segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O disco de blues mais vendido de sempre...

...e acerca do qual há uma história curiosa!
Cresci com o Gary Moore como heroi da guitarra dos anos 80. Sabia que tinha passado pelo Thin Lizzy (fugazmente - aliás, aparentemente ele desapareceu no meio de uma digersão e fugio para casa do Glen Huges, ex-baixista de Deep Purple, a quem o Phil Linnot telefonou a perguntar por ele...), mas aquilo que conhecia mesmo era a sua carreira rockeira a solo, onde constam perolas como "Murder in the skys" ou "Over the hills and far away" que foi um mega sucesso.
Sempre achei que, ainda assim, não lhe davam o credito devido.
Sempre o vi com as suas Fender Stratocaster artilhadas para tocar heavy metal, com tremolos Floyd Rose e cenas afins!
Imaginam a minha surpresa quando sai este album, "Still got the blues" e o vejo, não só a tocar blues, como com uma guitarra Les Paul!
Aquilo que eu não sabia é que essa guitarra Les Paul tinha, ela própria, uma história bem grande por detrás! Era a guitarra de Peter Green, fundador e mentor dos Fleetwood Mac!
Esta guitarra tinha (e tem, que ainda existe) um som único! 
Para começar, era uma Les Paul de 1959, ano abençoado para estas guitarras! Como comparação a Les Paul está para as guitarras como os Stradivarius estão para os violinos! Uma Les Paul com tudo de origem e em condição excelente é coisa para custar um quarto de milhão de dólares (que o diga o australiano que descobriu uma no sótão do avô, quando o mesmo morreu, e descobriu que lhe tinha saído a lotaria)!
Depois, o som destas guitarras está espalhado pela melhor música que foi feita na segunda metade do século XX. Eric Clapton, Jimmy Page, Peter Green, Paul Kossov e tantos tantos outros nomes grandes da guitarra electrica cimentaram a Les Paul de 59 como uma referência!
Mas esta, particularmente, tem uma história ainda maior. Conta-se que o técnico de guitarras do Peter Green, numa operação de limpeza de rotina, desmontou os pickups da guitarra e quando os montou colocou um íman ao contrário, fazendo os Pickup´s ficar fora de fase. Este acaso acabou por criar o som de assinatura dos Fleetwood Mac.
Anos mais tarde quando o Peter Green deixou de tocar, vendeu a guitarra a um jovem talentoso e que estava a começar a dar que falar por uma ninharia. Ele apenas queria que a guitarra ficasse em boas mãos. O jovem era, nem mais nem menos que o Gary Moore.
Escondida do mundo durante muitos anos, acabou por ser desenterrada para fazer este album, onde, mais uma vez, o seu som único foi preponderante. Não é talvez à toa que a guitarra seja focado no vídeo da maneira que é...
Acompanhou o Gary Moore até à sua morte. 
Não sei onde ela pára neste momento, mas um instrumento destes deveria ser tocado. Sé é verdade que, além daquilo que custaria normalmente, é ainda mais valiosa neste momento por ter pertebncido a dois guitarristas absolutamente marcantes, a sua voz deveria continuar a ser ouvida! As guitarras tem a sua personalidade e a desta está empregnada em quase 60 anos de música, desde que foi feita...
Update: Afinal parece que Gary Moore se separou dela em 2006, vendendo-a a um coleccionador privado de Londres. No concerto do ano passado de Joe Bonamassa no Royal Albert Hall esse dito coleccionador levou a guitarra, mostrando-a ao Joe, e sugeriu-lhe que, se ele quisesse, poderia tocar com ela ao vivo...
...coisa que, obviamente, o Joe fez. Tocou com ela uma música de Gary Moore, "Midnight Blues", e ainda "Who's been talking" e "Happier times".
Procurem no youtube, se tiverem curiosidade...

2 comentários:


  1. Gooooooooooooooooooooosto!!! :))

    E é ao som deste blues magnífico que te deixo votos de um

    ……………¨♥*✫♥,
    ………,•✯´………´*✫
    …….♥*……………. __/\__
    .….*♥……………… .*-:¦:-*…
    …¸.•✫……… FELIZ NATAL…
    ...*♥………………………¨♥*✫♥…
    .,•✯´…………………………,•✯´……
    •♥……………………Muitos beijinhos
    ✯………………………Afrodite (^^)

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