quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Admitamos que...

...não deixa de ser irónico o facto de o mundo parar porque uma banda que já não o é, neste momento é um duo, mais concretamente o Senhor David Gilmour nos seus veneráveis 68 anos e o Senhor Nick Mason, que já conta com 70 anos, editarem um álbum!

Mais fantástico ainda é o facto de ser o álbum mais reservado na história, batendo os putos "One Direction", cujo nome se refere, certamente, à direcção que os seus álbuns terão daqui a uns anos quando as suas fãs crescerem um bocadinho - Lixo!

Este não é nem nunca será o álbum mais brilhante de Pink Floyd. Mas talvez venha a ser um dos mais relevantes, sobretudo se se confirmar que será o último álbum de Pink Floyd!

Mas não será relevante só por isso.

Numa época de comida de plástico, de facilitismos, em que o sucesso de um grupo se mede não pela sua obra mas pela quantidade de singles orelhudos que darão bons videoclips para a MTV, fazer um álbum instrumental que têm uma única canção no fim, a fechar, e que é um hino à arte de fazer música, ou por outra, um hino à própria música enquanto arte, que obriga a parar para ouvir a totalidade da obra e não apenas as suas partes dispersas é algo, no mínimo, corajoso.

Talvez seja este o canto do cisne dos Pink Floyd, apesar da vontade enorme que o Nick Mason têm de ir para a estrada e fazer tours. Não sei se o será precisamente pelo Nick Mason que já afirmou que se o David deixar de lado os Pink Floyd em definitivo se vai dedicar a fazer tours mundiais em que toca sozinho as partes de bateria do "The dark side of the moon", e que mesmo que isso não aconteça, quando morrer a inscrição na sua pedra tumular será "Não tenho bem a certeza se a banda acabou"!

Mas, como disse o próprio David, em entrevistas recentes, quem sabe se "Louder than words" não verá a luz do palco na sua próxima tournée do seu álbum a solo que sairá, eventualmente, ainda este ano!

Depois da desilusão de ter a certeza que nunca verei Led Zepplin ao vivo, Após o Robert Plant ter rasgado um contrato milionário que ia levar os Led Zepplin numa tou de 33 datas, espero vir a ter o prazer de assistir a um próximo concerto do David...

...ou, quiça, novamente a um de Pink Floyd...

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