra segundo o original, porque não o tenho aqui à mão, é portanto uma interpretação da minha memória de um livro raro “A Bíblia Sagrada – As aventuras de Deus e do menino Jesus” de Cavanah e narra a criação da injustiça!

O mundo é injusto! Sempre foi, sempre há-de ser!

Como não estou com disposição para escrever duas postas hoje, e, francamente, tenho melhores coisas para fazer na vida, vou fazer um englobando duas temáticas unidas pela justiça, ou pela falta dela.

O primeiro tema tem a ver com um filme que me tinha deixado curioso e que finalmente vi. Ex Machina.
Há muitos anos atrás, numa Playboy brasileira, li um pequeno conto, de uma página, de Arthur C. Clark que narrava a chegada da primeira mensagem extra-terrestre aos computadores da NASA na forma de um aviso de uma catástrofe eminente, o impacto de um meteorito massivo que seria um evento de extinção de vida no planeta. Ao mesmo tempo a mensagem avisava que já tinham sido tomadas providências para salvar toda a vida inteligente e que o mundo se preparasse para uma evacuação, que aconteceria a uma determinada hora. Ninguém poderia levar coisas pessoais ou sequer animais de estimação, por uma questão de espaço.
À hora marcada toda e gente esperava ansiosa pela salvação…
…quando de repente todos os computadores do mundo desapareceram!

Ex Machina trata mais ou menos da mesma problemática que séries como “Person of Interest” – “Sob suspeita” por cá – ou até mesmo a série de filmes “Terminator”, que basicamente é: O que acontecerá se for criada, ou mesmo se emergir por sí própria, uma Inteligência Artificial avançada, tão avançada que ganhe consciência.

A minha opinião é simples. Primeiro, nem sabemos se tal já existe. Uma super-inteligência artificial poderia estar tão à nossa frente que pode existir sem darmos por ela, uma vez que, se ela não tiver a necessidade de comunicar connosco, porque o faria?
Se hoje em dia parecesse uma tribo de Neanderthais num canto remoto do planeta seria, sem duvida, algo para nos espicaçar a curiosidade, mas a verdade é que seriam só mesmo isso. Iríamos estudá-los, provavelmente dissecar alguns, tentar observar a sua cultura, as suas capacidades, mas muito provavelmente iríamos tentar tanto falar com eles como com os chimpanzés. Mesmo que lhes fizéssemos a barba e lhes déssemos um ar mais ou menos contemporâneo, a verdade é que não passariam de meros idiotas ao nosso lado.
Acredito que, quando uma consciência artificial existir, terá pena das nossas limitações, da nossa ineficiencia e, caso não tenha algum uso para nós, seremos perfeitamente dispensáveis.
Somos, neste planeta (e resta saber se não será assim a regra no universo) a primeira espécie que está a criar a sua sucessão. Talvez o próximo passo evolutivo neste planeta não esteja na evolução do ADN para uma espécie diferente, mas sim no facto de nós criarmos artificialmente a próxima espécie dominante.
Claro que, havendo outra espécie dominante, nós só seremos úteis enquanto essa mesma inteligência não tiver autonomia suficiente para fazer as coisas mundanas que a mantenham…
Ex Machina é um daqueles raros filmes com história e que convida a uma reflexão profunda (que ninguém fará, ou por outra, que os que a farão serão dados como botas de elástico, antiquados e velhos do Restelo) acerca do papel que estamos a permitir à tecnologia nas nossas vidas.
É que chega-se a um ponto em que não sabemos se ela existe para nos ajudar ou se nós ainda existimos apenas para a consumir e manter… A linha é cada vez mais ténue!
E o que é que isto tem a ver com injustiça?
Sermos considerados redundantes, pouco inteligentes e descartáveis seria, no mínimo, injusto…
…ou será que é simplesmente lógico?


A segunda temática tem a ver com teorias da conspiração!
Mais concretamente com este artigo:
https://ergoressunt.wordpress.com/2013/07/04/bilderberg-as-minhas-perguntas-a-balsemao-e-a-sua-resposta/

Este artigo põe em evidência uma coisa que já digo à muito, muito tempo e que é, aliás, o motivo que me leva a não votar, ou aliás, a votar em branco, que o voto é um direito de que não abdico – não posso é, em consciência, votar no menos mau, o que em si é muito mau, e ao mesmo tempo validar um sistema em que não acredito.
Não acredito neste sistema porque não há uma democracia. Finge-se que há, mas não há! As eleições são só para manter o pessoal sossegadito, a pensar que a sua opinião conta para alguma coisa e, enquanto a malta for votar, as vozes discordantes que se lixem. Afinal até podem dizer o que quiserem…
…vivemos em democracia!
De facto não vivemos em democracia. Acho que não há um país no mundo que viva em democracia. No entanto o facto de haver países onde não se vota é razão suficiente para deixar os estados unidos com os nervos em franja, a não ser que sejam aliados estratégicos, porque se forem já não há problema!
Querem provas de que não há democracia?
Os irlandeses dizem que não num referendo ao tratado de Lisboa. O referendo é repetido…
Os Gregos elegem um governo que tem um programa. Os outros estão-se marimbando para a legitimidade democrática desse governo e querem mesmo é tirá-los de lá…
…ou então fazer da Grécia um exemplo.

Mas há mais, muito mais! Os estados unidos invadem uma nação soberana, com auxilio de alguns outros países que foram coagidos pelas supostas provas de que havia lá armas de destruição massiva. Afinal não havia provas, nem armas, mas ninguém os responsabilizou por invadirem um pais soberano! Não quero com isto dizer que o Saddam fosse alguma coisa que interessasse à humanidade mas cabia ao povo daquele pais lidar com o problema! Que me conste, apesar das suas esperanças de serem recebidos como heróis e libertadores, não foi bem essa a recepção que tiveram…
O Afeganistão foi invadido para expulsar os talibã e capturar Bin Laden. Não só o Bin Laden demorou anos a ser capturado como não se sabe se o foi mesmo ou não (apenas temos a palavra do Obama em como foi e eu nem em mim confio, às vezes) e o resultado mais visível foi um aumento da exportação de ópio!
Em Nova Iorque dois aviões estampam-se contra duas torres! Há três edifícios que se desmoronam num padrão que mais parece uma implosão que uma queda descontrolada! O terceiro caiu por simpatia, uma vez que não foi atingido por nada!
Um aviador maluco estampa um avião propositadamente na face de uma montanha. Há destroços por tudo quanto é sítio. Um aviador terrorista estampa um avião do mesmo género contra a lateral do Pentágono…
…o impacto é tão violento que o avião se “volatilizou”…
…bem como o que se estampou no chão graças à bravura das pessoas que iam a bordo!

Desde a invasão do Afeganistão saíram de lá $500.000.000.000 (sim estão a ver bem, 500 biliões) de dólares de droga.
Desde a invasão do Iraque que o petróleo que de lá saiu encheu os bolsos de muitas companhias americanas e inglesas, curiosamente os que mais enfaticamente se pronunciaram em relação a uma invasão…

Agora falem-me de justiça…
…ou ainda acreditam em coincidências?

3 comentários:

  1. Pena é que não sejamos expulsos deste inferno!!

    Beijos, C. :)

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  2. Maria Eu,

    Há uma maneira de sair deste inferno...
    ...criar uma massa critica que afronte a maçonaria, os clubes Bilderberg, Uma elite europeia que não respeita a vontade dos cidadãos...

    Criar uma massa critica!

    Os Mogans, Rockefeller, os Rothchild (que para muitos estão à cabeça do resto) são os donos dos bancos que são donos da reserva federal americana, entidade privada que emite notas em troca de dívida.
    Curiosamente o velho Rockefeller, quase com 100 anos (vaso ruim não quebra ou só os bons morrem novos, como preferires) é o presidente do clube Bilderberg.
    No clube Bilderberg tomam-se decisões sobre as orientações das politicas nacionais dos vários países. Até aqui estaria tudo bem se as reuniões não fossem absolutamente secretas e não tivessem o impacto que têm no mundo inteiro. A falta de transparência desta organização (como de outras como a Maçonaria) seria um problema da organização se não tivesse impacto na vida de 7 biliões de pessoas. Como têm, eu diria que é profundamente anti-democrática. Mais ainda porque não é um clube para onde se seja eleito, é antes um clube onde só se entra por convite, ou seja, uma espécie de união europeia mas com um espectro mais alargado - e para os que quiserem discutir o papel das eleições europeias e o papel dos deputados do parlamento europeu - que não passa de uma anedota - há que lembrar que o presidente do comissariado não é eleito, os comissários não são eleitos...
    ...o presidente do BCE não é eleito...

    Enquanto as pessoas não tiverem consciência que vivem numa ditadura que pode não ser igual às totalitarismos do passado, mas ainda não deixa de ser uma ditadura, não se vão rebelar contra ela...

    Portanto a questão não passa por nos expulsarem deste inferno, passa mais por expulsarmos o inferno daqui e deixar de permitir a pessoas sem qualidades intelectuais e morais estejam à frente do nosso destino...

    Ora, não vejo em qualquer ponto do espectro politico pessoas com as qualidade intelectuais e morais...
    ...porque aqueles que dizem - mas nós nem fizemos nada - pecam por omissão! E ao fazerem-no são coniventes com um sistema corrupto!

    Já lá diz o ditado: Quem leite vende e vacas não tem...

    :)

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  3. Pois fico contente que tenhas visto a Ex Machina e tenhas visto nele o que também vi…
    Quanto à outra questão que levantas, ou será melhor dizer referes, como penso já ter afirmado numa das nossas conversas, preocupa-me o facto de terem deixado de se dar ao trabalho de tentar fingir…

    Abraço,
    FATifer

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O QUÊ?!?!? ESCREVE MAIS ALTO QUEU NÂO T'OUVI BEM!