terça-feira, 10 de setembro de 2024

Renascimento (II de XL)





Ela estacionou o carro em frente à loja e, como no dia anterior, a porta estava fechada.

Calculou que o encontrasse no que quer que aquele estabelecimento fosse, e dirigiu-se para lá. Entrou e a cena que encontrou pareceu-lhe quase surreal. O silêncio no sítio parecia sepulcral, à excepção do som que vinha de uma televisão na parede. Apesar disso, o sítio estava cheio de homens. Aparentemente todos os homens da vila, novos e velhos, e uma ou outra mulher, estavam ali de olhos pregados no ecrã, de tal forma que a sua presença parecia não ter tido qualquer efeito neles, coisa a que ela não estava de todo habituada.

De repente todo o sítio explodiu num caos enquanto todos gritavam “Golo” e se abraçavam, brindavam, alguns até ensaiavam paços de dança. Na televisão estava, em directo, um jogo de Soccer. Só quando o sítio acalmou um pouco a sua presença pareceu ser notada. 

Ela olhou em volta vendo Rob sentado numa mesa ao fundo, repleta de copos de cerveja e pires com um aperitivo qualquer que ela não conseguiu identificar, umas rodelas amarelas parecidas com M&M’s, mas que claramente não o eram, uma vez que tinham casca. A mesa de Rob estava completamente ocupada e ela ficou momentaneamente sem saber o que fazer, até porque parecia não haver qualquer lugar sentado, com mais de metade dos presentes de pé.

Mas recompôs-se rapidamente, chegou ao pé do balcão e dirigiu-se ao dono:

-Can I have a Coke please?

Ele olhou-a durante algum tempo, como se fizesse um esforço, dirigiu-se ao frigorífico, tirou uma lata e mostrou-lha. Ela acenou afirmativamente. Ele colocou a lata no balcão e pegou num copo e numa palhinha, mostrando-lhe ambas com um ar inquiridor. Ela apontou para a palhinha e ele entregou-lha.

Ela agarrou na lata e na palhinha, dirigiu-se à mesa de Rob. A maior parte dos homens, por esta altura, tinha um sorriso sacana e um olhar meio parvo quando olhavam para ela, com um ou outro mais atrevido a lançar um assobio. Todos menos Rob, que estava à conversa com os seus companheiros de mesa. Ela chegou ao pé da mesa.

-May I sit with you, please?

-Well, the table is full and there are no chairs available. If you want to sit, you’ll have to ask one of them.

-Would you come outside so we can talk?

-Sorry,… - disse ele apontando para a televisão - …but this is a really importante game.

Ela ficou visivelmente irritada, mas controlou-se. Fez o seu sorriso mais doce, o seu ar mais apelativo e angelical, que ela sabia capaz de derreter o coração masculino mais empedernido e dirigiu-se aos companheiros de mesa.

-Would any of you gentleman allow me to sit?

Eles olharam para ela, olharam para Rob. O que estava mais perto dela perguntou a Rob.

-O que é que finória quer?

-Quer sentar-se aqui.

-Porquê?

-Quer falar comigo.

-Durante o jogo?

Rob encolheu os ombros. O tipo agarrou no copo com um ar contrariado, levantou-se e foi para o balcão.

Ela sentou-se finalmente.

-Rob,… - começou ela. Num gesto quase repetido do dia anterior ele levantou a mão, apontou para a televisão e fez-lhe sinal para ficar calada. Ela ruborizou e ele agarrou no copo, deu um trago tirando depois uma daquelas rodelas amarelas que mordeu e espremeu, fazendo a casca saltar comendo depois o conteúdo. Sem uma palavra, chegou o pires mais para o lado dela, num claro convite para ela provar.

Ela hesitou, mas tentou imitar Rob. O sabor não tinha nada a ver com o que ela esperava, era levemente amargo e muito salgado ao mesmo tempo. Parecia uma espécie de grão mas era estranhamente bom. Mas dava sede e ela apressou-se a beber um golo da sua bebida para tirar o excesso de sal da boca.

O Jogo continuou, e quando se aperceberam que ela estava com Rob, os olhares cessaram. Volta e meia a sala irrompia em quase violência contra a televisão, quando o jogo não corria de feição, ou irrompia em celebrações quando o contrário acontecia.

-Toda a gente torce pela mesma equipa? – Atreveu-se a perguntar a Rob.

-É um jogo da Selecção Nacional. Aqui por estes sítios há duas coisas que se leva a sério, por esta ordem: a qualidade do vinho tinto e o futebol. Mas quando é jogo da Selecção, o vinho até podia azedar, se isso ajudasse.

Ela continuou a beberricar e a comer aquelas coisas, que eram estranhamente viciantes, e o jogo lá acabou, com a pequena, mas enorme para o espaço, multidão a começar a debandar, com as pessoas a deixarem as louças e copos no balcão, para dar menos trabalho ao Zé, à medida que iam saindo.

-Já pensaste onde vais jantar? – Perguntou Rob, do nada, apanhando-a algo perdida nos seus pensamentos enquanto esperava que o lugar ficasse mais vazio para poder iniciar aquela conversa que ela ensaiara. Ele apanhou-a de surpresa.

-Achei que podíamos ir jantar os dois e falar.

-Onde?

-Não há por aqui um restaurante?

-Não.

Ela não tinha pensado nisto. Tinha conseguido um hotel decente a uma hora de distância, mas assumiu que haveria um restaurante por ali.

-Ontem falaste numa birra, e presumo que seja acerca disso que queiras falar comigo.

-Vá lá, Rob, vais continuar com isto?

-Eu não sei quem tu pensas que eu sou. O meu nome é Robert Mitchell. Não conheço nem nunca ouvi falar desse MaCallum.

-Então porque é que és tão… seco, antipático mesmo, para mim?

-Porque conheço a tua laia, e já lidei demais com gente como tu.

Ela olhou para ele sem saber o que pensar, chocada e irritada. Será que ele estava pura e simplesmente a dizer a verdade? Não, ela leu os relatórios dos detectives. Se isto era um jogo, ela estava disposta a jogar. 

-Não me digas, olhaste para a minha aparência e traçaste um retracto de quem eu sou sem sequer me dares uma hipótese de não corresponder, é isso?

-Sim. – Admitiu ele sem qualquer problema – Queres jantar?

-Estás-me a convidar? – Perguntou ela admirada.

-Não. Estou a perguntar se queres. Vou perguntar ao Zé se tem alguma coisa para comer. Se ele tiver, queres?

-Há alguma alternativa?

-Podes passar fome ou ir-te embora.

-OK. Percebi. Sim, quero. O que é que há?

O Rob dirigiu-se ao Zé, que tinha pilhas de louça e copos sujos em cima do balcão e andava a limpar as mesas:

-Tens alguma coisa que se coma?

-A gringa também vai comer?

-Ya!

-Mas tu conheces a gaja ou não?

-É complicado…

-Tudo bem… tenho ali duas postas de bacalhau e umas batatas. Queres?

-Tens couve Portuguesa?

-Mas achas que é Natal?

-Eu gosto. Se não tiveres vou ao meu quintal…

-Eu tenho.

-E junta uns ovos cozidos se tiveres!

-Estamos muito gourmet hoje. Vê lá se não queres antes uma sandes de courato.

-Tens?

-Não.

-Então porque é que ofereces. Vai lá pôr a água ao lume…

O Zé lá foi a resmungar qualquer coisa ininteligível para a cozinha e o Rob riu-se e voltou a atenção de volta para ela.

-O que foi isto tudo? – Perguntou ela.

-Estava a encomendar o jantar.

-Só isso?

-O Português é uma língua complicada.

-Parece Russo…

-Pois, mas não digas isso a um Português. 

-Mas voltando atrás, julgas que sabes quem eu sou, só pela minha aparência…

-Eu? Não. Nem sei o teu nome. Ainda nem sequer te apresentaste. Sei como és, o que é diferente.

-Miranda. E como é que eu sou?

-És alguém habituado a usar todos os meios para atingir os fins. És bonita, sabes que o és, e não hesitas em usar isso como arma para obter o que queres. Gostas de luxo, de coisas caras, porque tentas preencher o vácuo criado pela tua ambição, mas nunca és verdadeiramente feliz porque não há coisas que cheguem no Universo para preencher esse vácuo. Comprometes os princípios que aparentas ter se isso te der vantagem, portanto não tens princípios, e detestas tanto perder que alguma coisa te levou a vir de onde quer que vieste para uma Aldeia perdida no Alentejo num país que nem sabias que existia até há umas semanas, e aqui estás, prestes a comer um bacalhau com batatas e couve num buraco qualquer na companhia de um desconhecido. Falhei por muito?

Ela parecia chocada.

-Se calhar tens uma ideia errada de mim.

-Duvido.

Ela ficou sem saber o que dizer. Os planos que tinha feito desmoronavam-se. Era-lhe difícil lidar com esta muralha. 

-Então porque é que estás aqui a falar comigo?

-Fiquei curioso acerca desse Macallum e do que se terá passado para acabares aqui. Parece uma história interessante e, como vês, não se passa nada por aqui.

-Só mesmo isso?

-Sim. Mas tu é que quiseste vir, eu não te chamei cá. Mas já que estás aqui e se quiseres uma perspectiva de outro Rob… Se ele também se quis perder no mundo, talvez tenhamos algo em comum. Mas para isso convinha eu saber do que estamos a falar, senão é uma conversa estranha. Além disso o bacalhau ainda vai demorar. As batatas tem de cozer…

Ela tinha-se preparado para um encontro com Rob. Sabia que seria difícil. Sabia que provavelmente teria de ouvir insultos e aquilo que não queria. Mas não se tinha preparado para isto.

Continuava cem por cento convicta que este era o seu Rob… Bem, talvez cem fosse um exagero. Mas pelo menos uns oitenta por cento.

-O Rob MaCallum é um artista Pop que fez tours mundiais, é conhecido em todo o lado e desapareceu há oito anos atrás. 

-Ai é? Não conheço.

-Como não. Toda a gente o conhece…

-Bem, a malta aqui só ouve música da década de sessenta até meados de noventa. Ninguém acha que dai para a frente haja nada de jeito. Eu sei, estamos desactualizados, mas não incomodamos ninguém com os nossos gostos, portanto…

-Bem, ele ainda foi avistado por alguns fãs durante algum tempo, mas de há seis anos para cá perdeu-se-lhe completamente o rasto.

-E não me digas, ele desapareceu por causa de uma birra.

-Basicamente.

-Ele era famoso, rico, atraente, tinha mulheres ou homens a atirar-se aos pés dele?

-Sim, mas é casado comigo.

-Ainda é?

-Sim, nunca pedi o divórcio e ele também não.

-E ele deixou-te a ti, à fama e ao dinheiro por causa de uma birra?

Ele olhou para ela com um ar absolutamente penetrante, com um sorriso de gozo a dançar-lhe no canto do lábio.

-Foi por tua causa? – continuou ele.

Ela sentiu-se ruborizar enquanto flashes de recordações lhe passaram pela mente nesse instante.

-Foi. – Acabou por admitir.

Entretanto o Zé chegou com uma toalha de papel para colocar na mesa, colocou os pratos e talheres e trouxe em seguida uma travessa com duas postas de bacalhau coberto por batas, couve, e acompanhado de Azeitonas, um ovo cozido para cada um e um pires com alho moído.

-E tu? – Perguntou ela numa tentativa óbvia de desviar a conversa e ganhar algum tempo para se recompor. – O que é que te trouxe aqui?

Ele sorriu. Serviu-se de uma posta de bacalhau, à qual tirou a pele e as espinhas de uma forma mais ou menos rápida, algo em que ela o tentou imitar, serviu-se de batatas e couve, do ovo que abriu ao meio, temperou com azeite, pôs um pouco de alho moído por cima de tudo, esperou que ela fizesse o mesmo, depois espetou uma lasca de bacalhau, um pedaço de batata e de couve levou a boca, imitado por ela e saboreou. Quando acabou de mastigar e engolir, agarrou no pão cuja côdea estalou quando ele o partiu com as nãos, tirou um pedaço que deu a ela, tirou outro para si, molhou no azeite do prato e mais uma vez saboreou. Depois agarrou na garrafa de vinho branco, fresco, que apareceu na mesa sem ser pedida formalmente, mas que era quase implícita com o prato, encheu o copo dela até meio, encheu o seu até ao cimo, agarrou no copo de deu um golo. Ela imitou-o.

-Foi isto que me trouxe aqui. Podes comer um bacalhau com batatas cozinhado por um chefe com estrelas Michelin no restaurante mais exclusivo do mundo, mas nunca, nunca vai saber como este bacalhau com batatas.

Ela tinha de admitir que o sabor da comida, por mais simples que parecesse, estava divinal. E aquele vinho era uma preciosidade.

-Então o que te trouxe aqui foi a gastronomia?

-Não. Não percebeste. A vida aqui é como este prato. É simples, mas tem um sabor único, especial. 

-Percebo. Mas como é que vieste aqui parar?

-Queres mesmo saber?

-Sim, claro.

Ele comeu mais um pouco, num silêncio pensativo. Ao fim de algum tempo pegou no copo, bebeu-o de um trago, voltou a enchê-lo e enquanto tinha a garrafa na mão perguntou-lhe se ela queria mais, ao que ela respondeu afirmativamente.

Finalmente lá continuou.

-Eu apaixonei-me por uma determinada disciplina quando era ainda muito novo. Acabei por me tornar muito bom no que fazia, e era reconhecido pêlos meus pares, mas o meu interesse era numa parte menos mainstream dessa disciplina.

-Posso saber que disciplina era essa?

-Digamos que era qualquer coisa que tinha a ver com matemáticas aplicadas. Os detalhes não são importantes. O importante é perceberes que eu tinha interesse numa área que embora importante, em termos de rentabilidade imediata não era muito proveitosa. O que acabou por acontecer foi que pessoas à minha volta que reconheceram o meu talento e que me fizeram confiar nelas, me influenciaram a entrar em projectos mais mainstream, afirmando-me que se tivesse sucesso isso facilitaria mais tarde o poder dedicar-me ao que realmente gostava e que isso teria uma aceitação diferente.

-E tiveste sucesso?

-Muito mais do que esperava.

-E o que aconteceu, então?

-Então, esse sucesso acabou por inviabilizar qualquer ideia que se desviasse da imagem que tinha criado. Acabou por me aprisionar numa bolha. Ainda assim, levei as coisas para a frente por algum tempo. Mas depois descobri que as pessoas que tanto me aconselhavam e que me incentivavam não eram, afinal, de confiança. Tinham elas próprias os seus motivos para ganharem à conta do meu sucesso. E quando percebi isso, larguei tudo. Como o meu sucesso tinha sido muito lucrativo não estava minimamente preocupado com dinheiro, por isso viajei pelo mundo, até que cheguei aqui, um sítio que parecia nem me querer e a que tive de me empenhar e esforçar por pertencer.

-E a loja de música?

-Sempre toquei, desde miúdo, não havia nenhuma aqui à volta, pareceu-me uma boa opção.

Ela não sabia o que pensar. E esta descrição dava-lhe muito em que reflectir.

Acabaram a refeição, Rob levantou-se e começou a levar as coisas da mesa para o balcão, tirando por fim a toalha de papel, e o Zé colocou duas chávenas de café expresso em cima do balcão e dois cálices com um digestivo. Rob olhou para um dos cafés e olhou para ele.

-Pá, dá lá um café de jeito à gringa, que aquilo da água de lavar castanhas faz-me confusão.

Rob levou primeiro os cafés e depois os cálices, voltando a sentar-se.

-O Zé deve gostar de ti.

-Quem?

-O Zé, o dono. 

-Porque é que dizes isso?

-Mandou um cálice da aguardente caseira dele para provares. Isto não é para toda a gente.

-E este expresso?

-É um bom digestivo. Põe açúcar mexe bem e bebe.

Ela fez como ele disse, deu um golo e abriu os olhos.

-Isto é forte!

-É. Vai deixar-te acordada para o caminho de volta de certeza.

Depois beberam dos cálices. Ela provou e fez uma careta. 

-Isto é mesmo forte, não me parece…

-Isto é uma cortesia do dono da casa que te fez a comida que comeste. É um gesto que ele raramente tem com alguém, muito menos com estranhos. – Olharam ambos para o Zé, que tinha também um cálice na mão, que levantou em saudação. – É um gesto de hospitalidade e tu não vais desrespeitá-lo recusando uma oferta. Bebe.

Ela ruborizou, mas fez o que ele lhe disse, e virou-se depois para o Zé, agradecendo.

Entretanto o Zé chegou à mesa com dois papéis na mão, entregando um a cada um.

-O que é isto? – Perguntou ela.

-A tua conta.

Ela ficou surpreendida, por ele não agarrar no papel dela e simplesmente tirar a carteira e pagar a sua parte.

-Julguei que fosses ser cavalheiro.

Ele riu.

-Isso não existe por aqui. Verdadeira igualdade. Além disso, eu fiz questão de te dizer que não te estava a convidar.

Ela mais uma vez ruborizou e tirou a carteira para pagar, sob o olhar divertido do Zé.

-De qualquer maneira,… - continuou ele - …temos que ficar por aqui, que eu tenho onde estar às 10:00 e ainda tenho que lá chegar.

-Onde? – perguntou ela, apercebendo-se no mesmo instante da impertinência da sua pergunta.

Ele olhou para ela de soslaio.

-Não é que seja da tua conta, mas tenho ensaio.

-Então sempre tocas.

-Tenho uma loja de música. Não estou a ver a admiração.

-Posso assistir? – perguntou ela sem pensar.

-Porquê?

-Curiosidade. O que é que vocês tocam?

-Musicas de outros com mais de quarenta anos.

-Não tocam nada original?

-Não.

-Nunca pensaram nisso?

-Não.

-O que é que fazes na banda?

-Sou guitarra ritmo.

-Cantas?

-É melhor não!

-Deve ser frustrante para ti…

Ele olhou para ela com um ar sério.

-Ainda achas que eu sou o tal MaCallum, não é?

-Sim.

-Mas é melhor não ires.

-Porquê?

-Porque depois fica tarde para voltares.

-Se eu mesmo assim quiser assistir, deixas?

Ele encolheu os ombros e levantou-se.

-Se quiseres, vem. – Disse enquanto se dirigia à porta, saudando o Zé com um gesto.

Ela levantou-se rapidamente e seguiu-o. Dirigiram-se para a loja e quando chegaram ao pé do carro dela ele disse-lhe:

-Deixa o teu carro, vamos no meu.

-Porquê? Podemos ir no meu…

-Duvido que sobrevivesse bem à viagem. É melhor levantares o tejadilho que vai chover, e vai ser lama.

-Chover? Não há nada na meteorologia…

-Faz como quiseres.

Como ele não parou ela apressou-se a segui-lo, deixando o carro como estava. Entraram para um todo-o-terreno com bastantes marcas de vida, e arrancaram, sendo engolidos pela escuridão logo que saíram da povoação por estradas secundárias de terra batida.


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