…e foi assim que me tornei uma fonte inesgotável de orgasmos para a Margaux! Ao ponto de ela andar completamente esgotada mas permanentemente com um sorriso nos lábios!
Chegou a aparecer-me no emprego, a meio da manhã e a arrastar-me para uma casa de banho… E eu até achava piada! Mas às vezes o meu maxilar já se ressentia!
No entanto, a condição dela não se alterou, pelo que, cada vez que tentávamos alguma coisa que envolvesse eu tirar a roupa, o caldo estava entornado… por vezes literalmente!
Ora isto não passou despercebido à Cris, e ela estava genuinamente preocupada comigo!
Juntando a isto o facto de a Sofia continuar a subir paredes, o ambiente na banda estava mesmo estranho! Ao fim de quinze dias a coisa estava mesmo no ponto de ebulição!
-Vamos lá despacharr o ensaio que eu ainda querro irr terr com o Frredy! – Disse a Mar-gaux, com o seu enorme e rasgado sorriso na cara!
-Vê lá é se um dia destes fazes alguma coisa pelo rapaz… - deixou escapar a Cris inadverti-damente!
-Fazer alguma coisa por ele? Mas porquê? – Perguntou a Sofia que não deixou escapar o comentário da Cris!
-Nada, deixa… - respondeu a Cris!
-Não me digas que esta gaja ainda não…
Tás parrva? – Interrompeu de imediato a Margaux – Nós temos sexo a toda a horra, se querres saber… E ele é marravilhoso!
-Margaux, não te estiques! – Disse a Cris – Achas que ele terá a mesma opinião?
-Mas clarro… Porrque é que não havia de terr?
-Porque não me parece que numa contagem de orgasmos a coisa fosse equilibrada…
-Bem, nem serria! Ele faz-me virr como nunca ninguém fez…
Isto bateu nos nervos da Cris!
-Pois, é capaz… mas quantos orgasmos é que ele teve desde que estão juntos?
-Bem, ele… ele…
-Tu não me digas que neste tempo todo foste tão egoísta que não fizeste nada por ele! – Perguntou a Sofia!
-Clarro que fiz! Passo a vida a beijá-lo… e… e… já lhe chupei e morrdi a orrelhas… e… e…! – E a Margaux parou de falar. Foi a Sofia que falou por ela!
-És uma péssima namorada, é o que é!
Ao ouvir isto a Margaux atirou-se à Sofia violentamente. A Sofia viu-a a atirar-se e agarrou no baixo, usando-o como escudo! A Cris desligou a guitarra, sentou-se numa mesinha, acendeu um cigarro e ficou a observar!
Foi uma cena de porrada épica! Se houvesse ali uma piscina com lama dava para cobrar bilhetes! A coisa só parou quando o João entrou de repente, dando com o caos absoluto, com peças da bateria espalhadas por todo o lado e um baixo cheio de mossas a ser usado como arma!
-Chiça! Vocês são mesmo! Definitivamente, uma banda de rock!
As duas pararam, envergonhadas! A Cris levantou-se, chegou ao pé das duas, virou-se para a Margaux e disse-lhe:
-Pá, foi divertido ver isto! Mas a verdade é que a Sofia tem razão e tu sabes disso!
A Margaux olhou para a Cris, o seu rosto ficou triste, as lagrimas brotaram, e disse com uma voz embargada:
-Eu sei!
Depois olhou para a Sofia, levantou-se, deu-lhe a mão para ela se levantar também, e só lhe disse:
-Anda comigo!
Saíram e vieram directo ter comigo, que estava entretido a desenhar e à espera da Mar-gaux! Agora podem imaginar a minha surpresa de ver as duas a entrar pela porta!
O ar da Margaux era sinal de que algo se passava. A Sofia estava, aparentemente, tão sur-preendida de ali estar como eu de a ver ali!
-Olá Sofia! Que é que se passa, Margaux? – Perguntei eu, preocupado!
A Margaux ficou um pouco a olhar para mim em silêncio! Olhei para a Sofia e ela limitou-se a encolher os ombros e a fazer-me uma expressão de “Não faço a mínima ideia”!
-Frredy,… – começou finalmente a Margaux com um ar grave - …eu sei que não tenho sido uma boa namorrada!
-Ora, Margaux…
-Não! Esperra! Deixa-me falar, porr favorr! Não tenho sido! Tu tens sido um querrido! Tens satisfeito as minhas necessidades… Mas eu estou longe de conseguir prreencherr as tuas!
-Mas…
-Não, Frredy! Eu não consigo fazer nada acerrca disso, pelo menos porr agora!
-Mas eu posso esperar..
-Mas eu não sei se alguma vez vou conseguir ultrrapassarr isto! Eu querro, mas não consi-go! E tu merreces muito mais do que isso!
Fiquei em silêncio a olhar para ela! Será que, pela primeira vez, ia passar por acabar uma relação?
Curiosamente, ao contrário do que eu esperava, não estava a ser uma experiencia particularmente dolorosa! Era até uma espécie de um alívio! Acho que foi ai que percebi que não gostava verdadeiramente da Margaux! Tinha sido uma relação quase por defeito… Não por escolha, pelo menos minha! Aliás, nem sequer escolhi! Ou seja, a minha inacção levou-me a mim, a ela e à Sofia a este ponto!
-Porr isso, Frredy, querrido Frredy, pelo menos enquanto eu não conseguirr ultrrapassarr o meu prroblema, é melhorr acabarr-mos!
E dito isto, com lágrimas nos olhos, embora estivesse a tentar ser forte, chegou-se ao pé de mim, deu-me um beijo, virou-me as costas, olhou para a Sofia e disse-lhe:
-Esperro que consigas fazê-lo tão feliz como ele te vai fazerr… - e sem mais uma palavra saiu pela porta deixando-me a sós com a Sofia, que estava tão estupefacta como eu!
Eu fiquei abismado, mas a Sofia, passada a estupefacção inicial, levantou-se, sentou-se ao meu lado, abraçou-me:
-Bem,… - disse ela com um sorriso - …aparentemente ficámos os dois!
-Ya… - respondi eu, sem saber o que havia de fazer!
Ela tomou conta da situação! Abraçou-me, beijou-me, despiu-se, roçou-se, numa espécie de quase repetição da rotina que eu tinha com a Margaux, e tal com a ela, acabei por lhe apli-car o já tão famoso tornado!
Ela passou-se! Completamente! E eu levei-a à quase exaustão e findo isso deitei-me ao lado dela!
-Estás bem? – Perguntei-lhe!
-Ai! Mais que bem! Eu não sabia que isto era possível! Agora já percebo o sorriso estupido com que a Margaux andava…
-Ya!
E ela chega-se a mim, beija-me…
-Queres mais? – perguntei!
-Muito mais!
Suspirei…
-Mas já me dói um bocado o maxilar…
Ela levantou-se, começou a arrancar-me a roupa do corpo, fez um sorriso sacana e disse:
-Sabes, há algumas vantagens em namorares uma miúda que não fica nauseada quando te despes…
E pude constatar essas vantagens logo a seguir…
Bom... a coisa táss a arranjar :))
ResponderEliminarnoname,
ResponderEliminarTá!
Tá quase no fim...
:)